Banda: Insanus
EP: Wrath Of Creation
Data de Lançamento: 23 de Janeiro de 2010
Editora: n/d
Género: Melodic Death Metal
País: Portugal
Membros
Snake – Voz
João – Guitarra
Luís Pedro – Guitarra
Barros – Baixo
Hugo – Bateria
Alinhamento
01. Rise Of The Fallen
02. Genesis
03. Bitter Life
04. Astray
05. Whispers
Se há algo que é preciso ter cuidado no mundo da música metal é o início de uma carreira . Como já é hábito, as bandas optam por começar pela realização de um EP por motivos profissionais e/ou monetários, promovendo então extensivamente pelo país fora, e só depois o álbum. Não sendo excepção, chegam-nos os jovens bracarenses Insanus com “Wrath Of Creation”. Formados em Abril de 2007, em menos de três anos conseguiram desenvolver as suas técnicas e preparar um trabalho baseado no Death Metal melódico que remota bastante ao habitual som sueco deste estilo. Snake (Voz), João (Guitarra) e Hugo (Bateria) viriam a recrutar Barros (Baixo) e Luís Pedro (Guitarra) e criar mais um ambicioso projecto vindo do cena do Norte do país cheio de força bruta.
Abrindo com ‘Rise Of The Fallen’, a qualidade do som solta logo à vista (neste caso, aos ouvidos) com potentes rasgos de bateria e riffs que fariam inveja a muitas célebres bandas do género pela Escandinávia fora. A “Furiosa Criação” do colectivo bracarense não deve nada a projectos erguidos com pompa e circunstância na Suécia, como por exemplo, o caso dos Amon Amarth. Fosse o nosso país outro, de maior dimensão, ambição e atenção, e “rapaziada” como esta já teria os olhos postos no futuro. Ainda assim não há que perder a ambição num pequeno país que somos, pois se a questão é se estamos entregues a uma boa geração de artistas, bandas e projectos de metal, a resposta é mais que óbvia – estamos melhores que nunca. O EP de certo que merece a sua total atenção aos riffs e à bateria, mas aproveito para dar também atenção ao ‘insano’ poder vocal de Snake. A mixagem e a produção do trabalho muito se deve ao já habitual e esplêndido trabalho de Daniel Cardoso neste campo – o EP foi concebido nos Ultrasound Studios de Braga. E talvez seja por isso que também o som do conjunto não se torne tão característico, lembrando por algumas vezes os Echidna ou os igualmente bracarenses Endamage.
As 5 faixas que constituem o trabalho são de todo totais descargas de peso bruto do princípio ao fim, em excepção à última faixa, “Whispers”, que transmite uma “falsa tranquilidade com a sua entrada a meio-tempo” (palavras que nos foram indicadas pelo próprio colectivo). Soma-se assim um futuro que deve ser ambicioso mas cuidado, não vá essa ambição levar a juventude do grupo uma entrada a meio-gás quando chegar um eventual álbum. Se todo o talento encontrado neste lançamento for apenas o rastilho, então que venha uma bomba de álbum.
Deixo o resto à vossa guarda,
Nuno Bernardo
Classificação: 80/100