Dez motivos para ir ao Resurrection Fest 2014

Não é só em Portugal que a música se faz, obviamente, e o Resurrection Fest tornou-se num ponto impossível de não referir na nossa rota dos festivais, mesmo na nossa vizinha Espanha. Iremos tomar a Galiza de assalto, nós, os portugueses, e teremos bons motivos para isso. E vamos em paz.

O Resurrection Fest 2014 realiza-se nos dias 31 de Julho, 1 e 2 de Agosto, no Campo de Futbol Celeiro, em Viveiro. Ainda há bilhetes – o passe geral custa 79€ e o bilhete diário situa-se nos 45 euros. Consulta o cartaz completo, aqui.

 

#01 Praia e bom tempo 

Pelo menos é isto que esperamos encontrar. A localização do festival, em Viveiro, na província de Lugo (Galiza – Espanha), bem ao Norte de Portugal, tem ligação directa às águas do mar. Portanto, sim, há praia bem perto e o bom tempo parece ter-se tornado tradição ao longo das edições do festival. E sim, a foto abaixo mostra a região onde se faz o Resurrection Fest.

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#02 Três palcos 

O recinto até é espaçoso e há três palcos: o Mainstage, o Chaos Stage by Jägermeister e o Ritual Stage by Arnette… o que é que isto significa? Significa uma grande oferta de actuações, totalizando mais de 60 concertos ao longo dos três dias. Cada palco tem os seus argumentos, com respectivos headliners e até dimensão apropriada dos actos. Não gostas do que vês no Mainstage? Não tens desculpa, este não é um daqueles festivais em que deves estacionar no palco maior e pronto. Há muito para ver.

 

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#03 Variedade de géneros 

Dentro do espectro de música pesada e extrema, o Resurrection Fest oferece uma extensa variedade de actos. O Metal e o Hardcore andam de mãos dadas quanto baste, e não te podes queixar que todas as bandas te soam ao mesmo. Se no Mainstage tens as sonoridades mais populares e talvez até mais easy-listening, os outros dois palcos justificam a música que recebem – o Chaos Stage recebe o caos e o Ritual Stage recebe… os rituais. Tudo certinho.

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#04 Converge 

Os fãs do Hardcore menos tradicional vêm nos Converge um porta-estandarte. Impulsionadores de uma nova onda de hardcore, extremo até fora dos seus limites, serão certamente um dos pontos mais fortes desta edição do Resurrection Fest. Visitaram Portugal em 2008 e em 2010, mas por vias do destino não voltaram mais. Os seus maiores fãs em Portugal têm na Galiza uma oportunidade de os testemunhar ao vivo.

 

#05 Carcass 

Ah, aquele concerto que tivemos por cá em 2010… era uma reunião para concertos, não era? Pois bem, os Carcass estão bem vivos agora e no ano passado até nos deixaram um disco novo – “Surgical Steel” – depois de 17(!) anos de ausência. Não vindo a Portugal desde esse concerto, os Carcass passam agora perto de nós com sangue novo e com gañas de nos provar, mesmo com novos guitarrista e baterista em apoio a Jeff Walker e Bill Steer, ser uma referência do género.

 

#06 NOFX 

Assim que o Resurrection Fest 2013 terminou, a organização chutou-nos este nome: NOFX. Se nunca ouviste falar, nem devias estar a ler este artigo, mas tudo bem, perdoamos e introduzimos – os NOFX, oriundos de São Francisco (EUA), são uma das maiores bandas de Punk Rock de sempre. Quem nunca pisou uma tábua de skate ao som de ‘Linoleum’ que se acuse. Nem que seja em videojogos. Monstruosos e incontornáveis. A última vez que passaram por Portugal foi em Novembro de 2007.

 

#07 Skeletonwitch 

Estamos em 2014 e os anos dourados do Thrash Metal já contam três décadas de distância, mas existem bandas com a força de os tentar resgatar para os dias que correm. Entre as mais originais de um movimento revivalista, estes Skeletonwitch fazem-nos até a visitar aqueles riffs de Venom que deram nome a “Black Metal” de forma imperfeita. Têm cinco discos, tendo lançado o mais recente no ano passado, com nome de “Serpents Unleashed”. Deixamos a nossa recomendação.

 

#08 Down 

Phil Anselmo, outrora voz de Pantera, é o frontman deste supergrupo. A banda é também composta por Pepper Keenan (Corrosion Of Conformity), Jimmy Bower (Eyehategod, Crowbar, Superjoint Ritual), Patrick Bruders (Crowbar, Goatwhore) e Bobby Landgraf. Mas quem é que queremos enganar? A banda existe desde 1991 e “NOLA” foi lançado em 1995. Os lançamentos têm sido espaçados e a mística em redor dos Down têm elevado o seu estatuto. Com apenas três discos, podem encabeçar grande parte dos festivais do género.

 

#09 Megadeth 

Em 2009 visitaram-nos com Judas Priest e Testament. No ano seguinte actuaram no Rock In Rio Lisboa e em 2011 fizeram meia-casa com os Slayer no Pavilhão Atlântico. Passadas essas três vezes, os Megadeth ausentam-se de Portugal por demasiado tempo para vários fãs e Dave Mustaine e companhia podem ser vistos como actuação maior do Mainstage. Nós queremos sempre ouvir malhas de “Rust In Peace”, mas os Megadeth têm uma cultura de lançamentos recentes competente – a conferir já dia 31 de Julho.

https://www.youtube.com/watch?v=FMZeWBCw7kI

 

#10 Portugal a tomar Espanha 

Não é bonito vermos Portugal tão representado num festival fora de portas? Não só Portugal constitui uma boa fatia da audiência, como até é algo comum vermos actuações de bandas nossas no festival. Nós já sabemos como são as nossas bandas perante um público português, mas qual é a sensação de as ver brilhar perante olhares de outra nação? Este ano há More Than A Thousand para conferir no Mainstage e até serão os Ash Is A Robot a dar o primeiro concerto de todo o evento. Ergam-se as bandeiras, Portugal tem de manter a sua força. Lá estaremos a contribuir.

 

Fotos: Tomás Lisboa
Sugestões: João Vinagre
Autor: Nuno Bernardo