Foi num dia chuvoso de Fevereiro que o espaço do Paradise Garage em Lisboa recebeu os Japoneses Mono. Dois anos após a sua última passagem por Portugal (2011), a banda de Takaakira Goto, Hideki Suematsu, Tamaki Kunishi e Yasunori Takada regressou ao nosso país a propósito do seu mais recente lançamento, For My Parents (2012).
A abertura ficou a cargo de Microphonics, o mais recente projecto do músico belga Dirk Serries (principalmente conhecido por projectos como vidnaObmana e Fear Falls Burning). Apesar de uma carreira musical algo longa (em actividade desde os anos 80), esta faceta mais experimental do trabalho de Serries não entusiasmou o público, servindo apenas para aumentar a expectativa em relação aos cabeças de cartaz da noite.
Após um breve intervalo, subiram ao palco os Mono. Com um alinhamento focado essencialmente no seu penúltimo álbum, Hymn to the Immortal Wind (2009), ofereceram um espectáculo de grande qualidade, repleto de um profundo sentimentalismo. Sem uma única palavra dita ou cantada, o som melancólico da banda falou por si. Em palco, temas como “Pure As Snow” ou “Everlasting Light”, ganharam vida própria, provando que a verdadeira música, verdadeiramente sentida, não precisa de intermediários.
Palavras para quê?
Alinhamento (Mono):
- Legend
- Burial At Sea
- Dream Odyssey
- Pure As Snow
- Follow The Map
- Unseen Harbor
- Ashes In The Snow
- Halcyon
- Everlasting Light
Texto por: Rita Cipriano
Fotografias por: Nuno Bernardo