SIGH – In Somniphobia

Banda: Sigh
Álbum: In Somniphobia
Data de Lançamento: 12 de Março de 2012
Editora: Candlelight Records
Género: Avant-garde/Black Metal
País: Japão

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Membros:

Mirai Kawashima – Voz, Teclados, Samples, Programação
Dr. Mikannibal – Voz, Saxofone
Shinichi Ishikawa – Guitarra
Satoshi Fujinami – Baixo
Junichi Harashima – Bateria

Membros convidados:

Barmanu – Sarangi
Jonathan Fisher – Trompete
Hajime – Piano
Metatron (The Meads Of Asphodel) – Voz
Kam Lee (The Grotesquery) – Voz
Adam Matlock – Acordeão, Clarinete

Alinhamento:
01. Purgatorium
02. The Transfiguration Fear
03. Lucid Nightmares: i) Opening Theme: Lucid Nightmare
04. Lucid Nightmares: ii) Somniphobia
05. Lucid Nightmares: iii) L’Excommunication A Minuit
06. Lucid Nightmares: iv) Amnesia
07. Lucid Nightmares: v) Far Beneath The In-Between
08. Lucid Nightmares: vi) Amongst The Phantoms Of Abandoned Tumbrils
09. Lucid Nightmares: vii) Ending Theme: Continuum
10. Fall To The Thrall
11. Equale: i) Prelude ii) Fugato iii) Coda

“In Somniphobia” é o regresso de Sigh à sua característica mistura de atmosfera e criatividade únicas, deixando de ser dominante as presenças da velocidade e agressividade dos últimos dois álbuns. A banda de Tóquio guardou para 2012 uma composição atacante nos primeiros minutos e mais contida à medida que o álbum avança, dando asas ao experimentalismo.

Variando nas suas camadas de voz, “In Somniphobia” tem tudo – as influências clássicas, alguma agressividade, percussão africana, saxofone, ritmos galopantes, drops psicadélicos, passagens lentas, aplausos e muita energia. Na sua primeira metade todos estes elementos seguem quase sem pausas, oferecendo uma autêntica explosão da veia mais criativa da banda. Mas fosse isso ‘tudo’… a banda não se cansa de revelar um autêntico armazém de instrumentos e de correntes musicais assim que a agressividade escasseia. Como no interior da mente de um esquizofrénico, estes japoneses transportam-nos para o seu próprio mundo. No entanto, esta dolorosa viagem é anestesiada pela união de riffs bonitos e melancólicos e acordeão. É provavelmente o álbum perfeito para os fãs dos seus trabalhos anteriores como “Gallows Gallery” ou “Imaginary Sonicscape” – o guitar hero Shinichi Ishikawa volta a deixar-nos boquiabertos, o baterista Junichi Harashima tem uma prestação de excelência, a Dr. Mikannibal volta a surpreender nos seus growls e sopros de saxofone, enquanto Mirai abusa do microfone.

Se parece ser exagero de liberdade de composição, é porque não se conhece estes Sigh. Os seus hábitos eclécticos e excêntricos já não são surpresa para os fãs, que já adivinhavam esta candidatura às listas de álbuns do ano.

// Nuno Bernardo

 Classificação: 90/100