Fotos: Marina Silva
Texto: David Matos
Agradecimentos: Notredame Productions
Na sua nona concretização, o Under The Doom elevou-se. Um cartaz refinado, com dois cabeças de cartaz sonantes, muitos nomes históricos de rara aparição e algumas propostas emergentes dignas de seguimento futuro. Um público fiel, de diferentes origens mas que comungam da mesma escuridão que carregam no peito. Uma sala com excelentes condições de som e luz, em quase todos os concertos a elevar a experiência auditiva e visual (excluindo dois infortunados exemplos). Duas noites onde o doom e o gótico se entrelaçaram, qual corda que nos amarrou o corpo e expôs a alma enegrecida a melodias em sintonia com a misantropia latente.
A Ruído Sonoro esteve presente e captou cada suspiro desta experiência singular que, qual íman de magnetizante escuridão, nos prendeu o olhar a um palco onde nunca faltou talento, e nos deleitou os ouvidos com algumas das ondas sonoras mais marcantes da história do festival. Segue-se o relato exato, ato a ato.
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1º Dia (26 de Setembro)
Earth Drive
A inauguração sonora do festival foi conduzida pelos Earth Drive, quarteto do Montijo que nos trouxe o seu stoner rock com tonalidades psicadélicas. Com meia dúzia de temas, tocados numa quase perfeita cronologia inversa da sua discografia, a banda apresentou-nos primeiro The Bridge e Four Levels Of Consciousness, do seu mais recente trabalho, Light Codes (2024). Um som hipnotizante foi permeando a plateia, com um instrumental sólido, de riffs simples mas eficazes, uma bateria com personalidade e a voz da Sara Antunes poderosa e sem vacilar, claramente mais confortável a cantar do que nos intervalos entre músicas.
Seguiram-se Spectra e Dharma Throne, par retirado do seu segundo álbum, Helix Nebula (2020). Houve ainda tempo para visitar o tema título do EP Planet Mantra (2015) antes do concerto fechar com Two Temple Place, um épico de quase dez minutos do álbum Stellar Drone (2017). Foram 40 minutos agradáveis, num registo menos opressivo que o que o resto da noite tinha para oferecer, como que um aperitivo suave para os ouvidos.
Setlist: The Bridge | Four Levels Of Consciousness | Spectra | Dharma Throne | Planet Mantra | Two Temple Place
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TodoMal
A viagem que se seguiu foi curta e de início precoce; oito minutos antes da hora programada, os espanhóis TodoMal subiram a palco, usando-o como tela para, durante meia hora, nos pintarem um quadro de Doom atmosférico, algures entre o mais tradicional e o space rock. Com apenas dois álbuns lançados, o foco incidiu sobretudo no álbum A Greater Good (2023), com metade das suas músicas a fazerem parte da setlist, intercaladas com temas do álbum de estreia, Ultracrepidarian (2021).
Revelando-se poderosa, mas também doce, a voz de Christopher Baque-Wildman foi um dos pontos de destaque, ocasionalmente acompanhada por ricas harmonias vocais. A sonoridade por vezes era quase cinemática, contribuindo para essa sensação as projeções de filmes no pano de fundo. Entre riffs esmagadores, melodias sonhadoras e teclados misteriosos, esta dupla de Barcelona (que se apresenta com mais 3 músicos ao vivo) surpreendeu pelo som original, requintado e ricamente texturizado.
Setlist: High Time | Ultracrepidarian | Silent Mass | Gods Fucking In The Sky | Infero Tristi | Coalescense | Antichrist Of Love
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Antimatter
Há vozes que parecem esculpidas em melancolia empedernida, numa simbiose perfeita entre portentosa projeção e ténebre timbre. Agraciado com tal aparelho vocal, Mick Moss e companhia subiram a palco uma dúzia de minutos antes das 21 horas, para um concerto de imaculada execução. O alinhamento arrancou em lume brando, com Another Face In A Window e Existential, duas músicas de sete minutos de registo mais experimental. Foi com Monochrome que o público se começou a manifestar com mais entusiasmo, que teve seguimento em Stillborn Empires.
