O Festival Iminente está de volta de 22 a 25 de Setembro na Matinha, em Lisboa, somando um cartaz que inclui mais de 65 actuações musicais e live acts, para além de artes visuais, performances, festas temáticas, desportos urbanos, tatuagens, conversas, lojas, exposições e projectos comunitários. Segundo a directora do festival, Carla Cardoso, o Iminente pretende «voltar a aproximar as comunidades aos seus territórios e produção artística contemporânea, em várias áreas, cruzando tendências do mainstream com movimentos emergentes, elevando a riqueza e complexidade da cultura urbana».
Na música, o cartaz viaja entre o hip-hop, o funk, o rock e a world music, por exemplo. Yasiin Bey, anteriormente conhecido como Mos Def, actuará pela segunda vez em Portugal, naquele que se prevê que venha a ser um momento alto do festival, tal como o concerto da rapper americana Young M.A. Já Sam The Kid, uma das mais expressivas vozes do hip-hop português, apresenta-se acompanhado pela sua banda Orelha Negra e uma grande orquestra, constituída por 24 elementos e dirigida pelo maestro Pedro Moreira.
A confirmação de IAM, revolução francesa no hip-hop, e o seu fundador DJ Khéops – que fará também uma actuação a solo no Iminente – salta à vista num cartaz que inclui o já consagrado ProfJam, a voz de R&B alternativo angolano-portuguesa Carla Prata, a rapper brasileira Karol Conká e a primeira mulher DJ jamaicana de dancehall, Sister Nancy. Entre outros confirmados estão nomes como BbyMutha, África Negra, Smoke DZA, Guilty Simpson & Phat Kat, Puta da Silva, Yuri NR5, Tristany, Ne Jah, Bandua, Sara Correia, Yaw Tembé & Joana Guerra, entre muitos outros. O cartaz completo pode ser consultado.
Nas artes visuais são apresentadas várias instalações site-specific, a maioria escolhida ou criada para o festival por um conjunto de artistas que inclui Vanessa Barragão, Rita Ravasco, Noah Zagalo, Beatriz Brum, Kampus, Superlinox, João Fortuna, Filipa Bossuet, Batida, Vhils, Wasted Rita, ±Mais Menos±, o colectivo Unidigrazz, entre outros. Nesta edição as Talks incluem também um programa especial com a Mini Voices e continuarão a ter a curadoria de António Brito Guterres para debates fundamentais sobre a cidade, sustentabilidade e o direito às cidades através da arte e da cultura.
De referir que muitos dos resultados dos workshops que estão a ser dinamizados, até Setembro, em quatro bairros de Lisboa – Alta de Lisboa, Bairro do Rego, Vale de Alcântara e Vale de Chelas – serão apresentados no Festival Iminente. É o caso, por exemplo, da conferência que resultará do workshop de Lúcia Afonso no Bairro da Quinta do Lavrado ou a instalação tridimensional que resultará da formação de Fidel Évora, no Bairo do PER11, entre outros.
Co-organizado pela Câmara Municipal de Lisboa, o Festival Iminente acontece mais uma vez nesta cidade. Segundo Carlos Moedas, presidente do município, «é inegável que o Iminente é hoje uma plataforma cultural que mexe, dinamiza e melhora a vida da cidade e das pessoas: através do seu trabalho cultural, que torna visíveis comunidades e novos projectos de cultura urbana; e através do seu impacto social, com a sua presença nos nossos bairros, reconstruindo o sentido de comunidade que tanta falta faz na vida urbana. Iniciativas como esta vêm reforçar o papel central que a cultura tem de ter no desenvolvimento sustentável das cidades e dos territórios».
O festival conta ainda com o apoio na organização do Cultural Affairs, colectivo fundado pelo artista Alexandre Farto, mais conhecido por Vhils. Realizando-se pela segunda vez na Matinha, o Iminente permitiu, segundo Luís Gamboa, director de operações da VIC Properties, que «os terrenos da Matinha fossem descobertos por milhares de visitantes, que assim puderam usufruir de um espaço que esteve vedado ao público durante décadas. Depois do sucesso alcançado no ano passado, era para nós imperativo voltar a apoiar o Iminente, o festival urbano de excelência do nosso país. Com a cedência dos terrenos da Matinha, a VIC Properties e o Prata Riverside Village prosseguem assim a sua missão de devolver aos cidadãos esta importante área da zona oriental de Lisboa».
Depois de esgotados os passes early bird, os passes de quatro dias (intitulados de summer tickets) estão à venda em quantidade limitada até 14 de Setembro por 65 euros, podendo esgotar antes desta data e subindo o valor para 75 euros. Os bilhetes diários custam 20 euros até 14 de Setembro, subindo para 25 euros após essa data. Ambos podem ser adquiridos no site oficial do festival ou na rede Ticketline e locais habituais.