Texto: Margarida Dâmaso | Fotografia: Ana Ribeiro
Chegados à celebração dos 30 anos de Vodafone Paredes de Coura, constatamos que uma ideia, um pensamento, um sonho conjunto que há três décadas emergiu, tem vindo a resultar no que é hoje uma feliz e duradoura parceria e união. A música é como que o sintoma principal que conduz a um anfiteatro no meio da natureza, mas o diagnóstico faz-se com base em todo o contexto que a acolhe – o rio, a vila, as pessoas, a comida e até o próprio clima que, como não podia deixar de ser, este ano também se abençoou com alguma chuva.
São vários os marcos que ilustram episódios de felicidade e cumplicidade mas também de partilha nos momentos mais vulneráveis, que caracterizam o caminho até aqui, convidando artistas, jornalistas e outros que já fizeram parte da história deste, que é para muitos, o melhor festival de música do país. Algumas das histórias mais bonitas e momentos emblemáticos que pisaram este espaço e que ficaram registadas em palavras e imagens puderam ser observadas na exposição de cartazes publicamente disposta na vila. Já ao que ao festival em si diz respeito, ao longo do “sobe e desce” que vai da entrada do campismo, apercebemo-nos da concretização, por fim, de algumas melhorias no espaço das tendas, com o aumento do espaço para este propósito e do reforço na delimitação dos espaços de glamping e facilidades, como o espaço de cozinha.
Por sua vez, como a vida que vai passando e os tempos que vão mudando, os desejos e ambições também se moldam às vontades e aos desígnios do que já foi, do que hoje é e do que será o amanhã. Para quem há muito o revisita, Paredes de Coura já não é o mesmo, mas continua a ser igual a si próprio, desde certamente o seu início (e nós, que nem lá estávamos para comprovar). Vai-se repetindo, por aí, muitas vezes Rui Veloso, que “não se ama quem não ouve a mesma canção”, mas a verdade é que em Coura a música é mais que som – é afeto, é paisagem, é amor, é família. Não precisamos, de facto, escutar todos sequer a mesma canção para nutrir um pouco de paixão por este lugar que, ao longo de tantos anos, já sentiu tantas pegadas distintas, que foi leito e guarida a noites mais ou menos loucas, amores mais ou menos vingados e amizades que permanecem para sempre.
O campismo está mais clean, menos ruidoso, mais amplo. Quem passa na zona de campismo e caravanas este ano não encontra a superlotação ou barulheira constante, o que antes se poderia tratar de um festival-campismo e de um festival-recinto.
Entre os aspetos positivos exemplares e conservados pela organização, encontramos a exímia pontualidade no início de cada concerto. Por outro lado, e a desagradar a alguns festivaleiros, sobretudo mais antigos ou com descendentes, constatámos os horários tardios para alguns cabeças de cartaz.
16 de Agosto
Ainda antes de chegarmos perto do Taboão, a música começou a soar à janela da Casa Grande de Romarigães, com Samuel Úria a concretizar a primeira Vodafone Music Session. Apesar do atraso de vinte minutos, o artista tocou para algumas dezenas de pessoas, entre estas algumas pessoas mais velhas, possivelmente de um Centro de Dia da região, envergando chapéus com ‘Couração’. Após passar por “Ao Tom Dela”, “Lenço Enxuto” ou “A Contenção”, voltou antes de se despedir com “Barbarella e Barba Rala”, após muita insistência do público que trocou «menina» por «Úria» na tradicional música portuguesa “Menina Estás à Janela”.
Durante a tarde, poucos eram os que se encaminhavam para o recinto, ora porque ainda não tinham chegado ou porque o clima permitiu ficar até mais tarde no rio.
Os vilacondenses Evols abriram o festival no Palco Yorn e percebemos que encaixam muito bem em Coura. Ainda no mesmo palco mas uma hora depois, os Calibro 35 surgiram em palco com uma introdução com imagem e som estilo circense, onde pudemos ler Nouvelles Aventures. Foi à base de ‘instrumental comunicante’, que o quarteto de teclas/saxofone, bateria, baixo e guitarra eléctrica se entregaram a sonoridades jazzísticas, que bem podiam servir de banda sonora a uma qualquer série ou filme que cruze o tropical, o policial ou o suspense.
