Banda: This Gift Is A Curse
Álbum: I, Gvilt Bearer
Data de Lançamento: 15 de Abril de 2012
Editora: Discouraged Records
Género: Black Metal/Hardcore
País: Suécia
Membros:
Jonas A. Holmberg – Voz
Patrik Andersson – Voz, Guitarra
Lars Gunnarsson – Baixo
Johan Nordlund – Bateria
01. The Swarm
02. Inferno Ad O.
03. Att Hata Allt Mänskligt Liv
04. The Crossing
05. Deciever
06. 1901
07. Head And Arms
08. Sounds Of Broken Bells
09. I Will Swallow All Light
Se este presente é uma maldição, então esta análise será o seu intermediário. Verdade seja dita que ninguém deseja um presente amaldiçoado nem nada que se pareça, mas “I, Gvilt Bearer” revela uma banda que pouco se relaciona com o seu nome. Depois de uma demo em 2009 e de um EP homónimo em 2010, o grupo sueco finalmente define o seu blackcore esotérico neste álbum de estreia.
A música é agressiva, algo que o seu black metal de elementos ocultos e o seu hardcore a gritar pelos sludge já faria adivinhar, mas ainda assim tem os seus momentos menos rápidos e mais atmosféricos. A sua produção é suja, como se fosse de uma imunda cave que surgissem estas emaranhadas nove faixas e que parecem gravadas sem grande cuidado… e os seus quase 50 minutos de duração refutam a ideia de que se trata de um álbum de hardcore. O seu instrumental é abusivo na sua extensão e as vozes são cavernosas, retratando um sofrimento idealizado pelos objectivos da sonoridade da banda. Não têm a força de uns Celeste, nem a explosão de uns Hexis, mas ainda sabem fazer estragos à sua maneira – no entanto, é evidente a falta de elementos que marquem a diferença e que se identifiquem como propriedade de This Gift Is A Curse. “I, Gvilt Bearer” acaba por ser um álbum que se torna algo viciante para quem o consegue explorar, mas ao mesmo tempo torna-se penoso e aborrecido para quem procura um som novo e refrescado. Trata-se evidentemente de UM álbum (e não de um conjunto de nove canções) de teor apocalíptico.
É uma jornada no escuro, de paisagens negras muito bem capturadas. Por outro lado, são paisagens repetitivas. Vale pela voz e pela componente lírica que ilumina um trabalho de uma banda cheia de potencial. A seguir de perto.
// Nuno Bernardo
Classificação: 72/100