Álbum: Ironbound
Data de lançamento: 29 de Janeiro de 2010
Editora: Nuclear Blast Records
Género: Thrash Metal
País: Estados Unidos da América
Membros
Bobby “Blitz” Ellsworth – Voz
Dave Linsk – Guitarra solo, vocal de apoio
Derek ”The Skull” Tailer – Guitarra rítmica, vocal de apoio
Carlos “D.D.” Verni – Baixo, vocal de apoio
Ron Lipnicki – Bateria
Alinhamento
- The Green And Black
- Ironbound
- Bring Me The Night
- The Goal Is Your Soul
- Give A Little
- Endless War
- The Head And Heart
- In Vain
- Killing For A Living
- The SRC
Nascidos no início da década de 80 na cidade de New Jersey, os americanos Overkill foram das bandas fundadoras da sonoridade conhecida por Thrash Metal e tornaram-se uma lenda dentro do mundo do metal. Desde a sua estreia em 1985 com Feel The Fire, os Overkill têm vindo a lançar ao longo dos anos álbuns cheios de agressividade, poder e técnica, justificando bem a sua fama e deliciando os fãs. Apenas com dois dos membros fundadores ainda no grupo (vocalista e baixista), os Overkill lançam agora em 2010 Ironbound, o sucessor de Immortalis (2007).
Apesar da sua carreira ser marcada pela regularidade sonora e de terem habituado os fãs a grandes trabalhos, os dois últimos esforços da banda não foram tão bem recebidos como os restantes e temia-se um decaimento da qualidade do conjunto. A resposta dos Overkill foi explosiva e asseguro-vos que este novo álbum é uma autêntica bomba de Thrash para começar bem o ano. Ninguém diria que estamos perante uma banda que celebra este ano 30 anos de existência, dada a frescura que transborda destes dez novos temas.
Todo o álbum é acompanhado por uma sonoridade Thrash pura, com melodias que nos ficam a cantar aos ouvidos mesmo quando não estamos a ouvir o álbum. O ritmo marcante é bastante elevado, culminante no tema In Vain (certamente um dos mais rápidos de sempre da banda), uma rapidez de fazer doer o pescoço para quem não resistir ao headbanging. Apesar disso, o álbum é bastante dinâmico e o ritmo vai oscilando frequentemente, adequando-se a todos os gostos. De referir é também a presença não abusiva mas também regular de magníficos solos, mas um dos pormenores que mais me deliciou neste trabalho foram os riffs de entrada e dos refrões das músicas, absolutamente originais e cativantes até para os ouvidos menos ligados ao Thrash Metal.
Todas as músicas são únicas e não consigo destacar nenhuma como sendo a mais bem conseguida. Já destaquei a In Vain como sendo a mais rápida e faço agora outros destaques. Em primeiro lugar, o tema de abertura The Green And Black. Se já é pouco usual termos músicas longas em Thrash hoje em dia, menos usual é ainda termos a mais longa de um álbum a abrir. No entanto, este oito minutos iniciais dão-nos uma ideia geral do resto do álbum e a música é tudo menos repetitiva, marcando uma diferença notória de qualidade de composição relativamente aos trabalhos anteriores dos Overkill.
Em segundo lugar destaco o tema homónimo do álbum, Ironbound, pela sua passagem calma de minuto e meio, com um solo curto mas intenso, que é pouco depois seguido por um dos melhores solos de todo o álbum, já com um som de fundo mais pesado. Destaco também aquele que será talvez o tema menos bem recebido pelos fãs, Give A Little, cujo refrão é surpreendentemente inesperado e até um pouco comercial, diria. Por último, dou atenção à abertura original da The Head And Heart, progressiva e com a utilização de um gutural mais profundo no início e no final da música.
Numa visão pessoal, confesso que o meu tema favorita do álbum é o Killing For A Living, por nenhum motivo em especial. Em suma, consciente de que estamos apenas em Janeiro, é seguro afirmar que estamos perante um dos melhores álbuns de Thrash Metal do ano de 2010 e que este Ironbound é de audição obrigatória para qualquer fã do género de bom metal em geral. Overkill, uma lenda viva que parece ter ainda muito para dar.
David Dark Forever Matos
Musicalidade: 9
Originalidade: 9
Produção: 9,5
Atmosfera: 9
Capa: 10
Impressão geral: 9,5
TOTAL: 93,50%