ULCERATE – Vermis

ULCERATE  – “Vermis”

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UlcerateSub-géneros, sub-géneros e mais sub-géneros. Com a sua existência ditada pela diversificação de um género com mais de quatro décadas de existência, estes modelos de categorização foram surgindo numa abundância crescente para que qualquer variância dentro do Metal tivesse a sua própria definição, regras e modelos a seguir. Assim, ao vermos “Vermis”, o último álbum dos neozelandeses Ulcerate, categorizado como Technical Death Metal, seria óbvio depreender que este é um álbum com um som extremamente «limpo» e exímiamente bem tocado, fazendo maravilhar todos aqueles que apreciam as proezas técnicas de quem domina bem o seu instrumento musical. Porém, e como o leitor já deve ter percebido, estamos perante um caso sério de uma obra concebida para quebrar estes modelos.

Não que este seja um trabalho desprovido de uma elevada técnica instrumental, longe disso. A bateria surge rápida e precisa, as guitarras e o baixo complexos e a voz extremamente grave e bem executada. O que acontece aqui é que estes elementos são depois combinados para criar uma barreira sonora de dissonância, onde prevalece uma atmosfera negra e cavernosa que se mantém durante todo o álbum. Esta é, aliás, amplificada uma boa produção que, ao contrário do que sucedia com o álbum “The Destroyers Of All”, magnifica todo o som, ao ponto de o tornar verdadeiramente «gigante».

“Vermis” não é um trabalho convencional. Aqui está presente uma tendência claramente experimentalista, quase avant-garde, que acaba por nunca colidir com o peso inerente ao sub-género tocado. Por esta razão, o público deste álbum será certamente restrito. Este é um público, porém, que recebeu um trabalho de enorme qualidade.

// João Vinagre

VermisPaís
Nova Zelândia

Membros
Paul Kelland
Michael Hoggard
Jamie Saint Merat

Alinhamento
Odium | Vermis | Clutching Revulsion | Weight Of Emptiness | Confronting Entropy | Fall To Opprobrium | The Imperious Weak | Cessation | Await Rescission

[Álbum / Relapse Records / 17 Setembro 2013]

Classificação

85%

Aqui está presente uma tendência claramente experimentalista, quase avant-garde, que acaba por nunca colidir com o peso inerente ao sub-género tocado.