Dois álbuns que marcaram a carreira do grupo canadiano Rush, uma banda largamente abordada aqui no site e merecedora da nossa atenção.
Rush – 1981 – Moving Pictures
Ao contrário do álbum que será apresentado, de seguida, este lançamento é um dos mais icónicos da história do grupo, mantendo uma lendária e devota legião de fãs, que se tornaram fãs muito graças a este disco. Contém diversas referências que se tornaram muito importantes na história da indústria musical e é, ainda hoje, um dos álbuns mais influentes de todos os tempos.
Lista de faixas para Moving Pictures:
01. Tom Sawyer
02. Red Barchetta
03. YYZ
04. Limelight
05. The Camera Eye
06. Witch Hunt
07. Vital Signs
Moving Pictures pode ser visto como um álbum de preparação para a era seguinte, um pouco mais ‘comercial’, em que a banda foi largamente injustiçada com discos que não tiveram uma aceitação massificada, nem por parte da crítica nem por parte dos fãs. É muito mais acessível do que alguns dos seus discos anteriores e consegue misturar gostos, com componentes comerciais e componentes mais complexas, sendo constituído por faixas mais acessíveis e por faixas mais complexas. Músicas como: “YYZ”, “Tom Sawyer”, “Red Barchetta” e “The Camera Eye” foram extremamente marcantes para a solidificação do grupo no meio e para uma relevância qualitativa, quando comparado com outros lançamentos.
Rush – Moving Pictures (álbum na íntegra)
Rush – 1985 – Power Windows
Tenho de confessar que este é um dos meus álbuns preferidos, da banda e dos anos 80. Consegue incluir todo o espírito que o grupo tencionava incluir, bem como incluir o que mais se ouvia nessa época, juntando-lhe a definitiva marca Rush, com perfurantes acordes de guitarra, bateria complexa e a qualidade tonal da voz de Geddy Lee.
Lista de faixas para Power Windows:
01. The Big Money
02. Grand Designs
03. Manhattan Project
04. Marathon
05. Territories
06. Middletown Dreams
07. Emotion Detector
08. Mystic Rhythms
Não é um álbum conceptual, já que a banda tinha abandonado esse registo, uns anos antes, no entanto o trio magnífico debruçou-se sobre temas como a Guerra Fria, capitalismo e emoções diversas como paixão, ambição, megalomania e desejo. É um dos discos que mais vezes repeti, sendo um dos álbuns que mais costumo ouvir de tempos em tempos. No entanto, e apesar de não ser um disco totalmente progressivo, ele contém vários elementos do género, conseguindo manter uma forte raiz do género, principalmente ao nível instrumental. Geddy Lee tem neste disco uma das suas melhores performances, conseguindo superar os desempenhos dos colegas, que por norma conseguem ter um maior destaque instrumental. Recomendo todo o álbum, já que segue uma linhagem conceptual bastante demarcada, e em termos qualitativos consegue ser uma grande surpresa, considerando o facto de ter sido ignorado pelos fãs e crítica.
Rush – Power Windows (álbum na íntegra)
Autor: João Braga