Banda: Epica
Álbum: Design Your Universe
Lançamento: 2009
Editora: Nuclear Blast
Produtor: Sascha Paeth
Género: Symphonic Metal
País: Holanda
Membros:
Simone Simons – vocal
Mark Jansen – guitarra rítmica, vocal gutural
Isaac Delahaye – guitarra solo
Yves Huts – baixo
Coen Janssen – sintetizador, piano
Ariën Van Weesenbeek – bateria, vocal gutural
Participações no álbum
Tony Kakko – vocal – faixa White Waters
Amanda Somerville – vocal – faixa Unleashed (Dueto)(versão no iTunes)
Alinhamento
- Samadhi (Prelude)
- Resign to Surrender (A New Age Dawns, Part IV)
- Unleashed
- Martyr of the Free Word
- Our Destiny
- Kingdom of Heaven (A New Age Dawns, Part V)
Hold in Derision
Children of the Light
Bardo Thödol
Paragons of Perfection
The Harsh Return
- The Price of Freedom (Interlude)
- Burn to a Cinder
- Tides of Time
- Deconstruct
- Semblance of Liberty
- White Waters” (com Tony Kakko de Sonata Arctica)
- Design Your Universe (A New Age Dawns, Part VI)
Faixa bónus
- Incentive
Faixa bónus no iTunes
- Unleashed (dueto com Amanda Somerville)
Após uma pequena ausência, quanto ao que reviews diz respeito, da minha parte, cá estou novamente no activo para a apresentação de um dos álbuns mais esperados este ano na área de Symphonic Metal. Depois de um excelente trabalho, reconhecido unanimemente pela crítica que foi o álbum The Diviny Conspiracy, lançado em 2007, os Holandeses Epica, apresentam-nos nesta recta final do ano 2009 o seu novo registo intitulado Design Your Universe.
Na minha opinião os Epica desta vez tiveram um missão complicada ao realizar este álbum, isto a meu ver, porque se o Consign to Oblivion e o The Diviny Conspiracy são as duas grandes referências da banda, tudo o que envolvia o lançamento deste novo trabalho requeria uma mestria que teria que ser aproveitada de trabalho anteriores, neste campo os Epica e em particular Mark Jansen, conseguiram executar o objectivo proposto. Musicalmente irrepreensível, ao nível dos trabalhos anteriores. Algo que salta à vista com a primeira impressão ao álbum é que todas as músicas tem uma conotação mais pesada, mais guturais, guitarras mais destrutivas, e isto é algo que faz desta banda um caso peculiar, nunca deixando de lados as origens de formação e o não enveredar por composições líricas mais suaves, de boa interpretação, para os mais leigos, a não escolha do comercial. Nisto Epica tem a vantagem e o saber conjugar muito bem as sonoridades desenvolvidas.
A temática que compunha o antigo repertório da banda em termos líricos, envolvia Deus e as religiões, como um explanar de pensamentos e sentimentos, isto foi algo que se alterou neste álbum, desta feita, Mark Jansen que é o compositor da banda (com participação de Coen Jansen), decidiu alterar a temática e lançar premissas mais subjectivas ainda que a religião, frases que chegam a ter entendimentos Sci-Fi tal a introspecção cientifica da composição. Em entrevista Mark Jansen explica essa mudança:
O título do álbum, “Desenvolve o teu universo”, fala sobre as novas descobertas da física quântica. É a prova de que estamos todos ligados uns aos outros, a nível subatómico. Além disso, mostra-nos que podemos criar, ou pelo menos influenciamos a criação com os nossos pensamentos (…) facto bastante interessante. Se o universo se altera por nós, todo o nosso mundo se desintegra quando aceitarmos os factos e os integraremos nas nossas vidas. Assim, tinha de ser este o título deste novo álbum.
Todas as faixas seguem um desenvolvimento na história imposta nas letras, onde existe uma marcação temporal delineada pelo prólogo e pelo epílogo do actos. O álbum começa com uma entrada de estilo clássico, hábito normal nesta sonoridades e que marca o avanço para a história. Para single e vídeo de lançamento (em destaque no nosso site) foi escolhida a terceira faixa do álbum e aqui destaco a excelente escolha, Unleashed. Esta faixa soa bem a Epica de outros álbuns, o que faz adivinhar o acarinhar dos fãs da banda na primeira impressão deste novo álbum. Em exclusivo para o iTunes, esta música foi produzida num dueto composto por Simone Simons e Amanda Somerville. Como já referi, este álbum consegue ser mais “pesado” que os anteriores trabalhos, apesar de ter fases melódicas que contrastam com um rapidez e perfeição de execução sublimes. As faixas variam muito na sua duração, por isso transparece a separação dos actos, por exemplo a sexta faixa, a mais longa do álbum, é um acto que se subdivide em cinco partes distintas. De fácil audição e de uma homogeneidade na composição, este álbum está excelente no seu enquadramento. De referir ainda a participação de Tony Kakko, vocalista de Sonata Artica na décima segunda faixa do álbum, a música White Waters, música esta de início melódico que marca um ambiente fantástico ao longo da mesma e da qual só se pode agradecer pelo excelente trabalho na integração de Tony no acto cénico.
Individualmente de referir a mestria impar da vocalista Simone Simons mas ainda algo que parece bem perceptível, que foi a adaptação e o melhorar bastante significativo do guturais de Mark Jansen, este último ponto muito importante, visto ser uma das grandes críticas que a banda sempre sofreu, devido ao défice de enquadramento em algumas das antigas produções. A dizer sobre este álbum resta pouco, apenas a vincada recomendação a um dos álbuns do ano no que ao mundo do Metal diz respeito. Aconselhadíssimo por mim e como tal a critica musical se o encarregará de comprovar com o passar do tempo.
Bons Sons!
Cumprimentos,
Ricardo Raimundo
Apreciação Pessoal: 8/10
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