TANKARD – “A Girl Called Cerveza”
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Os “reis da cerveja” alemães regressam com mais um álbum dois anos após do que para mim foi o menos conseguido “Vol(l)ume 14”. O mais recente lançamento intitulado “A Girl Called Cerveza” continua com o estilo e grau de entretenimento que a banda nos tem habituado nos últimos trinta anos. Devo dizer que os vi ao vivo recentemente e as minhas expectativas foram alcançadas. Esperava uma personalidade divertida, um concerto energético e bastante rápido e tal se sucedeu. Tais características foram demonstradas neste álbum lançado em 2012.
Os AC/DC do Metal foram, são e serão uma banda que não é séria. Uma banda que tem a preocupação de divertir os fãs seja nos seus álbuns como nos seus concertos e que não se preocupa assim tanto com dinheiro. No entanto desde o álbum de 2008, “Thirst”, a banda tem incutido nos seus lançamentos uma atitude um pouco mais séria e preocupada com a realidade actual. Temas, desde 2008, como pedofilia, incesto, crise económica ou crises ambientais têm sido importantes para a consolidação dos seus discos. Neste álbum de 2012 a banda não foge a temas igualmente sérios em faixas como “Rapid Fire (A Tyrant’s Elegy)” ou “Witchhunt 2.0” sobre poder e comportamento opressivo que é ainda uma realidade nos dias de hoje. No restante álbum Tankard continua com o mesmo espirito divertido e com a mesma vontade de beber cerveja dos velhos tempos.
O álbum propriamente dito não é tecnicamente apurado nem tem de ser. Os membros estão e sempre estarão num nível considerado “OK” para os álbuns que compõem. Não os considero bons tecnicamente, mas apenas suficientemente bons para poderem fornecer aos fãs um álbum audível e bons concertos. As letras das músicas ficam bastante no ouvido e têm um teor humorístico bastante significativo. Músicas como: “Running On Fumes”, “A Girl Called Cerveza”, “Not One Day Dead (But One Day Mad)” e “Rapid Fire (A Tyrant’s Elegy)” merecem para mim especial destaque. De notar os vocais explosivos de Andreas Geremia e os bons momentos do guitarrista Andy Gutjahr, especialmente na faixa “Son Of A Fridge”. Ao nível da produção tem-se verificado significativas melhorias principalmente desde o álbum de 2006 intitulado “The Beauty And The Beer”, claramente o som tem estado um pouco mais alto, limpo e denota-se mais a combinação instrumental, razão pela qual os últimos álbuns têm merecido maior reconhecimento de minha parte.
Em jeito de conclusão, os elementos da banda já não são propriamente novos. Uma boa parte deles está na casa dos 40 ou 50, o que me explica a razão pela qual a banda tem tido uma atitude mais séria em duas ou três faixas dos seus álbuns pelo menos desde 2008. Seja como for a personalidade da banda mantém-se em termos globais. Muito sinceramente, eles não são espetaculares em termos técnicos e eles sabem-no. A banda tem uma clara preocupação em dar aos fãs um bom espectáculo e álbuns credíveis. Quem dera que no mundo da música existissem mais bandas como Tankard, que mantivessem o seu nível musical e que não se preocupassem tanto com a vertente financeira.
// João Braga
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País
Alemanha
Membros
Andreas “Gerre” Geremia – Voz
Andy Gutjahr – Guitarra
Frank Thorwart – Baixo
Olaf Zissel – Bateria
Alinhamento
Rapid Fire (A Tyrant’s Elegy) | A Girl Called Cerveza| Witchhunt 2.0 | Masters of Farces | The Metal Lady Boy| Not One Day Dead (But One Day Mad)| Son of a Fridge | Fandom at Random | Metal Magnolia | Running on Fumes
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