Banda: Low Torque
Álbum: Low Torque
Data de Lançamento: Abril de 2012
Editora: Raging Planet / Raising Legends
Género: Southern Rock/Stoner Metal
País: Portugal
Membros:
Marco Resende – Voz
André Teixeira – Guitarra
Miguel Rita – Baixo
Arlindo Cardoso – Bateria
01. Karmageddon
02. Poisoned Lips, Dead Tongue
03. Vampires!
04. Moving Forward
05. Hating Haters
06. The Remembrance
07. We Heal Alone
08. Concrete Rain
09. Hellraisers
10. Alive (Like A Nightmare)
11. I Versus Me
12. Sir Traline
13. Headstone
14. Desert Cage
15. Stripped Down To The Blood
Conjugar melodias do sul norte-americano (leia-se, música southern) fora do seu habitat natural é algo complicado, mas entretanto vários exemplos de sucesso têm surgido pela Europa fora e até em Portugal a modalidade é praticada. Estes Low Torque são de facto do sul, ou pelo menos do chamado centro-sul, e trazem nas suas mãos uma dose industrial de mega riffs e de ritmos memoráveis. Actualmente já com baterista novo (sai Hugo Raminhos, entra Arlindo Cardoso), o quarteto de Palmela tem então reunidas todas as condições para singrar.
Diz-se que nunca se deve julgar um livro pela capa, mas não é errado se tomarmos essa atitude para com este álbum. Uma estrada na paisagem desértica, contendo um sol posto, um veículo e as típicas aves da redenção – pois bem, esta análise tomará esse caminho. Os Low Torque são identificados como um dos poucos a praticar este género em Portugal (vindo assim à cabeça os Miss Lava e pouco mais), podendo então construir o seu próprio caminho numa área pouco explorada. O sol posto pode e deve indicar uma maturidade plena do conjunto: estão em questão quatro prestações exemplares. A voz de Marco Resende assenta que nem uma luva como líder do excelente trabalho de André Teixeira e Miguel Rita nas melodias eléctricas e nos batimentos competentes de Hugo Raminhos. O veículo? Pois bem, existem álbuns e artistas que caiem melhor ao serem escutados em determinadas situações. Este álbum homónimo é uma autêntica bomba se for acompanhado do vosso motor automóvel, sendo altamente cantável e motivo de headbangs por parte do resto dos ocupantes. Aliás, a própria faixa de abertura, ‘Karmageddon’, é exemplo perfeito. E outras faixas dignas de menção, como ‘The Remembrance’, ‘We Heal Alone’, ‘Concrete Rain’ ou ‘Desert Cage’, deixam-nos rendidos como as aves. O trabalho demonstrado nestes quase cinquenta minutos tem qualidade e a banda soube traduzir em estúdio aquilo de que é capaz.
A seguir de perto um nome que bem se pode tornar numa referência em Portugal. Tem aqui provas dadas e um conjunto de riffs que deixaria os Black Label Society de Zakk Wylde para trás na corrida.
// Nuno Bernardo
Classificação: 77/100