Observou-se no recinto um público de uma geração que possivelmente inaugurou há trinta anos o festival e alguns outros que poderiam ser sua primeira ou segunda geração de descendentes.
Num primeiro dia que pareceu mais vazio do que o habitual, o boom parece ter surgido com a frescura de Dry Cleaning, no Palco Vodafone, que foram recebidos em grande harmonia sob um sol quentinho de fim de tarde e pelo público, que a esta hora já relaxava na relva do ‘Couraíso’. A voz seca da vocalista branquela como o seu vestido, meio emo de unhas pretas, foi libertando palavras, como se estivesse a declamar no seu próprio compasso, depressivo mas confortável. Destacou o privilégio pela abertura do palco principal e surpreende-se inocentemente quando aplaudida pelo público. “Viking Hair”, “No Decent Shoes for Rain”, “Magic of Meghan” e “Anna Calls From the Arctic” foram alguns dos temas que proporcionaram os primeiros moshes deste ano.
No palco secundário foi a vez da já conhecida e adorada Snail Mail partilhar a sua música. Quase sem parar entre alguns êxitos como “Pristine”ou “Glory”, durante a troca de guitarras houve espaço para a partilha deste amor mútuo – «Nós estamos mesmo contentes por estar de volta!» – referindo-se à sua passagem pelo Porto. Apesar de algumas intercorrências técnicas no som, o ajuste passou despercebido pela maior parte do público e a boa disposição do grupo de Lindsey Jordan mantém a atenção centrada em si e claro, na sua “Heat Wave”.
Já passavam uns poucos minutos da hora programa quando os já experientes Yo La Tengo subiram ao Palco Vodafone, baixando a energia e acalmando os corações. Nas primeiras filas estavam alguns fãs de, certamente, longa data, cantarolando as suas canções. Foram os próprios músicos que, ao longo do concerto, reconheceram a multiplicidade geracional do público na sua frente e comentaram que alguns temas devem ser mais antigos que muitos dos festivaleiros que ali os escutam.
Os efeitos de luz que cobria o público davam, à distância, falsa noção de mosh, e foram servindo de fundo a temas como “Sinatra Drive Breakdown”, “Flying Lesson (Hot Chicken #1)”, “Stockholm Syndrome” ou “Autumn Sweater”. Foi extraordinário assistir a um concerto desta magnitude, não tanto pelo repetir cego das suas falas mas sobretudo pelos dotes que gente um pouco mais vivida (sem ofensa) ainda nos consegue oferecer.
A alguns metros, e apesar do esforço tão apreciado deste festival para não fazer acontecer concertos em simultâneo, quando sucede não é raro ver poucos movimentos entre palcos e este foi um exemplo – houve os que preferiram ficar até ao último acorde do palco vizinho e os que queriam jantar, e só depois a massa de povo que se deslocava para o palco secundário, mas bem a tempo se receber Julie, esta banda, escura e ruidosa, representativa da genialidade e pujança juvenil, mosh e crowdsurf.
A noite já tinha caído quando, pelas 22h40, de volta ao Palco Vodafone, encontramos Frank Carter & The Rattlesnakes. Logo desde o primeira tema, o vocalista começou junto às grades e por lá permaneceu, cantando com e junto dos fãs que, se não o fossem já, naquele instante passaram a ser. Apesar de alguns problemas técnicos, sobretudo com a voz, nada pareceu impedir o concerto de continuar e o próprio Carter foi elevado em braços do público, ‘surfando’ sobre estes. «Nunca tinha visto um moshpit numa colina a uma quarta-feira… É um prazer, uma honra estar aqui», elogiou, entre vários momentos, o país e o público português.
