Ebru Yildiz

MUPA. Föllakzoid e África Negra entre os primeiros confirmados em Beja

O festival MUPA – ou Música na Planície – nasceu da necessidade de descentralizar a cultura em Portugal e colocar sons novos e aliciantes na cidade de Beja. A sua terceira edição acontecerá entre os dias 22 e 26 de Junho e mantém a sua missão principal: mostrar uma selecção ecléctica de novos talentos da música nacional e internacional, aliados a artistas que marcaram gerações, em vários espaços da cidade.

Para a edição de 2022, o MUPA avança já alguns nomes que farão parte do cartaz do festival: é o caso de África Negra, a banda ícone de São Tomé e Príncipe que marcou os anos 80; do trio de krautrock chileno Föllakzoid (na foto); da “savage” do drill português Cookie Jane; ou ainda de Ghoya, rapper cabo-verdiano e co-fundador de Mentis Afro.

Numa onda mais experimental, Beja recebe ainda nomes como Riccardo La Foresta, artista sonoro italiano que desconstrói a percussão como a conhecemos; a lisboeta Clothilde e as suas texturas sonoras conduzidas por máquinas caseiras; e Gadutra que apresenta um imaginário mais dançável.

A produtora e DJ Lapili, que tem vindo a marcar terreno no perreo, está confirmada no MUPA, assim como os DJ sets de Baba Sy e MBODJ via Jokkoo Collective. Da cada vez mais incontornável Nyege Nyege surge De Schuurman, o produtor que se tornou numa espécie de bandeira da electrónica afrodescendente dos Países Baixos, assim como o DJ Diaki, que tem tido um papel fundamental na cena electrónica de Balani do Mali nas últimas duas décadas.

Por fim, estão certos também dois nomes que não são estranhos à programação local: João Melgueira, um dos criadores da label Alienação e fluente entre diversos estilos de música, e Viegas, fundador do colectivo ARVI+ e co-conspirador de longa data do underground electrónico queer de Lisboa.

Os primeiros passe gerais early-bird do MUPA estão disponíveis por 15 euros no site do festival. A restante programação será revelada em breve.