Rita Cipriano • The Turn of the Tides – Empyrium
Foi há 12 anos, exactamente há 12 anos, que os Empyrium lançaram o seu último álbum. Esse, Weiland, vai longe, mas The Turn of the Tides está aqui bem perto. É, de algum modo, um álbum muito estranho. Não é do tempo, não é por já não ser Dark Folk – é por não se parecer com coisa nenhuma. Cada música é diferente, uma junção de tudo aquilo o que os Empyrium são e foram. Tive de ouvir várias vezes The Turn of the Tides até me decidir. Não gosto.
Nuno Bernardo • Treats – Sleigh Bells
Infortunados, estes Sleigh Bells – viram a sua actuação do Super Bock Super Rock atrasada em 6 horas devido ao mau tempo e à extensão do concerto de Eddie Vedder. Já a noite parecia querer dar lugar ao dia, quando estes Norte-Americanos subiram ao palco para 6 faixas, com uma sétima já a capella e em fuga, num dos melhores concertos flash de que há memória. A faixa “Crown On The Ground”, deste disco, ainda roda na cabeça, daí que Treats tenha sido meu companheiro na última semana.
David Matos • Bled White – Novembers Doom
São daquelas paixões que, como um bom vinho, amadurecem com o tempo; daquelas bandas que por mais música que oiças, voltas à sua discografia com frequência, porque têm algo único e que te toca pessoalmente. Este novo registo dos Novembers Doom é provavelmente o melhor da sua carreira, a seguir à masterpiece The Pale Haunt Departure. Temas como “The Memory Room”, “The Grand Circle” e “The Silent Dark” são clássicos instantâneos de Death/Doom, que têm rodado esta semana em repetição constante.
João “Trash Can Spinner” Vinagre • The Metal Gear Rising: Revengeance Soundtrack – Jamie Christopherson
Qualquer filme, série ou videojogo de acção que queira realmente transportar o seu espectador para um mundo de explosões, manobras acrobáticas e golpes impossíveis, terá necessariamente de ter uma banda sonora igualmente explosiva. E que melhor maneira de a fazer detonar, senão juntando elementos do Metal e de música electrónica, numa verdadeira bomba disparada pelas colunas, com linhas vocais que teimam em ficar na cabeça, de tão catchy que são? Este é, por isso, um trabalho obrigatório a quem esteja a precisar de uma boa dose de energia. Isto, claro, de acordo com as “Rules of Nature”.