À medida que o concerto seguiu entre “Kitty Sucker”, “Parasite” ou “Devil Inside Me”, foi explicando as razões das músicas e capaz de chamar a si e reunir num ambiente inclusivo, à boa moda de Paredes de Coura, diversas pessoas, de diferentes contextos: «Este moshpit é apenas para raparigas! Não-binários e qualquer um que queira fazê-lo num espaço seguro e que será mais feliz do que nunca!». Por fim, convocou toda a colina para uma onda e esta foi cumprida.
Antes da esperada Jessie Ware, houve quem chamasse pelo nome da artista, bem representado no fundo do palco. Foi num ritmo frenético que esta diva surgiu, logo depois dos seus músicos, juntamente com back vocals e dançarinos, todos a pares, ao som de “Begin Again”. Escutou-se por fim
«Festival de Coura, estão prontos?», seguindo logo para “Soul Control / I Feel For You” e “Pearls”, com Jessie carregada em braços pelos dançarinos antes de descer até às grades, perto do público.
Pelo meio do alinhamento ainda houve espaço para uma versão de “Believe” da Cher, que reforçou a ideia de pista de dança, sem faltar a sensualidade e estilo BDSM em “Hot N Heavy” e “What’s Your Pleasure?”. Deixou “Free Yourself” para o final e não escondeu o amor e gratidão pelo convite e pelo país.
A noite seguiu com Squid, Bicep, em formato live, Special Interest e o já ‘da casa’, Nuno Lopes, antes do amanhecer.
17 de agosto
A Igreja Românica de Rubiães serviu de palco à segunda Vodafone Music Session desta edição, com CAIO, dando as primeiras notas do segundo dia de Vodafone Paredes de coura.
Pelas 18h00 e já dentro do recinto, testemunhámos aquele que foi um dos melhores concertos desta edição, pela voz de A Garota Não (para nós aka The Next Big Thing), no Palco Yorn. Apesar de cedo, muitos foram os que rumaram ao palco mais pequeno, onde decorreu um desfile pautado por valores e filosofia, direitos e humanidade, entre gestos e palavras acolchoadas por uma voz robusta e quente desta Mulher portuguesa. Fez o favor de relembrar cada pessoa ali presente das identidades e cultura da sua cidade, Setúbal, e deste nosso país e das nossas gentes, que evidentemente a adoram. «Com esse tempo todo de espectáculo estão-nos a roubar muito tempo e vamos ter de tirar três canções», riu-se, enquanto foi perfilando as suas músicas “Canção Sem Final”, “Prédio Mais Alto”, “Que Mulher É Essa?”, “A Grande Máquina” e “Urgentemente”.
Em “Mulher Batida” levou aos olhos lágrimas e à pele arrepios, ao dizer muito com pouco sobre a violência que existe para com as mulheres, elevando no fim um livro com nomes de mulheres mortas em 2022, num aplauso constante do público. «Obrigada por tudo, pelo carinho que nos dão», não escondendo o afeto e sorriso que tanto a caracterizam. Acabou por reafirmar o seu destaque e louvor na Vodafone Music Session que aconteceu no dia seguinte no Quartel das Artes, bem no centro da vila e onde dezenas de pessoas fizeram fila para entrar.
O segundo concerto do dia, agora no Palco Vodafone, chegou pelo simpático cavalheiro Tim Bernardes, o jovem cantor brasileiro que mais pareceu ter viajado no tempo para conseguir trazer até aos dias de hoje todo um repertório musical cheio de história e alma. Entrou em palco com um grande aplauso, que se repetiu ao longo da actuação. Na plateia encontrámos muitas famílias representadas por várias gerações e estilos. O artista, por sua vez deslumbrado – “Tou me sentindo em Woodstock” – (e bem podia, ele e Coura), explicou que tem apresentado as suas canções sobretudo em teatros mas que este local, diferente, é especial. «Muito legal ver pessoal assim sentadinho».
