Banda: First Class Tragedy
Álbum: Reaching Hope [EP]
Data de lançamento: 25 de Dezembro de 2011
Editora: (sem editora)
Género: Hardcore/Metalcore
País: Portugal
Membros
Eduardo Lopes – Voz
João Paulo – Guitarra, voz
Fábio Passos – Baixo
Tiago André – Bateria
Alinhamento
- Tragedy
- With Our Eyes Closed
- H.O.P.E.
- ‘Till The End
- The Medicine
Review
Os First Class Tragedy são mais uma nova aposta nacional de Hardcore/Metalcore, nascida em Ansião, Leiria, em 2009. Este EP de estreia, produzido por Vasco Ramos (More Than A Thousand) e gravado e masterizado nos Poison Apple Studios por Tiago Canadas, apresenta-nos quatro temas (além da intro) com 3/4 minutos de grande qualidade e está injustamente a passar um pouco ao lado da imprensa e do público em geral, pelo que a Ruído Sonoro achou por bem colmatar essa falha e dar aqui o merecido espaço à banda.
Com uma sonoridade bem agressiva, transbordando energia positiva e libertando ódio, os First Class Tragedy conseguem nestes 16 minutos mostrar um enorme potencial, indo buscar influências ao Hardcore clássico e ao Metalcore. No entanto, a banda não se fica por melodias e composições genéricas, mas consegue antes criar algo único e refrescante, numa fusão de sons que resulta muito bem. With Our Eyes Closed, com a participação do vocalista Fábio Batista dos Hills Have Eyes, mostra-nos logo um instrumental muito bem trabalhado e acompanhado na perfeição pelo gutural/scream. É impressionante ao longo de todo o EP os detalhes técnicos a nível instrumental, com destaque para uma bateria incansável e muito variada.
A noção melódica da banda é também muito boa, com belos momentos dos quais destaco o refrão de H.O.P.E. e a excelente segunda metade do tema The Medicine. Ao contrário de muitas bandas deste género que estão a começar, o vocalista dos First Class Tragedy não se limita a gritar as letras, consegue colocar muito bem a voz e tornar as letras perceptíveis (pelo menos, para quem está habituado a scream). Em suma, Reaching Hope tem alma própria e a capacidade de agradar o ouvinte do primeiro ao último segundo. Não é perfeito, longe disso, mas é muito agradável de ouvir e não cansa. Há agora que pegar neste excelente leque de sonoridades diferentes e dar-lhes maior coesão de faixa para faixa em trabalhos futuros, que antecipo serem de qualidade notável.
Saudações metaleiras,
David Dark Forever Matos
Classificação
Vocal: 7,75/10
Instrumental: 8,25/10
Escrita: 8/10
Originalidade: 7,5/10
Produção: 9,5/10
Impressão pessoal: 7,75/10
TOTAL: 81%