Rita Cipriano • Cabaret Portugal – La Chanson Noire
Há álbuns a que volto sempre. Um deles é o Cabaret Portugal de La Chanson Noire. Uma sombra indistinta perdida no panorama musical Português, Charles Sagnoir, alma que dá vida a este projecto, é um desperdício de artista, perdido num país onde ninguém sabe quem ele é. O seu génio é, talvez, demasiado grande e, afinal de contas, ninguém o entende. Mas essa talvez seja a sina dos grandes artistas. Quanto a mim, hei-de continuar rendida e a ouvir às pazadas este Cabaret e outras coisas mais.
Para ouvir: “La Chanson Noire” – La Chanson Noire
Nuno Bernardo • James Blake – James Blake
Esta semana foi feita de malas às costas e antes de partir para o norte do país, fiz uma selecção dos álbuns a carregar comigo em formato digital. Alguns dias depois, havia de me cruzar com vários artistas que aprecio no Vodafone Paredes de Coura, portanto foi daí que surgiu a ideia de encher os ouvidos com James Blake – nome que mais procurava ver no festival. Depois do concertozão que nos deu, apesar de vincado em Overgrown, é do disco homónimo que guardo a recordação dos concêntricos loops finais com “Measurements”, logo após a fantástica “The Wilhelms Scream”.
Para ouvir: “The Wilhelm Scream” – James Blake
David Matos • Origins – Eluveitie
Apesar de algumas críticas quando saiu o single “The Call Of The Mountains”, acusando a banda de se ter vendido ao comercialismo, a verdade é que essa é mesma a única música calma do álbum. Origins é o sexto registo deste grupo Suíço, que continua a cantar a história do povo helvético, sendo este o mais pesado até à data, algo bem patente em temas como “Sucellos” e “Inception”. Num Folk agressivo e rico em detalhes, este é o melhor álbum depois de Spirit e Slania, confirmando o estatuto da banda como uma das melhores de Folk da actualidade.
Para ouvir: “King” – Eluveitie
Participação especial:
Inês Freitas, vocalista da banda Burn Damage • L’Enfant Sauvage – Gojira
Faz duas semanas que presenciei à chuva aquele que posso considerar um dos concertos da minha vida. E é por isso que L’Enfant Sauvage tem sido o meu álbum revisitado da semana, não só para avivar as memórias do dia 10 de Agosto, mas também para me deixar levar uma vez mais pela mística única de Gojira. É difícil para mim eleger um álbum favorito do quarteto francês, mas passando por temas explosivos como “The Axe” e “Liquid Fire”, chegando até à ambiência calma de “The Wild Healer” ou “Born in Winter”, este álbum é para mim uma junção de experiências sonoras diversificadas únicas, e diria quase que espirituais.
Para ouvir: “L’Enfant Sauvage” – Gojira