★ RAVEN DUST – Sinner [EP] ★

Banda: Raven Dust
Álbum: Sinner [EP] Data de lançamento: 25 de Novembro de 2011
Género: Metalcore/Thrash Metal
País: Portugal

Membros
Sérgio Melo – Voz e guitarra ritmo
Filipe Belga – Guitarra solo
Manuel Cruchinho – Baixo
Eduardo Caetano – Bateria

Alinhamento

  • Mad Song
  • Eternal Bond
  • Sinner
  • Wings Of Salvation
  • The Last Time

Introdução

Originários de Lisboa, os Raven Dust são uma nova banda de metal lusitana, criada no Verão de 2004 pelo vocalista Sérgio Melo e pelo baterista Eduardo Caetano. Com uma sonoridade que foge a classificações mais diretas, pode-se dizer que as suas músicas têm elementos, sobretudo, de Metalcore e Thrash Metal, mas também com toques de Heavy Metal e Death Metal. O presente EP marca a estreia da banda no mercado, que dá os primeiros passos numa carreira com potencial.

Song By Song Review

Mad Song é uma curta introdução atmosférica sombria de um minuto, com uma quadra falada em tom grave, uma abertura interessante que termina num fade in para Eternal Bond. Este tema é sem dúvida o melhor de todo o EP, com um apetitoso riff de entrada que se repete depois do refrão. A voz limpa, predominante na sonoridade da banda, não é nada de especial e tem algumas pequenas falhas ao longo do EP, mas é interessante o suficiente para satisfazer o ouvinte. Em Eternal Bond destaca-se a melodia e o trabalho instrumental, onde a banda mostra todo o seu potencial criativo. Uma entrada crescente para o refrão, que tem uma melodia cativante, e a diversidade no pano instrumental de fundo é de louvar, com um pequeno solo de guitarra também interessante pelo meio, embora demasiado curto. Destaque ainda para o gutural ao longo do tema, que é muito bom e dá um toque de agressividade indispensável à música dos Raven Dust.

O terceiro tema é o homónimo do EP, Sinner. Se destaquei Eternal Bond como melhor música no seu todo, destaco esta Sinner como a mais apelativa instrumentalmente. É sem dúvida o tema mais Thrash Metal de todo o EP e conta com um grito de guerra, “SINNER”, que sabe bem ouvir. A voz limpa aqui falha um pouco nas partes mais agudas, mas por outro lado é melhor do que em qualquer outra parte do EP nas partes mais graves e também no gutural. Um magnífico solo de guitarra a meio da faixa dá-lhe um toque de classe, mas a meu ver é mais um vez muito curto. Um solo com mais 10-15 segundos aqui era o ideal. Última nota para a intensa energia que emana desta Sinner, que tem um final semi-acústico bem colocado.

Wings Of Salvation não acrescenta elementos novos ao EP, mas repete-se mais um belo jogo de voz limpa e gutural, com um refrão bastante cativante. É no entanto uma faixa mais simples e menos apelativa para quem não esteja dentro deste tipo de som, cuja melhor parte é mesmo o gutural e a melodia limpa que se segue, antes do refrão. Voltamos a ter um solo de guitarra a meio, e aqui sim, finalmente, com a duração perfeita! Para terminar o Sinner, temos The Last Time, que começa, tal como a faixa Eternal Bond, com um riff interessante e um bom trabalho na bateria e no baixo. O ponto fraco do tema é mesmo o refrão, que corta a energia que o resto da música emana, música esta que tem algumas das passagens mais agressivas do EP. Esta seria facilmente a melhor música do trabalho se tivesse um refrão melhor.

Conclusão

Em balanço final, estamos perante mais um interessante trabalho produzido por Tiago Mesquita, que deu a cada faixa uma clareza sonora muito boa. É raro os trabalhos de estreia das bandas soarem nítidos e terem uma boa produção, mas o Tiago tem provado o contrário, como já tínhamos visto com os Sounds Like Tornado e agora com os Raven Dust. No que diz respeito à banda, não serão o conjunto nacional mais original e dotado tecnicamente que anda por aí, mas vontade de fazer música não lhes falta e mostraram nesta estreia que têm potencial para criar melodias interessantes e colocar o seu nome na lista de candidatos a fazer sucesso por cá nos próximos anos. Tudo depende da correcção das falhas deste EP, especialmente na voz, na duração dos solos e na diversidade de construção das músicas, cuja estrutura acaba por se repetir. Além disso, dêem as oportunidades certas a este pessoal, que bem explorados darão frutos apetecíveis de colher no futuro.

Saudações metaleiras,
David Dark Forever Matos

Classificação

Vocal: 6,5/10
Instrumental: 7,25/10
Escrita: 7/10
Originalidade: 6,5/10
Produção: 9/10
Impressão pessoal: 7/10
TOTAL: 71,9%