Banda: Long Distance Calling
Álbum: Long Distance Calling
Data de Lançamento: 8 de Março de 2011
Editora: Superball Music
Género: Progressive/Post-Rock
País: Alemanha
Membros:
David Jordan – Guitarra
Florian Füntmann – Guitarra
Jan Hoffman – Baixo
Reimut van Bonn – Samples
Janosch Rathmer – Bateria
Alinhamento:
01. Into The Black Wide Open
02. The Figrin D’an Boogie
03. Invisible Giants
04. Timebends
05. Arecibo (Long Distance Calling)
06. Middleville
07. Beyond The Void
Os germânicos LONG DISTANCE CALLING são quase como uma banda-revelação, dada a explosão de popularidade que sofreram nos últimos 2/3 anos. Justificação para tal pode ser fundamentada nas digressões que fizeram com 65DAYSOFSTATIC, ANATHEMA e KATATONIA. O rock instrumental da banda não é propriamente uma novidade no panorama mundial, mas de certeza que se revela algo refrescante graças aos elementos adicionados aqui e aculá ao longo dos seus temas. “Long Distance Calling” é um álbum homónimo, e já o terceiro da banda.
Dado o sucesso que foi “Avoid The Light”, em 2009, o quinteto alemão teve de ter em conta as expectativas e a fasquia colocadas pelos fãs em geral. Tal não pareceu incomodar muito, pois a banda conseguiu desenvolver o som noutra direcção de uma forma natural. O som é já muito próprio, que é uma melhoria em relação ao álbum anterior, e tal contribui imenso para bilhete de visita aos curiosos. São uma daquelas bandas de pós-rock que não se limita ao standard imposto por 1001 grupos do género. Não bastam melodias bonitas e desenvolvidas ao longo de um álbum inteiro. São bandas como os LONG DISTANCE CALLING que conseguem estancar essa hemorragia do pós-rock, que sofre cada vez mais ao longo dos anos de monotonia. Para curar essa ferida, a banda progrediu – literalmente. O som é muito mais progressivo neste terceiro registo de longa-duração, algo que pode agradar a fãs de rock progressivo em geral. Aliás… este álbum é mesmo uma boa ligação entre géneros. No entanto, isso pode criar um impasse: torna-se demasiado progressivo para um ouvinte de pós-rock e demasiado pós-rock para um ouvinte de rock progressivo.
Não é um álbum tão bonito quanto “Avoid The Light”, mas ainda assim é um bom sucessor. A composição deles parece não enjoar, mesmo andando à volta do mesmo – os finais de cada tema parecem ser sempre épicos e cheios de força naquelas guitarras. Há faixas que se destacam, como “Into The Black Wide Open”, “Invisible Giants” ou “Timebends”. Já a mais mexida “Arecibo (Long Distance Calling)” é sem dúvida um elemento-chave no álbum, dada a sua velocidade em relação ao resto das faixas. Curiosamente, o riff principal lembra bastante LAMB OF GOD – mais precisamente no tema “Walk With Me In Hell”. A faixa “The Frigin D’an Boogie” é uma prova das variadas influências da banda, que sofre de uma boa mistura de jazz e funk. E, já agora, um aplauso de pé para o virtuosismo do baterista Janosch Rathmer que tem aqui um desempenho monstruoso.
Concluindo, é sem dúvida um bom cartão de visita e uma banda bastante acolhedora da sua música.
Deixo o resto à vossa guarda,
Nuno Bernardo
Classificação: 84/100