AVA INFERI – Onyx

Banda: Ava Inferi
Álbum: Onyx
Data de Lançamento: 14 de Fevereiro de 2011
Editora: Season Of Mist
Género: Gothic/Doom Metal
País: Portugal

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Membros:

Carmen Simões – Voz
Rune Eriksen – Guitarra
André Sobral – Guitarra
Jaime Ferreira – Baixo
João Samora – Bateria

 Membros Convidados:

Daniel Cardoso – Piano


Alinhamento:
01. Onyx
02. The Living End
03. A Portal
04. ((Ghostlights))
05. Majesty
06. The Heathen Island
07. By Candlelight & Mirrors
08. Venice (In Fog)

AVA INFERI é um conhecido projecto sediado em Almada e impulsionado por Rune Eriksen (AURA NOIR, ex-MAYHEM) e Carmen Simões, os únicos dois membros que restam da primeira formação. Aliás, este álbum foi mesmo o último com a referida formação, dado que Jaime Ferreira e João Samora já não se encontram no grupo. “Onyx” é também o primeiro álbum com um segundo guitarrista, algo que permite maior profundidade na composição de Rune Eriksen. André Sobral (BLACKSUNRISE, W.A.K.O.) dá então um toque renovado nos ritmos, assumindo até um solo na sexta faixa do álbum. “Onyx” é o quarto capítulo de uma banda que, desde 2005, tem mostrado ao país e não só como escapar dos padrões e se destacar da multidão.

Sem surpresa, a já famosa voz de Carmen Simões continua a ser ponto de destaque. O seu desempenho é inquestionavelmente brilhante, parecendo melhorar de álbum para álbum – ainda que, pela primeira vez, sem qualquer palavra em português. Mas talvez isso até sirva de pretexto para conseguirem algo ainda mais negro, pois tal como a cor da pedra onyx, também este álbum assume os tons neutros. A produção é um óptimo ponto de foco para obter um som tão ecoado e, ao mesmo tempo, poderoso. Podemos até ser levados na imaginação para uma caverna à beira-mar, onde ouvimos as ondas e o seu reproduzido eco. É até uma das maiores diferenças quando comparando este “Onyx” aos álbuns anteriores – esta mesma produção ajuda no processo de demonstração de frieza, melancolia e desespero. Para além disso, Rune parece ainda mais preciso na hora de compor os riffs em downtempo. As guitarras simples e cheias de força preenchem o fundo e revelam como Rune é capaz de proporcionar melodias que dificilmente não ficam na cabeça. O single ‘Majesty’ é um bom exemplo disso, tal como a grande entrada ‘Onyx’. E em ‘The Living End’, um dos pontos mais altos do álbum, o músico norueguês brilha também na voz com um coro sublime, a combinar na perfeição com a voz de Carmen.

Não é nada de novo, mas é a forma como é executado – os AVA INFERI revelam uma capacidade inesgotável de composição. Não há dúvidas em relação à qualidade, conseguindo sempre excelentes resultados em todos os quatro álbuns da banda. É essa a razão de que não têm mesmo nada a provar.

Deixo o resto à vossa guarda,
Nuno Bernardo

 Classificação: 87/100