Slayer – Repentless

SlayerRepentlessEscrever uma análise aos álbuns dos Slayer foi-se tornando cada vez mais fácil, visto que a mudança e variação musical é mínima. A banda não altera a sua música há uns anos largos, e mesmo a década de 90, terrível para muitas bandas de thrash metal, não foi assim tão diferente do que se tem verificado desde 2000.

Repentless tinha a fácil tarefa de ultrapassar, qualitativamente, o último disco do grupo americano, World Painted Blood, de 2009. O lançamento de 2009 é, relativamente, fraco quando comparado com outros trabalhos da banda e após seis anos desde o seu último álbum de estúdio houve um certo burburinho mediático, no que respeita a mais este lançamento dos icónicos ou até lendários Slayer.

Apesar de não ser espectacular, nem nada que se pareça, Repentless consegue ser um trabalho bem razoável e credível, apresentando faixas bem poderosas e fortes. Basta atentar às faixas: às rápidas “Take Control”, “Vices”; às poderosas e bem estruturadas “Repentless”, “Cast The First Stone”, “Chasing Death” e “You Against You” e as explosivas “Implode” e “Piano Wire”. Na minha opinião, são as grandes faixas de um álbum que apesar de apresentar bons argumentos, denota uma certa instabilidade e volatilidade em termos qualitativos.

Sou da opinião que a inconsistência qualitativa de um álbum pode afectar, em grande medida, a pontuação global de um disco que, mesmo que apresente excelentes argumentos, pode prejudicar o que poderia ter sido uma pontuação muito boa. No entanto, é claro que Repentless consegue ser uma melhoria significativa face ao seu antecessor. O grupo consegue compor um álbum credível com faixas variadas e com muitas das características que tornaram os Slayer num dos Big 4. Apesar de não ser espectacular e não ser um marco da indústria musical, o novo disco reacende a chama de uma banda que parecia estar a definhar qualitativamente.

Autor: João Braga

Álbum. Nuclear Blast Records. 11/09/2015

Classificação/Rating

7.6

O grupo consegue compor um álbum credível com faixas variadas e com muitas das características que tornaram os Slayer num dos Big 4. O novo disco reacende a chama de uma banda que parecia estar a definhar qualitativamente.