Banda: Flayed Disciple
Álbum: Death Hammer
Data de Lançamento: 28 de Maio de 2012
Editora: GrindScene Records
Género: Thrash/Death Metal
País: UK
Membros:
Tim ‘Death Chuggin’ Whyte – Voz
Thurston Howe – Guitarra (solo)
Jon Whitfield – Guitarra (ritmo)
Paul Williams – Baixo
Phil Tolfree – Bateria
Alinhamento:
01. Intro/Bring Down the Hammer (02:24)
02. The Westboro Massacre (04:37)
03. Interceptor (05:32)
04. Feast in the Forest of Impaled Bodies (05:25)
05. Exodus (05:28)
06. The Shrine of Dahmer (04:07)
07. Bleaching in the Sun (05:56)
08. Torsofucked (03:57)
09. Ejaculate While Killing (05:39)
10. Pig (08:08)
Muitas bandas têm nascido nos últimos anos que tentam recriar estilos outrora bastante populares dentro do Metal. E, sendo certo que muitas das mesmas limitaram-se apenas a seguir os “velhos” truques já usados vezes sem conta, algumas destas bandas conseguiram de facto injectar uma nova dose de energia a sub-géneros já considerados mortos e enterrados. Serão os Flayed Disciple, banda formada em 2008 no Reino Unido, mais uma das bandas cujo som se limita a imitar as suas influências ou estamos perante algo minimamente interessante?
“Death Hammer”, o primeiro álbum da para já curta carreira da banda, não soará muito estranho a qualquer fã de death metal. Porém, para quem seja mais adepto de thrash metal, certamente que se irá sentir “em casa” ao ouvir este álbum. De facto, estamos perante um álbum com um som bastante “sujo”, porém extremamente definido. As guitarras apresentam um som bastante grave, não deixando, ao mesmo tempo, de ir buscar influências a bandas da cena thrash americana, no que à composição diz respeito, produzindo riffs que ficam constantemente na cabeça. Estas influências fazem-se também notar nos solos, destacando-se o shredding melódico de Thurston Howe. Adicionando a isto temos um baixo sempre muito presente que, embora nunca se destacando verdadeiramente, acrescenta ainda mais “sujidade” ao som apresentado. No que toca ao outro instrumento da secção rítmica, a bateria, esta é extremamente bem tocada ao longo do álbum, adaptando-se bem tanto às partes mais thrash e death metal da música. Relativamente à voz, esta actua num registo gutural extremamente grave que, tal como acontece em outras tantas bandas de death metal, é efectiva, embora pouco variada. Este aspecto é algo que se estende às letras, que cobrem os tópicos de gore e morte típicos do death metal, incorporando por vezes aspectos mais “realistas” do thrash, como sucede na faixa ‘The Wetsboro Massacre’. Juntando estes diversos elementos, temos uma produção clara que permitir a audição de todos os instrumentos, sem ser demasiadamente produzida.
Misturando os melhores elementos da génese do thrash e death, “Death Hammer” acaba por se tornar uma das hidden gem de 2012. Trabalhar bem elementos que lembram bandas como Obituary e juntando-os com passagens a lembrar Testament pode não ser a mistura mais criativa do mundo, mas é certamente algo que, quando está assim bem escrito e tocado, faz certamente as delícias de qualquer fã de metal extremo.
// João Vinagre
Classificação: 91/100