Dez motivos para ir ao NOS Alive 2015

No ano passado lançámos o primeiro artigo do «dez motivos para ir» com o Alive (aqui) e fizémo-lo de forma a dispensar qualquer um dos nomes do seu palco principal.

Para 2015, repetimos a fórmula. O NOS Alive tem destas coisas – de fazer um só festival competitivo apenas com os seus palcos secundários – mas não deixamos de recordar a presença de nomes ilustres como o de The Prodigy, Muse, Mumford & Sons e até alt-J.

Os nossos dez motivos servirão tanto para descoberta, como para confirmação ou curiosidade dos nossos visitantes. Todo o cartaz pode ser consultado, aqui, mas em baixo fica a nossa dezena escolhida a dedo:

 

#01 James Blake 

Em 2011 o britânico James Blake marcou presença no festival para mostrar ao actual Palco Heineken as qualidades do seu disco homónimo de estreia. Volvidos quatro anos, e um Mercury Prize depois, o seu nome já não aparece abaixo de Anna Calvi, These New Puritans ou Patrick Wolf – é em 2015 um dos principais atractivos do NOS Alive, numa altura em que prepara o sucessor de “Overgrown” e terceiro disco de originais.


 

#02 The Jesus and Mary Chain

Parece quase heresia guardar um nome como o de The Jesus and Mary Chain para um palco secundário de um festival, mas a verdade é que para interpretar “Psychocandy“, de 1985, como o vão fazer, é necessário criar uma atmosfera que um palco gigante não deverá permitir. A banda dos irmãos Reid tornou-se incontornável no universo post-punk e pré-shoegaze com esse mesmo disco. Imperdível.


 

#03 Metronomy

Presença assídua nos nossos festivais, mas mais do que bem-vindos a qualquer cartaz. Os Metronomy de Joseph Mount praticam uma pop electrónica inconfundível que já lhes valeu um Mercury Prize com “The English Riviera“, de 2011. O mais recente chama-se “Love Letters” e ajuda a cimentar a direcção melódica pela qual só os Metronomy são capazes.


 

#04 Future Islands 

É um pouco incompreensível como é que ainda não se falava tanto destes tipos depois de “In Evening Air” (2010) e “On The Water” (2011), ambos com o selo da Thrill Jockey. O terceiro disco, “Singles“, já pela gigante 4AD, valeu aos Future Islands finalmente o reconhecimento global e as atenções que mereciam, muito por culpa de uma performance no programa de David Letterman. E ai de quem não se atreva a aparecer para dar um pé de dança ao estilo de Samuel T. Herring.


 

#05 Young Fathers 

Vamos tocar novamente no assunto do Mercury Prize. Os vencedores mais recentes (2014) são estes Young Fathers, batendo nomes como Damon Albarn, FKA twigs, Bombay Bicycle Club, Anna Calvi, Jungle ou Royal Blood. “Dead“, disco que carrega esse título, já tem sucessor. Chama-se “White Men Are Black Men Too” e duplica o repertório do trio de hiphop escocês.


 

#06 Mogwai

Também da Escócia e até um dos nomes maiores do pós-rock, os Mogwai surgem neste cartaz para celebrar o seu 20º aniversário. Ao longo dessas duas décadas foram editados discos como “Come On Die Young“, “Happy Songs For Happy People“, “Mr Beast” e o mais recente “Rave Tapes“, entre outros. Para o Alive espera-se um concerto de contrastes dinâmicos entre as suas melodias, como já nos têm habituado noutras datas em Portugal.


 

#07 Sleaford Mods 

Descendo da Escócia até Nottingham, encontramos Sleaford Mods. Este duo constituído por Jason Williamson e Andrew Fearn anda a debitar, desde 2007, canções de crítica social, desde o desemprego ao dia-a-dia laboral, atingindo também a cultura pop e o capitalismo. O estilo lírico de Jason tem sido alvo da atenção da crítica musical e com “Divide and Exit“, de 2014, estes Sleaford Mods receberam finalmente a devida atenção urgente.


 

#08 Róisín Murphy 

A irlandesa Róisín Murphy começou por se destacar no mundo da música por ser metade de Moloko com o seu então namorado Mark Brydon. A sua separação motivou uma carreira a solo: “Ruby Blue” surgiu em 2005 e “Overpowered” em 2007. O terceiro chega então em 2015 – “Hairless Toys” põe fim a um hiato da cantora e confirma o seu estatuto independente e excêntrico que terá influenciado as celebres vestes de Lady Gaga.


 

#09 Moullinex 

Ao nono motivo, o nosso primeiro encontro com a música nacional. Essa também tem lugar nos eventos em que desfilam estrelas confirmadas e em nomes internacionais em ascensão e Moullinex é claramente um nome que deve ser citado perante o cartaz encontrado. Luís Clara Gomes, autor deste projecto, lança em 2015 o seu segundo “Elsewhere” e promete deslocar o ambiente da noite lisboeta para o clubbing de Algés.


 

#10 Talentos nacionais emergentes 

O que também poderemos encontrar no Alive e que poderá ser uma montra para atenções futuras é o espaço Raw Coreto by G-Star Raw. Na programação para este palco visamos vários talentos nacionais com as suas primeiras oportunidades em festivais desta dimensão ou ainda a preparar o lançamento do primeiro disco. Destaque para nomes como Nice Weather For Ducks, Cave Story, Los Waves, Basset Hounds, Tracy Vandal, Les Crazy Coconuts e Pista, autores de “Puxa” que segue abaixo.

Autor: Nuno Bernardo