SOILWORK – The Living Infinite

SOILWORK – “The Living Infinite”

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SoilworkOs Soilwork são um nome incontornável do Death Metal melódico sueco, uma parte integrante e activa do movimento de Gothenburg, tendo contribuído para definir a sonoridade que o caracteriza. Atingindo um pico de sucesso com a entrada do novo milénio, sobretudo com o Natural Born Chaos em 2002, a verdade é que há cerca de uma década que os álbuns lançados por este conjunto escandinavo vinham a desiludir consecutivamente os fãs. Não só optaram por uma mudança no som, que passou a incluir elementos mais modernos e alternativos, com mais voz limpa e melodias ‘à la Metalcore’, como o resultado soava a algo desinspirado e feito melhor por outras bandas. Muitos afirmavam que a banda só iria voltar às luzes da ribalta com um regresso às raízes. Não foi isso que aconteceu, de todo. Em The Living Infinite, os Soilwork finalmente acertaram na fórmula, provando a todos que este era o caminho certo, apenas não tinham acertado ainda na forma de o percorrer.

Mediatizado como o primeiro álbum duplo da história do Melodic Death Metal, este trabalho é fruto de 3 anos de trabalho com a inspiração em níveis altos; a banda transpira energia pura em cada tema, sendo contagiante a forma como a satisfação e alegria dos músicos ao compor e interpretar os temas parece ter sido incorporada ao longo de todo o disco. São 20 músicas onde os Soilwork voltam a ter um registo mais pesado nas guitarras e na bateria, equilibrado de forma perfeita com imensos momentos melódicos, não só em solos virtuosos, mas sobretudo em refrões de voz limpa que desta voz não soam a Metalcore fraquinho, uma vez que o suporte instrumental é bastante rico. Com uma média de duração a rondar os 4 minutos, cada tema é único e não vale a pena estar aqui a destacar nenhum. O melhor do trabalho é mesmo o alinhamento como um todo, onde o ouvinte nunca se perde em partes desnecessárias e é surpreendido riff após riff.

Dados os muitos refrões melódicos com voz limpa, os fãs de Metal mais “tradicionais” ou “hardcore” irão continuar a não estar satisfeitos, optando por catalogar este álbum como “Metalcore menos fraquinho que o habitual”. Não se pode agradar a todos, mas desta vez os Soilwork agradaram a muitos. Nem todo o Melodic Death Metal tem que ser tão agressivo como At The Gates ou Carcass!

 // David Matos

BG070812_001País
Suécia

Membros
Björn “Speed” Strid – Voz
Sven Karlsson – Teclados
Sylvain Coudret – Guitarra
David Andersson – Guitarra
Ola Flink – Baixo
Dirk Verbeuren – Bateria

Alinhamento
Spectrum Of Eternity | Memories Confined | This Momentary Bliss | Tongue | The Living Infinite I | Let The First Wave Rise | Vesta | Realm Of The Wasted | The Windswept Mercy | Whispers And Lights | Entering Aeons | Long Live The Misanthrope | Drowning With Silence | Antidotes In Passing | Leech | The Living Infinite II | Loyal Shadow | Rise Above The Sentiment | Parasite Blues | Owls Predict, Oracles Stand Guard

[Álbum / Nuclear Blast Records / 27 Fevereiro 2013]

Classificação

85%

Os Soilwork finalmente acertaram na fórmula, provando a todos que este era o caminho certo, apenas não tinham acertado ainda na forma de o percorrer.

Crítica 1 de 12 da rúbrica “Road to V:O:A 2014″.