Depois da primeira grande fornada de nomes na semana passada, o FMM Sines – Festival Músicas do Mundo tem agora mais quinze nomes a acrescentar à conta.
Primeiro três confirmações nacionais: Branko, fundador dos Buraka Som Sistema e da label Enchufada, trilha o seu caminho a solo e apresentará em Sines o novo álbum, NOSSO; os Montanhas Azuis cruzam os rendilhados bucólicos de Norberto Lobo, o expressionismo de Marco Franco e a desenvoltura harmónica de Bruno Pernadas e o novo Ilha de Plástico é o cartão-de-visita; por fim, a parceria de Jorge Benvinda e Nuno Figueiredo que responde por Virgem Suta resulta em canções contagiantes do catálogo do pop rock português oriundo do Alentejo.
Do resto da Europa soma-se o galego Davide Salvado e a sua abordagem pessoal a canções tradicionais galegas em AMARELO, enquanto a londrina Nubya Garcia, oriunda de família caribenha, identifica-se com um jazz de fusão que inspira ao afrobeat, ao grime e à música de dança em geral.
Nota para dois nomes oriundos da Palestina. Le Trio Joubran (na foto) junta os irmãos Samir, Wissam e Adnam às cordas do oud, o alaúde oriental, e regressam a Sines para apresentar o mais recente disco, The Long March. Já Nasser Halahlih e Isam Elias formam o duo Zenobia, música electrónica com base de dabkeh sírio e palestino e toda uma orientação atmosférica egípcia e de outros ventos do Norte de África.
E nem a propósito que se fala de África, pois da sua camada subsariana estão confirmados mais quatro concertos: António Marcos, nome maior da marrabenta, tal bandeira musical de Moçambique; Dobet Gnahoré, cantautora da Costa de Marfim, utiliza a canção nos dialectos marfinenses com uma posição vincada pelos direitos das mulheres; Keziah Jones, músico nigeriano inspirado por Jimi Hendrix e Fela Kuti, é um dos músicos blues rock mais proeminentes da cena europeia dada à sua presença em Londres desde os oito anos de idade; e por fim Vaudou Game, formados pelo togolês radicado em França, Peter Solo, trazem a Sines o mais recente OTODI.
Da América responde Frente Cumbiero, da Colômbia e dirigidos por Mario Galeano, inspirados no legado de discos de cumbia dos anos 60 e 70, para além do novo hiphop brasileiro do MC e produtor Rincon Sapiência. A cena multicultural de Nova Iorque permite que Domenica Fossatu, flautista, cantora e bailarina, consiga comandar os Underground System para afrobeat e música de dança global.
Do Extremo Oriente o agrupamento The Tune, música de vanguarda da Coreia do Sul, formado exclusivamente por mulheres, projecta-se na música tradicional pelo instrumento de cordas haeguem.
O FMM Sines decorre de 18 a 27 de Julho em Sines e Porto Covo.