MASTODON – The Hunter

Banda: Mastodon
Álbum: The Hunter
Data de Lançamento: 27 de Setembro de 2011
Editora: Reprise Records
Género: Sludge/Stoner/Progressive Metal
País: Estados Unidos da América

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Membros:

Troy Sanders – Baixo, Voz
Brann Dailor – Bateria, Voz
Brent Hinds – Guitarra, Voz
Bill Kelliher – Guitarra, Voz

 Membros Convidados:

Scott Kelly (NEUROSIS) – Vozes adicionais


Alinhamento:
01. Black Tongue
02. Curl Of The Burl
03. Blasteroid
04. Stargasm
05. Octopus Has No Friends
06. All The Heavy Lifting
07. The Hunter
08. Dry Bone Valley
09. Thickening
10. Creature Lives
11. Spectrelight
12. Bedazzled Fingernails
13. The Sparrow

Directo ao assunto – aqui está um álbum que deverá causar polémica entre os fãs de MASTODON, tal como foi o anterior “Crack The Skye”. Há quem se queixe da constante evolução da banda, que não é capaz de realizar dois álbuns semelhantes, e há também quem vanglorie esse propósito. Garantido é que à medida que a banda foi subindo os degraus da carreira acabou por ir subindo também os degraus em direcção ao metal mais ‘mainstream’. As vozes guturais vão desaparecendo aos poucos (o álbum anterior já nem tinha, mas estão de volta neste “The Hunter), assim como o som mais pesado e sujo dos dois primeiros álbuns. Mas este novo álbum não está assim tão longe dos álbuns anteriores, apenas tem por cima uma produção diferente e várias camadas de elementos e pequenos sons digitais. Este é o álbum mais experimental da carreira do quarteto.

Quando ainda se esperava pelo álbum, a banda tratou de revelar aos fãs três temas que o iriam compor – ‘Black Tongue’, ‘Curl Of The Burl’ e ‘Spectrelight’ – e todos eles bastante diferentes uns dos outros. Enquanto a primeira é uma música típica ‘in your face’ de abertura de álbum dos MASTODON, a segunda já é uma coisa bastante alegre e festiva com um refrão fácil. E a referida terceira já é um malhão poderoso, rápido e agressivo: bem ao estilo dos primeiros anos do conjunto. Isto dá uma pequena dica do que o álbum propõe.

Muito mais relaxado a nível instrumental (exemplo: Brann Dailor já não tão evidente na bateria, embora continue a sua percussão excepcional), a banda parece ter-se focado nas simples melodias vocais. Aliás este é mesmo o seu melhor registo vocal de sempre, com todos os membros a participarem no microfone. Os riffs e os acordes demonstram-se atravessar todo o braço da guitarra, tal é a variação entre melodias de tema para tema. E com um ‘feeling’ quase à hard rock, este é um álbum que permite cantar do princípio ao fim e, por isso, quem tiver o prazer de ouvir estes temas num concerto da banda irá certamente ficar agradado com os constantes ‘sing-a-long’ que o quarteto nos oferece em “The Hunter”. E para além deste ‘feeling’, os solos e as linhas de baixo em ‘Creature Lives’ pode levar a crer que a banda viajou no tempo e nos traz agora algo dos anos 70.

Amor ou ódio por estas características, a verdade é que os MASTODON parecem estar bastante divertidos e felizes por lançar um álbum com estas proporções. E a seguir a este virá um sexto álbum de originais, mais tarde ou mais cedo. A evolução do seu som é sempre uma incógnita e, como tal, façam as suas apostas!

Deixo o resto à vossa guarda,
Nuno Bernardo

 Classificação: 92/100