MY DYING BRIDE – A Map Of All Our Failures

MY DYING BRIDE – “A Map Of All Our Failures”

[Álbum / Peaceville Records / 15 Outubro 2012]

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Já com 22 anos de existência e ao décimo-segundo álbum lançado, muito dificilmente a história e a evolução das ramificações do metal pode passar ao lado destes My Dying Bride. Depois do estrondoso EP lançado no ano passado – “The Barghest O’Whitby” – e o diferente “Evinta”, a banda volta com “A Map Of All Our Failures” aos lançamentos de longa-duração com a sonoridade mais doomsendo então este finalmente o sucessor de “For Lies I Sire” que já data de 2009. No entanto, a banda teve que se redobrar e apanhar-se da criatividade que sobrou de “The Barghest O’Whitby”, algo que se revela tarefa árdua ao longo de uma hora deste novo álbum.

Claramente mais negro e menos easy-listening que foi “For Lies I Sire”, o álbum não poderia abrir a porta da melhor forma ao som do raivoso sino. ‘Kneel Till Doomsday’ é um faixão, mais um daqueles para juntar ao seu invejável catálogo, carregado de intensas melodias. A dupla Glencross/Craighan nas guitarras há muito que assina a melancolia nos melodiosos leads e é impressionante como ainda nos conseguem transmitir aquele ritmo fácil de assobiar e que nos fica na cabeça durante horas. E se em “For Lies I Sire” o violino regressou, embora pelas mãos de Katie Stone dos A Forest Of Stars, neste “A Map Of All Our Failures” (tal como no prévio EP) é Shaun MacGowan que tem a honra de se juntar às cordas e a sua tenra idade em relação ao resto da banda não lhe tira o mérito nem a fundamental capacidade de ilustrar o fundo nesse instrumento e até nos teclados. A prestação de Stainthorpe é mais notável na primeira metade do álbum, onde se faz ouvir em todas as metamorfoses possíveis da sua voz (e um dos pontos da banda que melhorou imenso com a idade). As suas líricas e voz tortuosas alternam entre o etéreo som de “Evinta” e a uivante garra de “The Barghest O’Whitby”, especialmente em ‘A Tapestry Scorned’ e ‘Like A Perpetual Funeral’. A produção deste álbum é talvez também a mais fiel ao som da banda ao vivo até ao momento.

Ainda que não acrescente propriamente um elemento diferente ao catálogo existente, os My Dying Bride mostram-se vivos e capazes mesmo a caminho da terceira década de existência. Com riffs mórbidos, desespero q.b. e uma melancolia que só estes britânicos reproduzem, é preciso afirmar que cada vez se torna mais complicado destacar os melhores momentos da carreira da banda.

[84/100] // Nuno Bernardo
Análise submetida a novo sistema de classificações

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[/one_half] [one_half_last] País
Inglaterra

Membros
Aaron Stainthorpe – Voz
Hamish Hamilton Glencross – Guitarra
Andrew Craighan – Guitarra
Lena Abé – Baixo
Shaun MacGowan – Teclados, Violino
Shaun Taylor-Steels – Bateria

Alinhamento
Kneel Till Doomsday | The Poorest Waltz | A Tapestry Scorned | Like A Perpetual Funeral | A Map Of All Our Failures | Hail Odysseus | Within The Presence Of Absence | Abandoned As Christ

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