Entre guitarra e piano, tocou alguns dos seus êxitos mais bonitos e aguardados, dissertando sobre a vida no seu geral, como “Nascer, Viver, Morrer”, “Fases”, “BB (Garupa de Moto Amarela)”, “Mesmo Se Você Não Vê”, “Falta” e “Talvez”. Percorreu algumas faixas dos Terno e outros cantores brasileiros. Em “Só Nós Dois” foram passando imagens de casais a trocar afetos. Após “Quis Mudar” e antes de uma plateia se ter levantado para o aplaudir, fechou o concerto com “Recomeçar”.
Foram Avalon Emerson & The Charm e Sudan Archives – esta última em destaque -, que completaram o Palco Yorn e The Brian Jonestown Massacre a anteceder The Walkmen no Palco Vodafone, que aproveitam para fazer referência ao seu álbum, Lisbon, assinalando o impacto que o país tem tido no seu percurso e no regresso aos palcos ao fim de dez anos. Apesar de espaços em aberto, a plateia de Coura esteve sempre pronta para crowdsurf e mosh e desta vez tiveram como banda sonora “The Rat”, “Woe Is Me”, “Canadian Girl” e “Wake Up”.
Pelas 23h00 foi o momento de Megan Louise ser recebida no Palco Yorn, logo após Johnny Jewel, em grande êxtase pelo público, que claramente sabia ao que ia, num fundo vermelho e instrumental estilo Stranger Things. Também o público de Desire parece ter saído de uma dimensão de jovens alternativa. A voz de Megan poderia ser sonoridade de videojogo, somada à roupa de cabedal negro, à sensualidade da sua dança e às imagens BDSM que transforma este concerto num ‘palco-rave’ super alternativo. “Black Latex”, “Don’t Call”, “Mirroir Mirroir”, “Silver Machine” ou “Bizarre Love Triangle”, esta de New Order, fizeram parte do alinhamento.
Como já não podia faltar, também de rap e hip-hop se fez este festival, contando com Loyle Carner a subir ao palco principal para a sua imensidão de fãs, bem alinhados de braços no ar. A banda soul aliada à voz quente do rapper, geraram através de “Hate”, “Plastic” ou “You Don’t Know” um som mais invernal para escutar numa noite que, apesar de prometer, não trouxe até àquele momento a chuva.
Um dos nomes mais esperados desta edição, Fever Ray, subiu ao mesmo Palco Vodafone para cumprir com a sua synthpop, em mais uma performance hipnótica que peca somente pelo avançar da hora, alcançado um número mais restrito de festivaleiros que vão abandonando o recinto.
18 de agosto
Depois da Vodafone Music Session de A Garota Não foi necessário reforçar o traje com capas para a chuva, ou não fosse cumprida uma ‘tradição’ que caracteriza este festival.
Após os primeiros concertos da tarde (Chinaskee, Kokoroko e Expresso Transatlântico), houve quem aproveitasse o jazz da jovem dupla DOMi & JD BECK, para um eventual jantar ou mudança de vestuário. Por sua vez, os também jovens Thus Love conquistaram uma plateia mais madura, quer pelo swing e irreverência do vocalista ou pelo contorno profissional que deram às dificuldades técnicas que foram surgindo desde o início do concerto.
Passando depois para o Palco Vodafone, encontramos Yung Lean, que chegou debaixo da maior chuvada até ao momento. Mas foi um tipo sozinho em palco a mandar umas rimas, à semelhança do que se tem assistido nos últimos anos. Apesar de pouco haver a destacar musicalmente, a verdade é que as primeiras filas não arredaram pé para assistir a “Hoover” ou “French Hotel”, apesar da água que escorria colina abaixo.
Os portugueses Máquina foram os substitutos de última hora para The Last Dinner Party. E como o que é nacional e vem a Coura, geralmente é bom ou não fosse este o local ‘onde os grandes se tornam gigantes e os gigantes viram lendas’, este concerto tornou-se quase como num mito que somente quem lá esteve pode contar.
Logo depois, no Palco Vodafone recebemos black midi em passos de dança latina ao som de “Suavemente”, de Elvis Crespo, e foram completamente abençoados pelos deuses da chuva que, como já é habitual, chegou como expressão das suas festividades, enaltecendo e reforçando a intensidade de qualquer interação neste cenário idílico.
