Os ecos do Primavera Sound voltam a ressoar pelo Porto e o alinhamento da edição de 2026 já foi totalmente revelado. A 13ª edição do festival acontece no Parque da Cidade de 11 a 14 de Junho com a diversidade habitual da identidade e universo Primavera Sound.
À cabeça para o Porto estão três headliners que nem sempre são fáceis acompanhar de perto. Os The xx, sem concertos de 2018, terminam o seu hiato e estão de regresso aos palcos no próximo ano com passagem garantida pelo Porto, fazendo o trio composto por Romy, Oliver Sim e Jamie xx voltar a tocar no festival após catorze anos. Já os Gorillaz (na foto) de Damon Albarn regressam ao Primavera Sound Porto volvidos quatro anos com novo capítulo discográfico intitulado The Mountain. Por fim, também com estatuto de cabeça-de-cartaz, os Massive Attack vão-se estrear no Primavera Sound com o seu espectáculo intenso e imersivo de trip-hop.
A estes nomes cimeiros junta-se a folk rock de culto de Big Thief, a pregadora Ethel Cain (que nos visitará em concerto no LAV já em Novembro), a coleccionadora de hits Bad Gyal, o protesto inconformado de KNEECAP e os pioneiros do shoegaze Slowdive. Com a frescura da novidade alinha-se a estrela pop JADE para além de Dijon, Oklou, Amaarae, rusowsky ou Ninajirachi de olhos postos no futuro da música.
A singularidade habitual do Primavera Sound é pautada pelos diversos polos musicais, indo da música dançável de Sudan Archives até ao black metal de Agriculture, passando pelo noise rock frenético de Melt-Banana, o rap digital de fakemink, o fado de Gisela João, o imaginário psicadélico de Panda Bear, a dream pop de Mark William Lewis, o hip-hop nostálgico de Joey Valence & Brae, a synthpop de Gelli Haha, o dance punk de Viagra Boys e o post-hardcore de Texas Is The Reason. Nota ainda para o art punk de Yard Act e The New Eves ou a pop psicadélica e alternativa de Smerz.
A ligação a Barcelona é evidente, como sempre, notando-se ausências demasiado sonantes para se passar ao lado. O desvio de The Cure já era sabido, com concerto na Maia uns dias antes, tal como Doja Cat que tem data em nome próprio na MEO Arena. No cartaz da edição do Porto não figuram nomes como my bloody valentine, Addison Rae, Skrillex, Blood Orange, Little Simz, MARINA, Knocked Loose, Geese, Einstürzende Neubauten, Matmos, Merzbow, Kylesa ou Anna Von Hausswolff.
A edição do Porto tem, no entanto, os seus exclusivos ainda que fregueses habituais dos palcos nacionais: é o caso do regresso de IDLES, banda que deu o seu primeiro concerto no mesmo festival em 2018, mas também de Nation of Language, que actuam no LAV – Lisboa Ao Vivo daqui a um mês e se deram a conhecer ao festival em 2023. Também exclusivos face à edição de Barcelona, Model/Actriz voltam a encontrar-se com o público português para o quinto concerto em três anos, tal como Black Country, New Road que repetem a apresentação de Forever Howlong após concerto na última edição do Vodafone Paredes de Coura.
O intercâmbio musical entre Barcelona e Porto é feito desde 2012, oferecendo este ano ao público nacional os concertos de Aiko el grupo e Triángulo de Amor Bizarro, para além dos já mencionados Bad Gyal e rusowsky no âmbito da nova cena espanhola. O Primavera Sound Porto nem por isso deixa de propor os tesouros nacionais, este ano vincados pela música de Capicua, emmy Curl, Inês Marques Lucas, MxGPU, NAPA, PAUS, Rita Vian ou Vaiapraia.
Pelo segundo ano consecutivo a festa electrónica Primavera Bits encerrará o Primavera Sound Porto, estendendo-se até ao dia 14 de Junho com um epílogo dominical para transformar o recinto do Parque da Cidade numa pista de dança ao ar livre com os sets de Peggy Gou, Dixon, Xinobi e SuM.
Os passes gerais para o Primavera Sound Porto 2026 encontram-se à venda em exclusivo na Fever pelo preço de 180 euros mais custos de operação. Existem ainda vantagens para os clientes Revolut e possibilidade de pagamento em prestações através da Kaboodle.