Não obstante o óbvio e justificado foco no carismático líder dos Antimatter, não podemos deixar de mencionar a excelência dos músicos que o acompanham, com destaque para o multifacetado David Hall, saltando com destreza entre guitarra, violino e segundas vozes. A escolha de músicas foi curiosa, composta na metade por temas do álbum Leaving Eden (2007) e sem nenhum do mais recente A Profusion Of Thought (2022). Pessoalmente, foi com agrado que o constatei, porque é o registo discográfico que mais aprecio deste projeto, ainda para mais com o brilhante tema título incluído na seleção. Mick Moss despediu-se com Paranova, com um promissor “I’d rather see you sooner than later”.
Setlist: Another Face In A Window | Existential | Monochrome | Stillborn Empires | The Freak Show | Fighting For A Lost Cause | Leaving Eden | Paranova
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Saturnus
No cruzamento entre a profunda melancolia e a indescritível beleza, encontramos o sexteto dinamarquês Saturnus, que chamou ao palco casa das 22 às 23 horas. Com um alinhamento equilibrado, visitaram todos os seus cinco álbuns, numa prestação sublime que evocou inebriante nostalgia nos fãs de longa data e arrebatou os corações negros daqueles menos familiares com os seus 34 anos de história. Abrindo com The Storm Within, tema título do mais recente álbum, cedo saltou à vista um curioso contraste entre a substância de tristeza e dor das músicas, e a atitude relaxada e divertida dos executantes em palco, numa clara demonstração de amor à sua arte.
Acolhida com entusiasmo pela negra plateia, Empty Handed levou-nos até Martyre (2000), que seria mais tarde revisitado com Lost My Way. Pelo meio, Embraced By Darkness de Veronika Decides To Die (2006) e A Father’s Providence de Saturn In Ascension (2012). A trilogia final foi uma sequência perfeita do melhor que a banda tem para oferecer, da mais ritmada e recente Breathe New Life, com aquelas três notas de piano contagiantes, passando pelo arrastado épico de onze minutos I Long e terminando onde tudo começou, com a icónica Christ Goodbye do álbum de estreia Paradise Belongs To You (1995). Provavelmente um dos melhores concertos desta edição do festival, com melodias tristes a fazer brotar uma imensa alegria na plateia, qual paradoxo sonoro.
Setlist: The Storm Within | Empty Handed | Embraced By Darkness | A Father’s Providence | Lost My Way | Breathe New Life | I Long | Christ Goodbye
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Swallow The Sun
Foram precisos esperar 45 minutos após o fim de Saturnus, para finalmente os finlandeses Swallow The Sun coroarem a noite com o seu Death/Doom tingido de gótico. Após Velvet Chains, tocada como backing track, o quinteto nórdico subiu a palco para entoar Innocence Was Long Forgotten, a primeira de seis músicas retiradas do mais recente álbum Shining (2024). Apesar da sempre profissional execução instrumental e vocal da banda, o som deixou a desejar, parecendo desequilibrado e inconstante durante todo o concerto, sobretudo no baixo volume das guitarras e a voz abafada do Mikko Kotamäki, que a certo ponto se queixou de não se estar a ouvir nos in-ears.
Alheando-se o mais possível destes infortúnios técnicos, que fazem parte da música ao vivo, o público acolheu a banda com um caloroso abraço enegrecido, entoando refrões e aplaudindo efusivamente a cada capítulo. New Moon, do álbum com o mesmo título de 2009, foi especialmente bem acolhida, assim como a obra-prima Don’t Fall Asleep. Stone Wings foi pura magia, prolongada na devastadora Cathedral Walls, com a voz angelical da Anette Olzon a fazer-se ouvir nas backing tracks.
