Quatro anos depois, o colectivo russo Pussy Riot regressa a Portugal com um manifesto contra o regime do presidente Putin e contra a guerra na Ucrânia. Música, teatro, vídeo e a história desde a primeira acção do grupo, em 2012, em evidência já esta semana: primeiro esta quarta-feira na Casa da Música, no Porto, e quinta-feira no Capitólio, em Lisboa.
O conjunto de activistas, liderado por Maria Alyokhina, faz de diversas formas o seu protesto, feminino e feminista, de geometria e dimensão variáveis. Desta vez, a digressão europeia é motivada pela angariação de fundos para ajudar na construção de um hospital na Ucrânia, como foi revelado em conferência de imprensa na Casa da Música. A polémica banda rock promete uma espécie de concerto-comício «para que as pessoas vejam e ouçam a verdade», defendendo que a forma de pôr fim à guerra é «com a vitória da Ucrânia».
O dedo é também apontado à Europa. Olga Borisova, membro da banda, referiu que se «continua a comprar gás e petróleo e a dar dinheiro à Rússia» apesar dos países europeus se manifestarem contra as acções do país.
Os bilhetes para os dois concertos encontram-se à venda nos locais habituais, com o valor a ser de 20 euros para o Porto e de 22 euros em Lisboa.