Não fosse o tardar da hora e mais teriam ficado para assistir à grande Little Simz, autora de “Selfish” e “Woman”, que, tal como a banda anterior, já tinha revelado o seu potencial ao público português no Primavera Sound Porto no ano passado.
19 de agosto
A chuva continuou a condicionar o festival ao quarto dia e fez deslocar a última Vodafone Music Session, com Tim Bernardes, para o Abrigo do Taboão, o restaurante que fica ao cimo do rio.
Encontrámos em Lee Fields um som que sabe a casa, fazendo recordar alguns nomes como Charles Bradley: Coura a ser Coura, fora do que é (somente) depressivo, num contexto de reunião, braços no ar e cumplicidade do público que hoje é evidentemente em maior número que nos dias anteriores.
Enquanto alguns permaneceram num ambiente mais outonal, outros se encaminharam para os sons instrumentais orientais de Yin Yin, a banda de rapazes de trajes de linho e cetim no Palco Yorn. Logo depois destes, observámos uma rampa de lama em direcção ao palco que serve de acelerador para quem se dirigia para a frente do principal, onde pelas 19h30 surgiu Jason Williamson com uma voz inconfundível, rouca, acompanhada de passos de dança e movimentos galináceos atrevidos a desafiar o público, enquanto Andrew Fearn ficou na mesa atrás a saltar. Falamos do duo Sleaford Mods ou, por outras palavras, uma viagem a um Trainspotting da actualidade. “UK GRIM”, “On The Ground” e “Pit 2 Pit” foram alguns dos sons que se puderam escutar no Palco Vodafone.
Finalmente pelas 20h30 a chuva deu tréguas e os seis elementos de Crack Cloud tomaram o Palco Yorn, com destaque para um guitarrista vestindo capa plástica, a rigor para o clima e o baterista e vocalista sem camisola. Isto adicionado à pronúncia inglesa arranhada, do Canadá, fizeram surgir, somente na segunda metade deste concerto, o mais próximo do que se sente num dia habitual quase lotado em Paredes de Coura: muitas pessoas, muitas filas e deslocações em massa de centenas de pessoas entre os dois palcos.
O quinteto cuja faixa “First Breath After Coma” dá nome a nossa banda portuguesa tão conhecida, aterrou neste magnífico cenário para tocar algumas músicas do seu álbum The Earth Is Not A Cold Dead Place, apresentando-se num português quase perfeito, deixando palavras de conforto e saudade. Apesar do som de Explosions In The Sky se apresentar algo distorcido e alto, o espectáculo tornou-se uma ode, uma entrega, uma honra e uma pintura bonita sobre o que é mais que fazer música: é oferecê-la, confluir com ela e permitir que nos use mais que nós a ela.
Já sem chuva e com total controlo do leme, encontrámos Les Savy Fav, que fizeram do Palco Yorn mais que uma tempestade, um verdadeiro tsunami musical. Vestindo um fato com o design da anatomia muscular, o vocalista Tim Harrington, juntou-se ao público proporcionando um dos seus já habituais momentos extravagantes.
Às 23h00 chegou a vez de se escutarem sons da banda de rock alternativo, Wilco, pautados de uns indistintos traços country americano. A encerrar o Palco Vodafone nos 30 anos do festival esteve Lorde, cuja captação de imagens não foi permitida, tendo a despedida sido feita com Ascendant Vierge e Antal no Palco Yorn.
No último dia da edição dos trinta anos do festival renovaram-se os votos para o ano seguinte, que decorrerá entre 14 e 17 de agosto.
Ainda relativamente ao cartaz deste ano, a organização referiu à imprensa que «para o mais distraído não é um cartaz de luxo», mas sim o cartaz possível que, apesar da qualidade, não reflete o propósito inicial, em que estariam incluídos nomes que fizeram história em Coura. No entanto, alguns destes desejados, poderão fazer parte da próxima edição.