Nothing estreiam-se em Portugal em Outubro

Do punk para o shoegaze ainda vai um certo caminho para a redenção e para a limpidez das múltiplas camadas sónicas, mas os Nothing traçaram-no desde 2011 e foi com essa receita que assinaram a estreia Guilty of Everything pela Relapse em 2014. Passados dois anos surge novo álbum, aqui analisado por Rui P. Andrade:

Tired of Tomorrow surge na discografia dos norte-americanos como um registo que rapidamente se introduz como de carácter mais pessoal, daqueles em que se faz passar a língua nas feridas antes de as deixar secar ao sol e à vista. Ouvir Nothing passou sempre por quase imaginar o tom de Kevin Shields enfiado no núcleo duma banda de pós-hardcore, mas em que tudo é feito e construído com a simplicidade duns Nirvana. Em Tired of Tomorrow o senso de ansiedade que se palpava em Guilty of Everything parece surgir amplificado, para lá da forma sempre tímida que se expõe sob a cascata e o feedback das guitarras. As estruturas, essas, sentem-se algo mais fixas e cheias por riffs mais graves, tocados de tal forma em que um nome como o de Stephen Carpenter não consegue ser deixado à porta.

Este novo disco motiva a estreia de Dominic Palermo, Brandon Setta, Kyle Kimball e Nick Bassett em Portugal enquanto banda no próximo mês de Outubro – sexta, dia 7, no Musicbox (Lisboa) e sábado, dia 8, no Cave 45 (Porto), ambos com o selo Amplificasom.

Os bilhetes custam 14 euros e já podem ser adquiridos na Amplistore e em breve em locais como Louie Louie (Porto), Matéria Prima (Porto), Piranha (Porto), Black Mamba (Porto), Bunker Store (Porto), Flur (Lisboa), Glam-o-rama (Lisboa) e Vinil Experience (Lisboa).