Aqui fica a entrevista da Ruído Sonoro ao Bruno Santos, baterista dos Prayers Of Sanity.
RUÍDO SONORO: Depois da demo em 2007 e do álbum de estreia em 2009, os Prayers Of Sanity estão de volta em 2012 com um novo trabalho. O que vem Confrontations acrescentar ao vosso catálogo?
PRAYERS OF SANITY: Confrontations veio assentar a pedra Prayers of Sanity, penso eu. É um albúm mais moderno, mais groovy e com mais headbang que mosh-pit, em comparação com o nosso primeiro albúm, o Religion Blindness.
RUÍDO SONORO: Porquê a demora de três anos? Foi para apurar os temas ou mesmo por falta de tempo?
PRAYERS OF SANITY: Basicamente foi por falta de tempo. No ano de 2010 era-nos impossível entrar em estúdio porque tivemos muitos concertos. E o ano de 2011 foi para compor, fazer pré-produção e entrar em estúdio. Também tivemos alguns problemas normalíssimos (como a disponibilidade da malta), o que atrasou o álbum um pouco.
RUÍDO SONORO: Em relação ao primeiro álbum, este conta com o Paulo em vez do André na guitarra. Como foi a adaptação dele à banda? Ajudou no processo de composição?
PRAYERS OF SANITY: A adaptação dele foi brutal. Ele adaptou-se muito bem e conseguiu integrar-se no espírito bastante rapidamente. Existe sempre aquela batalha de ensinar as músicas a outro membro, o tempo que isso demora, etc. Mas com ele, foi bastante fluído. Em termos de composição, ele deu a sua contribuição, mas o “grosso” da coisa foi por minha parte.
RUÍDO SONORO: Qual a temática e influências de Confrontations?
PRAYERS OF SANITY: Temática? É o que diz no nome do álbum. É o confronto. A necessidade do ser humano arranjar confrontos seja pelas razões que forem. Quase todas as músicas deste álbum têm algum tipo de confronto envolvido. Seja com o mundo, seja com nós próprios. Influências? Vou dizer Overkill.
RUÍDO SONORO: Durante a apresentação do vosso álbum de estreia, abriram para grandes nomes do Thrash internacional, tais como Destruction, Municipal Waste e Gama Bomb. Como sentiram a responsabilidade e que aprenderam com o contacto com estas bandas?
PRAYERS OF SANITY: Foi brutal termos tido essas oportunidades, mas também sentimos que temos vindo a trabalhar para isso. Penso que vimos esses concertos como outros quaisquer, sem qualquer tipo de responsabilidade acrescentada. Basicamente, subimos ao palco para fazer aquilo que gostamos e, como quem nos diz que fomos uma “merda” ou “brutais” é o público, só temos é de mostrar aquilo que somos e mais nada. E isso vê-se muito na atitude de muitas dessas bandas.
RUÍDO SONORO: E agora, quais os objectivos em termos de promoção ao vivo para o Confrontations? Pretendem dar mais concertos no estrangeiro?
PRAYERS OF SANITY: Sim. Sempre foi um dos principais objectivos dos Prayers. Estamos de momento a tentar marcar mais concertos tanto para dentro como para fora do país, mas mais para fora, para também tentar mostrar o que somos, do que se faz em Portugal e ver se os países estrangeiros ganham o hábito de trazer mais bandas Portuguesas lá fora como os Portugueses fazem com bandas de lá, ahaha!
RUÍDO SONORO: O Thrash Metal é um género bastante tocado a nível mundial e muitas bandas limitam-se a copiar o que já foi feito. O que é preciso para bandas como vocês, Switchtense e afins conseguirem, sem sair das raízes puras do Thrash, se destacarem e conseguir criar algo que soa fresco em vez de uma cópia aborrecida?
PRAYERS OF SANITY: Se calhar, se perguntarem aos Switchtense se eles pensam muito nisso eles vão-vos dizer que não, ahahaha! Pelo menos nós não. Nada até. Simplesmente, quando estamos a compor, tentamos fazer o que não seja parecido com algo que já fizemos antes. O resto é feeling. Tudo o que surgir de um momento de “pica” ou de um momento que a banda sinta “WOW… isto está do c*%alhão!!!”, grava-se e trabalha-se depois. Acho que se as cenas forem feitas de maneira natural e que nos agradem, sai sempre boa coisa.
RUÍDO SONORO: O Thrash Metal nacional tem assistido a uma pequena revolução nos últimos tempos, da qual vocês fazem parte. Como têm visto esta crescente quantidade de novos projectos? Alguma coisa a salientar de mais positivo ou mais negativo?
PRAYERS OF SANITY: Há muita cena positiva que se podia dizer disto. Primeiro, a quantidade de malta a ouvir Thrash aumentou bastante. Segundo, a qualidade da malta mais nova a tocar nesses projectos. A maioria toca muito bem e com a idade certa. Terceiro, o facto de haver mais bandas do mesmo género torna a entreajuda entre bandas muito maior. Etc.. O único aspecto negativo que vejo nisto é o facto da cerveja acabar mais depressa! ahahahah
RUÍDO SONORO: Quais os vossos objectivos a médio/longo prazo?
PRAYERS OF SANITY: Mostrar o nosso trabalho pelo o mundo fora. Tentar tocar nos mais variados países. Continuar a fazer um trabalho que tenhamos orgulho. E conquistar o mundo à guitarrada!! ahahaha