God is an Astronaut + Quelle Dead Gazelle @ TMN ao Vivo, 9/10/2013

Foi há pouco mais de um ano que os Irlandeses God is an Astronaut pisaram pela última vez solo Português. Na altura, a propósito do festival Paredes de Coura, traziam na algibeira o já pouco recente Age of the Fifth Sun, o sexto álbum de originais da banda. Desta vez, foi o ainda fresco Origins que os trouxe a Portugal, com duas datas em Lisboa e no Porto. Em Lisboa, no minúsculo e pouco acolhedor TMN ao Vivo, esperava-os uma multidão de fãs entusiastas, que enchiam o pequeno espaço até à entrada.

A noite começou ao som da dupla Lisboeta Quelle Dead Gazelle, projecto recente que, despindo-se de conceitos e rótulos, se auto-intitula de “El Rock puro e duro”, num mistura de Rock e outros sons mais quentes.

Seguiram-se depois os tão esperados God is an Astronaut. Passava já das dez da noite quando a banda subiu ao palco ao som de “Weightless”, seguindo-se “Transmissions”, temas do novo álbum, Origins. “All is Violent, All is Bright”, foi recebida com uma grande ovação por parte do público que, a partir daí, se mostrou mais enérgico. Com uma setlist focada essencialmente no mais recente lançamento, e prestando especial atenção ao álbum All is Violent, All is Bright (2005), e aos temas icónicos da banda, o raro acompanhamento vocal foi compensado pela grande simpatia e presença da banda, que se mostrou muito contente por regressar a Lisboa.

Após “Fire Flies and Empty Skies”, respondendo ao apelo do público, a banda regressou ao palco ainda para mais três temas: “Red Moon Lagoon”, “Suicide by Star” e a muito aguardada, “Route 666”, do já algo longínquo The End of the Beginning (2002), culminando num final verdadeiramente eléctrico, com o público e a banda a desfrutarem em uníssono, da boa música e do grande ambiente que se fez sentir. Ao abandonarem o palco, os irlandeses deixaram para trás uma multidão rendida.

Com um profissionalismo e uma energia contagiantes, a grande música e a boa disposição da banda não deixou ninguém indiferente. De resto, para os Lisboetas ficou bem claro que deus existe.

Setlist:  Weightless || Transmissions || All is Violent, All is Bright || Reverse World || Echoes || Spiral Code || Fragile || Calistoga || Forever Lost || Signal Rays || The Last March || From Dust to the Beyond || Exit Dream || Fire Flies and Empty Skies

Encore: Red Moon Lagoon || Suicide by Star || Route 666

Texto: Rita Cipriano.
Fotografia: Manuel Casanova.