12 de Julho
Início do Optimus Alive, chegar ao recinto do evento e toda uma azáfama de um primeiro dia de festival. Subiam ao palco Heineken as Deap Vally, a banda oriunda da Califórnia composta por Lindsey Troy e Julie Edwards, realizaram uma boa actuação, boa presença em palco, sempre enérgicas e muito comunicativas com o público presente. São uma banda a ter em conta no futuro.
Pouco antes das 20:00h é a vez de outra dupla subir ao palco Heineken, os Canadianos Japandroids, com uma plateia já mais composta, a dupla teve uma actuação electrizante e foi um excelente aperitivo para as actuações que se iriam seguir.
22:00h a mais esperada actuação pela maioria presente neste primeiro dia de festival tem início, os Green Day de regresso aos palcos nacionais dispensam apresentações. Em plena comunhão com o público souberam cativar mesmo os mais cépticos. Tiveram como pontos altos da actuação os vário temas tocados do álbum Dookie que levaram muitos do fans presentes à loucura, de destacar alguns desses temas tais como “Welcome To Paradise”; “Basket Case”; e “Longview” estando reservado para este último tema a chamada de um membro do público, de seu nome Manuel que teve direito a uma mini actuação com a banda e ainda recebeu de presente a guitarra com que tocou, certamente uma noite para mais tarde recordar.
Vampire Weekend confesso que não sou fan e pouco conheço, quando cheguei ao palco Heineken já o concerto tinha começado (coincidiu com o fim dos Green Day), registava-se a primeira grande enchente desse palco, facto esse que me obrigou a ver o concerto já no exterior da tenda. Por isso pouco mais posso dizer sobre o que assisti, tirando os comentários que ouvi no final, que tinha sido dos melhores concertos deles por terras lusas.
Não posso deixar de salientar a triste noticia que recebi na manhã deste dia, ao saber que os Death From Above 1979 tinham cancelado o concerto previsto para o dia de hoje. Espero ter a oportunidade de os ver noutra ocasião.
13 de Julho
E começou o 2º dia de festival, alguns minutos despendidos a dar uma volta pelo recinto dando uma vista de olhos pelos stands dos patrocinadores. Desde logo deu para perceber que a média de idades dos festivaleiros tinha subido consideravelmente em relação ao dia anterior.
Mais uma vez desloco-me até ao palco Heineken, ainda a tempo de ver o concerto dos DIIV. Banda Nova-Iorquina com um estilo muito próprio, mas dando a sensação de que não criou uma grande empatia com o público presente.
Depois de jantar, Capitão Fausto é a banda que se segue também no palco Heineken, mais um bom exemplo que existem boas bandas no panorama nacional, e provaram isso no palco do Optimus Alive. Com alguns temas que facilmente contagiaram o público.
Perto das 22:00h deslocação em massa para o palco Optimus, os Depeche Mode estavam prestes iniciar a sua participação. O entusiasmo entre os mais “velhos” presentes neste dia era notório. Sem dúvida que os pontos altos do concerto foram os temas “Enjoy the Silence” e “Personal Jesus”, para grande satisfação dos fans (alguns já desesperavam). Sai deste concerto com a sensação que se esperava muito mais dos Depeche Mode, Não conseguiram criar uma empatia com o público, que outras bandas até de menor prestígio alcançaram neste festival.
14 de Julho
E que melhor forma de começar o último dia do Optimus Alive do que a assistir a Linda Martini no palco Optimus. Fizeram por merecer a oportunidade e não defraudaram as expectativas. O público entusiasta aderiu em número considerável. Tocaram os temas mais emblemáticos, iniciaram com “Dá-me a melhor faca” passando por “Juventude Sónica”; “O amor é não haver polícia”; “Belarmino” e até o novo tema da banda “Ratos” foi muito bem recebido, a finalizar como já vem sendo hábito “100 Metros Sereia”. Só pecando pelo curto tempo de duração do concerto.
Of Monsters and Man, sem dúvida a banda Islandesa realizou um dos melhores espectáculos do Optimus Alive. O palco Heineken foi pequeno para todos aqueles que quiseram acompanhar a sua passagem pelo festival. Simpatia, boa presença em palco e a sonoridade dos temas do álbum “My Head Is Na Animal” rapidamente contagiaram o público que esteve presente ou perto do mesmo. Ficou a clara sensação que o palco ideal teria sido o Optimus. Enfim…
Os Ingleses Alt-J presentearam o palco Heineken com mais uma boa actuação, uma vez mais ficou a ideia de que a tenda do palco foi pequena para todos aqueles que lá estiveram. Entre os temas tocados à que destacar “Something Good”; “Breezeblocks”; “Matilda” do até agora único álbum da banda “An Awesome Wave”. Mais uma banda que vai merecer especial atenção no futuro próximo.
E como ao terceiro dia as pernas já pesavam muito e houve quem tivesse que ir trabalhar no dia seguinte bem cedo, não era eu, era a minha Maria, o regresso a casa era inevitável. Para o ano haverá mais, assim espero.
Texto e Fotografias: Mário Ferreira e Ana Maria
Agradecimentos: Everything Is New
Créditos capa: Facebook Optimus Alive