Banda: Alcest
Álbum: Les Voyages de L’Âme
Data de Lançamento: 6 de Janeiro de 2012
Editora: Prophecy Productions
Género: Black Metal/Shoegaze
País: França
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Membros:
Neige – Voz, Guitarra, Baixo, Teclados
Winterhalter – Bateria

01. Autre Temps
02. Là Où Naissent les Couleurs Nouvelles
03. Les Voyages de l’Âme
04. Nous Sommes l’Emeraude
05. Beings Of Light
06. Faiseurs de Mondes
07. Havens
08. Summer’s Glory
Introduzir ALCEST já é algo que deve pertencer ao passado, depois de um enorme crescimento na base de fãs depois do lançamento de “Écailles de Lune”, em 2010. Este “Les Voyages de L’Âme” é um sucessor natural dos dois trabalhos de longa-duração já editados, pois apresenta uma fusão perfeita entre ambos. Os ritmos mais agressivos do black metal do segundo álbum foram amenizados, criando um equilíbrio ainda mais sólido com as melodias e acústicos de “Souvenirs d’un Autre Monde”.
Não é surpresa para ninguém que Neige sabe compor (e de que maneira, diga-se). Quem é capaz de continuar a insistir na fórmula e que continue a vencer, merece todo o crédito por isso. “Les Voyages de L’Âme” não é um produto refrescante na carreira do duo francês, mas solidifica bastante a imagem de marca (ou nesta situação, o som de marca) que os caracteriza. E não havendo propriamente um tema que se destaque durante a audição, é algo que nos deixa colados ao álbum para poder emergir na atmosfera que oferece. Mais tarde ou mais cedo podemos começar a apreciar algumas faixas em particular, mas até lá é assegurado que o álbum garantirá várias horas de avaliação. Quem é fã da mistura entre post-rock, black metal e shoegaze dificilmente se aborrecerá com “Les Voyages de L’Âme”, que aparenta conter uma longevidade invejável.
Mas a perfeição ainda é um patamar por atingir. Apesar da longevidade referida, a sua monotonia pode pesar sobre aqueles que procuram alguma diversidade na evolução do álbum. A estrutura das faixas é repetitiva, independentemente da qualidade da melodia. Em suma, até se podiam apontar outros defeitos a Neige e Winterhalter, mas é impossível negar que isto é mais uma obra-prima do género.
Deixo o resto à vossa guarda,
Nuno Bernardo
Classificação: 92/100