ASH IS A ROBOT – “Self-Titled”
São de Setúbal e em apenas um ano lançam o seu álbum de estreia – que Setúbal é cidade conhecida pelas suas sonoridades arrojadas dentro do pós-hardcore, não é novidade, mas as ascensão rápida que os Ash Is A Robot tiveram merece nota de destaque. Este homónimo álbum mostra toda o potencial que os membros trazem das suas bandas anteriores, como Monogono, Ella Palmer, Marte, Porn Sheep Hospital ou Beautiful Venom, dando então finalmente a oportunidade de se escutar as faixas confortavelmente sem ser contagiado pela sua energia em palco.
As várias influências e experiências de Cláudio, Francisco, Renato, Bernardo e Gonçalo tornam-se evidentes no decorrer do álbum. Encontramos quase todo o tipo de sonoridades em colisão com um pós-hardcore pouco fingido, bem ao estilo de uns At The Drive-In com uma certa mística dos The Dillinger Escape Plan. Os refrões tornam-se viciantes à medida que os acordes vão progredindo com um estilo bastante próprio, fazendo-se ecoar nos nossos ouvidos em apenas num par de audições. ‘Karma Never Sleeps’, ‘Ariadne’ e até as ‘Philophobia’ (Parte 1 e 2) são bastante orelhudas e dignas de aparecerem naqueles vídeos de skating ou outros desportos radicais, emulando uma sonoridade quase americana, mas com uma originalidade e solidez pouco comuns no género.
Não será de admirar que dentro de pouco tempo os Ash Is A Robot passem mais tempo lá fora do que cá, caso seja esse o desejo da banda. O talento aqui presente chama para uma carreira fora de portas.
// Nuno Bernardo
Membros
Cláudio Anibal – Voz
Francisco Caetano – Guitarra, Voz
Renato Sousa – Guitarra, Voz
Bernardo Pereira – Baixo
Gonçalo Santos – Bateria
Alinhamento
Something Something Darkside | Karma Never Sleeps | Bowling For The Doublecheese | Coraline | Crazy 88’s | Cellar Door | Moravia | Close Encounters… With Thirds Not Kind | Shipwreck On Dry Land | Philophobia Pt1 | Philophobia Pt2 | Ariadne | Money | Mark My Words
[Álbum / Raging Planet + Sons Urbanos Records / 29 Setembro 2013]
Classificação
86%
Não será de admirar que dentro de pouco tempo os Ash Is A Robot passem mais tempo lá fora do que cá, caso seja esse o desejo da banda. O talento aqui presente chama para uma carreira fora de portas.