MY DYING BRIDE – The Barghest O’ Whitby EP

Banda: My Dying Bride
EP: The Barghest O’ Whitby
Data de Lançamento: 7 de Novembro de 2011
Editora: Peaceville Records
Género: Gothic/Doom Metal
País: Inglaterra

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Membros:

Aaron Stainthorpe – Voz
Andrew Craighan – Guitarra
Hamish Hamilton Glencross – Guitarra
Lena Abé – Baixo
Shaun MacGowan – Violino, Teclados

Membros Convidados:

Shaun Taylor-Steels – Bateria


Alinhamento:
01. The Barghest O’ Whitby

Nunca escondendo o gosto pelas longas composições, os MY DYING BRIDE reservaram para 2011 uma faixa de 27 minutos, a única do EP que segue analisado – “The Barghest O’ Whitby”. Depois de este ano terem lançado o diferente “Evinta”, os fãs do som habitual do grupo têm agora razões para sorrir.

Uma tempestade é ouvida para antever o tormento. Cedo o violino de Shaun MacGowan faz-se ouvir, tais como as guitarras melancólicas de Andrew e Hamish e a voz crua de Aaron. Ao fim de 6 minutos, a faixa toma finalmente um rumo galopante, acompanhado das primeiras palavras em limpo. Nestes elementos mencionados já deu para perceber que a banda faz questão de agradar tanto aos fãs mais antigos, como aos fãs da carreira recente dos britânicos. A melodia simpática da guitarra acaba por surgir, com um ritmo que dificilmente sai da cabeça do ouvinte. Claro que, ao fim de 20 anos, a banda já tem os seus momentos de assinatura – isto porque mais ninguém divide as melodias como os MY DYING BRIDE o fazem, contando até com uma ‘terceira guitarra’, que acaba por ser o violino.

Um novo capítulo da faixa tem como início aquele pequeno som acústico que se vai desvanecendo para o silêncio, antes de entrar mais um par de tristes guitarras. A tempestade faz-se ouvir de novo com os seus trovões e chuva. O som vai-se fantasmagórico enquanto a melodia se repete até uma pausa. Uma exaustão de feedbacks ocupa o fundo da música até à chegada da recta final triunfante de puro doom/death à moda antiga. Aaron volta a expulsar ferozmente as líricas de um final bastante poderoso.

As (poucas) variações da melodia de “The Barghest O’ Whitby” garantem o som homogéneo comum à banda, que conseguiu numa faixa só resumir toda a sua carreira. Bastante assinalável para os 20 de anos de carreira que festejam, é a prova de que mais ninguém tem este som tão característico que conquistou um lugar na história do metal.

Deixo o resto à vossa guarda,
Nuno Bernardo

 Classificação: 86/100