O novo álbum esteve em destaque no último terço do concerto, com Charcoal Sky, MelancHoly e November Dust tocadas quase de seguida, apenas com Falling World pelo meio. Antes de fechar com a catártica Swallow, do álbum de estreia The Morning Never Came (2003), a versão mais negra e furiosa da banda revelou-se com These Woods Breathe Evil. Apesar dos referidos problemas técnicos e do esperado foco no último álbum, menos bem recebido pelos fãs, foi ainda assim um concerto memorável de uma das bandas mais competentes e icónicas na área do Gothic Doom Metal.
Setlist: Velvet Chains [backing track] | Innocence Was Long Forgotten | Descending Winters | What I Have Become | New Moon | Under The Moon & Sun | Don’t Fall Asleep (Horror, Part 2) | Stone Wings | Cathedral Walls | Charcoal Sky | MelancHoly | Falling World | November Dust | These Woods Breathe Evil | Swallow (Horror, Part 1)
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2º Dia (27 de Setembro)
Ethereal
Tal como no primeiro, o segundo dia do Under The Doom 2025 abriu em português, com a oportunidade de testemunhar ao vivo um dos nomes históricos do Gothic Metal lusitano. O seu tão aguardado e aclamado regresso aos registos discográficos, com Downfall (2024), foi, expectavelmente, o foco deste conjunto setubalense, retirando dele quatro dos cinco temas tocados. Testando a resiliência do palco com oito músicos, o claro destaque foi para as vozes de Hugo Soares e Cristina Lopes, ambos ostentando invejável poderio, ele com pujança e controlada rouquidão, ela com adereços líricos a aveludar uma sonoridade enérgica e ligeiramente progressiva, aqui e ali melancolizada com laivos de Doom.
A referida veia progressiva da banda era mais evidente nos seus primórdios; prova disso foi o único tema antigo da noite, Transcendence Envenomed, a longa viagem de 11 minutos retirada do álbum Towers Of Isolation (2006). O Hugo mostrou ser também um líder carismático, emprestando a sua energia a uma plateia que se ia compondo e tornando o concerto no aquecimento perfeito para o resto da noite. Foram 18 anos de espera entre Towers Of Isolation e Downfall, mas esperemos que este entusiasmo com o regresso dos Ethereal seja continuado com mais álbuns e concertos, porque são uma força imprescindível ao underground nacional.
Setlist: The Allure Of Daryah | Turmoil | The Hour Of Infinity | Transcendence Envenomed | Betrayal
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Invernoir
Em toda a sua esplendorosa ignorância, este vosso escriba sonoro confessa que Invernoir era uma das duas bandas no cartaz (a par de TodoMal) que nunca tinha ouvido falar, antes de serem anunciados para o festival. Foi por isso com agradável surpresa que testemunhei, em comunhão com a irmandade do Doom, um concerto de inesperada energia e entrega deste quinteto italiano. O principal culpado deste assalto às nossas emoções foi o vocalista Alessandro Sforza, que, se me permitem o jogo morfológico, se “sforzou” bastante para manter o público atento e participativo.
A escolha de músicas recaiu sobretudo no mais recente álbum, Aimin’ For Oblivion (2024), do qual se retiram as primeiras quatro músicas que a banda interpretou na sua estreia em Portugal. Caminhando sobretudo no terreno do Death/Doom, entre guturais abrasivos e vocais limpos mais soturnos, a vertente mais gótica da banda revelou-se na funesta balada Unworthy, uma pausa para respirar a meio do concerto. A banda despediu-se com temas mais antigos, House Of Debris e Gold Kills Our Dreams, mostrando-se agradecida à plateia, onde decerto encontrou novos fãs.
