Banda: Nuklear Infektion
Álbum: Weapons Of Massive Genocide [EP]
Data de lançamento: 14 de Abril de 2012
Editora: (sem editora)
Género: Thrash Metal
País: Portugal
Membros
João “Tio” Teotónio – Voz
Afonso Veiga – Guitarra, voz
André Monteiro – Guitarra
Diogo Marques – Baixo
Hugo Melo – Bateria
Alinhamento
- Weapons Of Massive Genocide
- Preachers Of Lies
- We’re On Command
- Progress’Holocaust
- The Dark Passenger
Review
O renascimento do Thrash Metal tem sido um dos principais movimentos do Metal mundial nos últimos tempos, quer seja com o regresso ao topo de velhas glórias (veja-se o enorme sucesso dos últimos dois álbuns dos Overkill), quer através de novas bandas que praticam a sonoridade Thrash clássica. Em Portugal temos um cenário semelhante, com bandas como Switchtense, Web e Adamantine a dar uma nova alma ao Thrash Metal nacional. É nesta onda que surgem os Nuklear Infektion, que apostam claramente em recriar o espírito e ambiente clássicos dos primórdios deste género.
A vontade da banda parece ser muita, maior ainda é a sua fidelidade ao som dos anos 80. E é precisamente neste último facto que se prende o seu pior defeito: todos os riffs, melodias e composições de Weapons Of Massive Genocide já foram ouvidos em centenas de bandas. Não existe aqui uma ponta de originalidade, com excepção para um ou dois momentos que se perdem nesta amálgama sonora repetitiva. Se é para tocar algo que já foi tocado, mais vale ser uma banda de covers, pelo menos as músicas seriam mais interessantes.
O segundo grande defeito deste EP é a produção. Parece que a banda, na sua tentativa de voltar 30 anos atrás, quis apostar numa produção crua. A verdade é que já ninguém faz isto hoje em dia, ninguém no seu perfeito juízo quer lançar um registo cujo som pareça vindo do fundo de um poço e o ouvinte tenha que se estar a esforçar para ouvir todos os instrumentos. Confesso que um dos maiores problemas do Metal hoje em dia é o excesso de produção, mas nem 8 nem 80. Existem muitas formas de recriar a atmosfera dos anos 80, e mesmo nessa altura, havia bandas com produções muito melhores. Se havia más produções, era porque não havia possibilidade para mais, mas hoje, mesmo em Portugal, temos produtores excelentes e acessíveis a qualquer banda (veja-se por exemplo o trabalho do Tiago Mesquita em bandas como Dreadfire e Raven Dust, que tornou estes dois trabalhos, que poderiam passar completamente ao lado, em promessas futuras).
De positivo destaca-se a qualidade técnica da banda, que apesar de escondida atrás dos riffs simples e genéricos, nota-se que tem potencial para tocar algo bom, acompanhado por um vocal interessante. Apostando numa produção melhor, passando mais tempo no processo de composição e afastando-se mais das suas influências para criar algo que soe fresco e agradável, os Nuklear Infektion podem vir a ter uma palavra interessante a dar no Thrash nacional. Espero que este EP seja o pior que têm para dar, e que a partir daqui seja sempre a melhorar. O futuro o ditará.
Saudações metaleiras,
David Dark Forever Matos
Classificação
Vocal: 6,5/10
Instrumental: 7/10
Escrita: 5/10
Originalidade: 3,5/10
Produção: 4/10
Impressão pessoal: 5/10
TOTAL: 51,5%