Vanden Plas – Chronicles Of The Immortals: Netherworld II

vandenplasEste álbum é, de longe, o lançamento mais esperado de 2015… pelo menos para mim. Os lendários mestres do metal progressivo regressam com a segunda parte do excelentíssimo Chronicles Of The Immortals. Encerra-se o ciclo de decisões e de dúvida. Qual dos caminhos escolher? O Bem ou o Mal, o Paraíso ou o Reino das Trevas, o Céu ou o Inferno? O segundo disco responde à pergunta, deixando sempre espaço à interpretação do ouvinte. Chronicles Of The Immortals: Netherworld II continua com a mesma direcção musical com a grandiosa opera rock em que os Vanden Plas são os únicos enormíssimos mestres.

Após uma conclusão inesperada com o crescimento do Mal e dos planos do Deus do Mal a terem cada vez mais força e a parecerem mais dominantes, esta segunda parte surge como uma solução para todos os males. No entanto, a solução pode colocar em risco a vida de Andrej Delãny, personagem principal da história, que começa a duvidar da sua imortalidade e do seu propósito. Da escuridão e das trevas do Mal, ele consegue arranjar forças para lutar e salvar o seu filho das forças do Mal, que serve como simbolismo para salvar todas as “crianças perdidas” e todas as almas que ainda podem ser salvas para o Bem. A morte de Andrej ou o seu desaparecimento para o abismo pode vir a tornar-se a salvação dele, tirando-o de uma “imortalidade” indesejada que lhe traz mais sofrimento e amarguras.

Wolfgang Hohlbein tem em Vanden Plas os intérpretes perfeitos para a sua história, “Die Chronik der Unsterblichen”, transformando a sua obra literária numa excelente ópera rock que nesta segunda parte teve mais representação do metal progressivo. Não só conceptualmente é perfeito, como todos os pormenores técnicos parecem ter melhorado. A voz de Andy Kuntz, de longe a alma da banda, provoca um certo sentimento que obriga o ouvinte a prestar atenção a cada uma das suas notas vocais. Os fãs não podem ficar desiludidos com uma continuação tão espectacular de uma saga que, apesar de complexa, sofistica toda a indústria musical, enriquecendo o género e a discografia de uma banda que continua sempre a surpreender-me.

Autor: João Braga

 

Álbum. Frontiers Music Srl. 06/11/2015

Classificação/Rating

9.4

Os fãs não podem ficar desiludidos com uma continuação tão espectacular de uma saga que, apesar de complexa, sofistica toda a indústria musical, enriquecendo o género e a discografia de uma banda que continua sempre a surpreender-me.