Lisboa Mistura. O regresso do evento intercultural será a 9 e 10 de Setembro

O Lisboa Mistura, evento intercultural que junta música, encontros, conversas, oficinas, festa, partilha e misturas sociais, culturas e artísticas regressa para celebrar a sua 18ª edição nos dias 9 e 10 de Setembro nos Jardins do Museu de Lisboa – Palácio Pimenta, no Campo Grande, com entrada livre.

No programa de concertos destaca-se o de Dobet Gnahoré (na foto), cantora, bailarina e compositora costa-marfinense vencedora de um Grammy. Trará consigo a música de Couleur, álbum lançado em 2021 e que continua bastante fresco, mas também os temas do futuro, do álbum Zouzou a sair em 2024. Será a 9 de Setembro, dia também partilhado com Soweto Kinch, músico inglês que une hip-hop e jazz através do saxofone. No dia seguinte é a vez de Fogo Fogo, que apresentam Fladu Fla enquanto seu veículo mais recente de funaná, e de Criatura, que lidera um ecléctico bando de músicos que se dedica a ecoar a memória da música popular.

Organizado pela Associação Sons da Lusofonia, o Lisboa Mistura tem agendados também DJ sets de A Mãe Dela e Tiago Pereira, apresentação dos projectos Jazzopa e Orquestra de Percussão e Sopros (Projecto D’Improviso) e debates sobre uma Lisboa inclusiva e a Arte participativa nas comunidades.

Segundo o fundador e programador Carlos Martins, nesta «18ª edição o Lisboa Mistura quer escutar a cidade e o mundo à volta, pensar no seu futuro e no futuro da cidade e da cultura como activação da cidadania na construção urbana». Acrescentou ainda, em comunicado: “Queremos continuar a trabalhar para democratizar a cultura e para desacelerar a vertigem do ruído visual através de processos de escuta. E queremos acima de tudo dar palco às tradições e à inovação, sonora e do pensamento. Pode parecer pouco, mas se conseguíssemos pensar nas sonosferas como novos modelos de governança e de celebração da vida estaríamos a contribuir para uma grande mudança na forma como nos relacionamos entre nós e com as paisagens à nossa volta, ainda mesmo antes de as criarmos”.