Setlist: Shadow Slave | Doomed | Desperate Days | Unworthy | House Of Debris | Gold Kills Our Dreams
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Why Angels Fall
Passavam oito minutos das 19 horas quando mais um nome histórico nacional subiu a palco. Ao contrário dos Ethereal, o regresso dos Why Angels Fall aos palcos não veio acompanhado de novas músicas. Em vez disso, tivemos o raro privilégio de testemunhar em carne e osso uma lenda viva do Death/Doom atmosférico lusitano. A emoção de regressar a pisar um palco foi evidente, comovente e condizente com uma prestação cheia de alma, da voz áspera e sludgy do Nero, à guitarra inquieta com inesperadas incursões mais bluesy de Paulo Basílio.
Fruto da essência mais progressiva e experimental da sonoridade da banda, não é propriamente fácil de digerir ao vivo, sobretudo por uma plateia maioritariamente desconhecedora da sua obra. Mesmo assim, foi com bravura que nos foram desvendando o seu The Unveiling, colocando em silencioso respeito os presentes. É com entusiasmo que recebemos de volta os Why Angels Fall aos palcos; que esta presença se repita por outros palcos do país!
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Clouds
Se a dor fosse uma nota, o desespero um som, a tristeza um acorde, a melancolia uma onda sonora, seriam Clouds. Este projeto do romeno Daniel Neagoe é uma ode à essência do Doom, um penetrante e inquietante sufoco que, estranhamente, conforta. Passavam quinze minutos das 20 horas quando Life Becomes Lifeless, do novo álbum Desprins (2025), ecoou nas paredes da Music Station. Oito minutos bastaram para um sempre muito agradecido Daniel mostrar o seu famoso contraste entre gutural cavernoso e voz limpa de dor em estado sonoro. The Door We Never Opened abriu-nos as portas do álbum anterior, Despărțire (2021), com a sua longa e suave entrada de piano, flauta e guitarra acústica a culminar numa explosão sonora a partir do quarto minuto.
Toda a banda em palco se mostrou competente e interactiva, mas duas personalidades destacaram-se. Uma delas foi o virtuoso flautista Andrei Oltean, que também ajudou com alguns screams viscerais. Mas não há como não exacerbar a presença em palco do Daniel, um autêntico monstro que nos puxou para dentro das músicas com a sua absurda energia. Depois da inesperada Chasing Ghost, faixa bónus do novo álbum, o Under The Doom testemunhou aquele que foi provavelmente o trio de músicas mais triste, depressivo e invocador de lágrimas da sua história. If These Walls Could Speak, How Can I Be There e You Went So Silent são experiências capazes de partir até um coração já estilhaçado, e foram interpretadas com tal emoção que não duvido que houvesse múltiplos elementos da plateia com água a brotar de olhos marejados. Sem dúvida um dos pontos culminantes deste festival.
Setlist: Life Becomes Lifeless | The Door We Never Opened | Chasing Ghosts | If These Walls Could Speak | How Can I Be There | You Went So Silent
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Forgotten Tomb
Quando o Doom se pinta ainda mais de negro, surgem bandas como Forgotten Tomb, cuja base de Black Metal bebe inspiração do Doom e do Gothic para criar uma sonoridade única de perversa desolação. Passavam pouco mais de trinta minutos das 21 horas quando o quarteto italiano subiu a palco, para aquela que seria o concerto mais agressivo e tecnicamente desafiante de todo o festival. Herr Morbid é um frontman de exímia execução, com o seu gutural sujo e uma guitarra que emana riffs de viciante adrenalina. Depois de abrirem com Nightfloating (2024), do seu último álbum com o mesmo nome, a banda recuou quatro anos até Active Shooter de Nihilist Estrangement (2020), e depois mais um salto gigante para trás com No Way Out do álbum de estreia Songs To Leave (2002).
As relíquias do passado continuaram com Todestrieb, de Springtime Depression (2003), num concerto a um ritmo implacável e onde, além da já exaltada prestação de Herr Morbid, também Jöschu Käser e Alessandro “Algol” Comerio tiveram uma presença digna de louvor na guitarra e baixo. Mas talvez o mais impressionante tenha sido mesmo a bateria de Gianmarco “Asher” Rossi, uma furiosa e complexa tempestade rítmica onde madeira, pele e metal se mutilavam mutuamente. Depois de mais uma visita ao novo álbum com This Sickness Withered My Heart, um final absolutamente delicioso com um medley composto pelos clássicos Disheartenment, Alone e Steal My Corpse. A par de Clouds, a grande prestação da noite.
