MACHINE HEAD – Unto The Locust

Banda: Machine Head
Álbum: Unto The Locust
Data de Lançamento: 27 de Setembro de 2011
Editora: Roadrunner Records
Género: Thrash/Groove Metal
País: Estados Unidos da América

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Membros:

Robb Flynn – Voz, Guitarra
Phil Demmel – Guitarra
Adam Duce – Baixo
Dave McClain – Bateria


Alinhamento:
01. I Am Hell (Sonata In C#)
02. Be Still And Know
03. Locust
04. This Is The End
05. The Darkness Within
06. Pearls Before The Swine
07. Who We Are

Uma das mais célebres bandas de metal está de volta quatro anos após o brilho de “The Blackening”. Os MACHINE HEAD atravessaram a maior ‘seca’ de lançamentos de longa-duração desde então e regressa com “Unto The Locust”. Com uma imagem e logótipo novos, a banda conta agora com um ‘feeling’ mais jovem e acessível. Antes do quarteto estar de volta a Portugal para concertos em Lisboa e no Porto, em Novembro, tivemos a oportunidade de ouvir os temas que a banda trará na bagagem para apresentar ao público lusitano.

A entrada do álbum é boa. Uns coros em latim («Sangre Sani») antes de as guitarras soarem e dar um pujança semelhante à do álbum “The Blackening”, bem ao estilo da sua entrada “Clenching The Fists Of Dissent”. Esta primeira faixa é toda ela um regalo para os ouvidos, com pormenores interessantes e um refrão bastante forte para um concerto. A segunda faixa mantém esta tendência, assegurando que ambas poderiam ser contidas no álbum anterior. Os solos já típicos da banda continuam em alta, com melodias de pasmar. No entanto, o primeiro single do álbum, “Locust”, fica aquém das duas faixas anteriores. Um riff à METALLICA da nova era repetido até à exaustão, até explodir um bom solo.. mas não deixa de soar enfadonho. É uma compilação de momentos de toda a carreira de Machine Head – tem os harmónicos nos riffs, tem o seu quê de acústico pelo meio, tem um breakdown para se gritar o refrão, tem um solo épico e etc. Mais do mesmo. E talvez a partir daqui seja sempre a descer. A quarta faixa ganharia muito mais com um refrão menos TRIVIUM-esco, abusado pelo ‘auto-tune’ da voz de fundo que soa demasiado electrónica para ser verdadeira. Tirando isso, uma boa lição de percussão para o tom ‘groovy’ das guitarras. A introdução da quinta faixa parece ser tirada a papel químico de PEARL JAM, com Robb Flynn a metamorfosear a sua voz. A entrada do solo também soa a algo que os nacionais ECHIDNA poderiam ter feito, curiosamente. As últimas duas faixas têm os seus momentos altos, embora não salvem as falhas presentes no álbum. Queixas de excessivos momentos épicos e de pouca agressividade não seriam nada desadequadas – exemplo: A entrada de “Who We Are” é um quanto lamentável.

Um bom álbum, mas não sólido. As comparações ao último álbum são evidentes e denunciadas, pois esta é uma banda que se diz ter a capacidade de se superar. Mais agressividade e velocidade e menos ‘sing-a-long’s e o álbum teria sido outra coisa. Ainda assim, a banda deixa uma boa proposta para os fãs de metal ‘mainstream’, pois “Unto The Locust” tem todos os ingredientes para agradar a um fã adolescente.

Deixo o resto à vossa guarda,
Nuno Bernardo

 Classificação: 72/100