
Álbum: Confrontation Of Souls
Data de lançamento: 2 de Fevereiro de 2009
Editora: Rastilho Records
Género: Thrash Metal
País: Portugal
Membros
Hugo – Voz
Pardal – Guitarras
Neto – Guitarras
Karia – Baixo
Xines – Bateria
- Confrontation Of Souls (Intro)
- Infected Blood
- The Gallery Of Horrors
- Into The Words Of Chaos
- The Descent
- This Misery
- State Of Resignation
- Origins Of Darkness
- Second Life
- The Last Man Standing
- Soldiers Of Rage
Neste regresso da Ruído Sonoro temos novo layout, novo formato, novo conteúdo e velhos hábitos: trazer-vos reviews de Metal de qualidade. Desta feita apresento-vos mais uma aposta do Metal nacional deste ano. Nascidos na capital em 2002, o nome dos Switchtense começou a ser falado aquando do lançamento do seu segundo trabalho, o EP “Brainwash Show” em 2006. Thrash Metal puro, agressivo e prometedor, mas no qual se notava que a banda ainda estava numa fase experimental, à procura do seu som. As músicas eram agradáveis, mas não encaixavam da melhor forma e não era melífluas. Três anos depois a banda regressa com o seu primeiro álbum de originais, este Confrontation Of Souls que gentilmente a banda nos cedeu para esta review.
Este período de entre o lançamento do EP e do álbum foi sobretudo de maturação e definição sonora, cujo resultado podemos agora ouvir e que certamente agradará a qualquer fã de bom Metal e especialmente de Thrash. Ao contrário dos trabalhos anteriores, os Switchtense apresentam-se agora com uma sonoridade renovada, mais profissional, bem trabalhada e onde se denota um grande esforço da banda resultante num dos melhores álbuns de Thrash Metal nacional da nova geração.
Liricamente falando, a temática do álbum gira em torno de um confronto interno violento, onde o ódio e a fúria atinge tudo e todos, um ambiente que apela à rebelia, à conscienlização da realidade, um grito de guerra onde as perturbações internas se fundem com o pior da nossa sociedade. Esta manifestação caótica acompanha todo o trabalho, explorando várias temáticas sociais de forma brutal e sem compaixão, que tão bem assenta na sonoridade Thrash.
Destacando-se os temas Origins Of Darkness e The Last Man Standing, na minha opinião os mais bem conseguidos, a par de Infected Blood, o álbum não tem nenhuma música obsoleta ou, como se diz na gíria, “para encher”. Salta à vista um trabalho cuidado na construção de cada uma, um significado, uma mensagem, algo que não deixará ninguém indiferente se ouvir as músicas com atenção e não apenas para fazer headbanging.
Não se pode falar deste álbum sem enaltecer o magnífico trabalho de João Diogo no artwork. Contando com a capa, são cinco imagens (e uma sexta com uma foto da banda) ricas em pormenores e metáforas interessantes de explorar, que deixo em aberto para quem estiver a pensar comprar o álbum. Cores pesadas e intensas, rodeadas de um negrume sufocante, um ambiente bizarro e caótico que encaixa bem no álbum e na sua mensagem.
David Dark Forever Matos
Musicalidade: 8,5
Originalidade: 8
Produção: 9
Atmosfera: 8,5
Capa: 10
Impressão geral: 8,5
TOTAL: 85,75%