Setlist: Drifting [intro] | Nightfloating | Active Shooter | No Way Out | Todestrieb | This Sickness Withered My Heart | Disheartenment / Alone / Steal My Corpse [medley]
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My Dying Bride
A jóia da coroa de espinhos desta edição eram os My Dying Bride, entidade régia do Gothic Doom. Eram praticamente 23 horas quando o sexteto britânico se apresentou em palco, liderados na voz pelo Mikko Kotamäki dos Swallow The Sun. Regressado do dia anterior, a sua voz foi mais audível nesta segunda aparição, mas mesmo assim continuou a soar distante e abafada. No geral, o som ao longo de todo o concerto também teve algumas quebras, que prejudicaram a imersão do público. Ainda assim, este mostrou-se entusiasmado e participativo, entoando refrões sofregamente, dançando suavemente nas mágicas melodias de From Darkest Skies ou The Cry Of Mankind, expurgando demónios com o balancear mais acentuado do corpo nos riffs demolidores de The Snow In My Hand ou She Is The Dark.
O alinhamento foi bastante equilibrado, percorrendo sete álbuns com clássicos atrás de clássicos, numa prestação instrumental exímia, digna do estatuto da banda. Ainda assim, a ausência de Aaron Stainthorpe foi manifesta. O seu carisma e a sua voz singular e nostálgica para os fãs fizeram com que parecesse faltar um elo de ligação entre banda e público. Sem prejuízo, durante uma hora e vinte minutos navegámos as águas do doom gótico a um ritmo ora arrastado, ora frenético, com os riffs de sempre, o piano em pranto, o violino que chora, o baixo profundo e a bateria implacável. Pessoalmente, não esperava que este meu primeiro encontro com uma das bandas da minha vida fosse sem o Aaron, mas não posso dizer que, apesar dos referidos constrangimentos, não tenha saído mais que satisfeito com esta evocação nostálgica.
Setlist: A Kiss To Remember | My Hope, The Destroyer | Like Gods Of The Sun | The 2nd Of Three Bells | From Darkest Skies | The Cry Of Mankind | The Snow In My Hand | Feel The Misery | She Is The Dark | The Apocalyptist | The Raven And The Rose
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Hyubris
O cancelamento dos The Ruins Of Beverast abriu portas aos Hyubris nesta edição do Under The Doom. Nome inesperado, desenquadrado em termos sonoros, mas de inegável qualidade. A tarefa de colocar a dançar, ao ritmo do folclore lusitano, uma massa letárgica de doomsters cansados, era próxima de impossível. Ainda assim, o quinteto escalabitano entregou-se de corpo e alma à tarefa. Acompanhados por dois gaiteiros e pelo excelso violino do convidado Miguel Berkemeier, foi sobretudo na voz e encantadora presença da Filipa Mota em palco que se fez a ligação com o público, já reduzido, mas ainda substancial.
O novo álbum Tormentos (2025) esteve em destaque, compondo mais de metade do alinhamento, com destaque para o brilhante tema título, a alucinante Celtiberos e a intemporal poesia de Florbela. Falando de músicas intemporais, não podia faltar a Canção de Embalar de Zeca Afonso, precedendo a sua companheira de álbum Andromeda. A despedida foi feita em tom de festa com a Ominorej, retirada de Forja (2009). E foi assim que um festival repleto de melancolia acenou a despedida com alegria desmedida.
Setlist: Zeus | Salácia | Tormentos | Florbela | Celtiberos | Canção de Embalar [cover Zeca Afonso] | Andromeda | Condão | Ominorej (A Minha Morte)