ASH BORER – Cold Of Ages

ASH BORER – Cold Of Ages

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Quatro faixas. A mais curta é assinalada com onze minutos de duração. A duração de certas faixas há muito que removeu o rótulo de «coisa épica e de obrigatória escuta». No entanto é interessante assinalar que estas quatro coisas épicas que compõe “Cold Of Ages” são de obrigatória escuta para quem segue os catálogos do USBM. Especialmente nas lides da Profound Lore, que conta com nomes como Altar Of Plagues, Coffinworm, YOB, Evoken e até Agalloch. O álbum de estreia destes californianos, homónimo, foi lançado no ano transacto pela Psychic Violence Records e as suas três faixas devem ter motivado o salto para uma montra maior.

Será natural e de pouca surpresa mencionar um nome que lembra bastante a sonoridade deste quinteto: os compatriotas Wolves In The Throne Room estão cada vez menos sozinhos na tarefa de expandir a glória dos bosques norte-americanos de Cascadia. Sendo este o segundo álbum de Ash Borer, poderemos colocar no mesmo patamar de “Two Hunters” ou até de “The Mantle”, dos Agalloch. Estes dois acabaram por definir e solidificar a sonoridade própria dos seus criadores e este “Cold Of Ages” toma o mesmo caminho. Estas quatro faixas são autênticos monólitos rachados e corroídos por dentro – cada vez que Jessica Way, dos Worm Ouroborus, empresta a sua voz ao álbum, o guitarrista e vocalista K rebenta com algo muito mais negro e feio, como se o pacifismo do disco dependesse do caos. Com a introdutória ‘Descended Lamentations’ os Ash Borer fazem um resumo. Após um teclado tentador, as guitarras, o baixo e a bateria marcam o ponto a seu tempo até que uma breve pausa permita a união maquiavélica dos instrumentos com uma voz bastante tortuosa. Imagine-se numa casa assombrada, algures no meio dos altos arvoredos. Ao longo de quase 17 minutos, os Ash Borer mostram todas as potencialidades de que uma banda de black metal de topo é capaz. E o melhor ainda vem no resto do disco…

Com o passar dos anos, torna-se mais evidente que o black metal norte-americano tem uma força da natureza única e estes Ash Borer são mais um claro exemplo disso.

[84/100] // Nuno Bernardo
Análise submetida a novo sistema de classificações

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[/one_half] [one_half_last] País
E.U.A.

Membros
K – Voz, Guitarra
A – Guitarra
R – Baixo
N – Sintetizador
M – Bateria

Alinhamento
Descended Lamentations | Phantoms | Convict All Flesh | Removed Forms

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