Dez concertos para ver no NOS Alive 2025

O NOS Alive volta a preencher o Passeio Marítimo de Algés entre os dias 10 e 12 de Julho e faz do seu cartaz uma aposta nas novas tendências musicais, potenciadas em grande parte pelo público mais jovem.

O primeiro dia, encabeçado por Olivia Rodrigo e que soma ainda Noah Kahan, Benson Boone e Mark Ambor no principal Palco NOS, já se encontra esgotado. O segundo dia, com algum vinco na música electrónica, destaca neste palco Anyma, Justice, The Wombats (no lugar do cancelado concerto de Sam Fender) e Girl In Red, estando ainda a vaga deixada por Sam Fender por ocupar. Já o terceiro e último dia marca o aguardado regresso de Nine Inch Nails a Portugal, para além de concertos de Muse (a substituir os cancelados Kings of Leon), Jet e CMAT.

De forma a diversificar o roteiro diário ou até da totalidade do festival, mencionamos em baixo dez outros pontos a considerar na visita ao NOS Alive. Excluímos os já referidos artistas do Palco NOS e apoiámos as escolhas sobretudo no Palco Heineken, onde o festival há muito recruta grandes nomes da cena alternativa.

#01 Amyl and the Sniffers

Apesar de visitarem Portugal pelo terceiro ano consecutivo (depois de MEO Kalorama em 2023 e Primavera Sound Porto em 2024), os australianos Amyl and the Sniffers (na foto) não deixam assim de ser um dos melhores cartões-de-visita do punk contemporâneo. Após a estreia homónima em 2019 e Comfort to Me, de 2021, a banda liderada por Amy Taylor vai apresentar no Palco Heineken do NOS Alive, a 12 de Julho, o mais recente álbum Cartoon Darkness – novo esforço em que o garage rock, o punk e o glam se misturam nas palavras de ordem e nos riffs orelhudos.

#02 St. Vincent

A repetir presença no festival três anos depois, Annie Clark traz agora All Born Screaming. Trata-se do álbum lançado no ano passado enquanto St. Vincent e que mantém a cantora e guitarrista norte-americana nas lides da art pop/rock com uma visão muito própria. A dar o seu nono concerto por cá, Clark vai trazer-nos mais do que estas novas músicas: a 11 de Julho, no Palco Heineken, vamos poder ouvir também passagens de Strange Mercy (2011), Masseduction (2017) ou Daddy’s Home (2021) com as suas pitadas coreográficas e teatrais.

#03 Parov Stelar

A dar o seu quarto concerto no festival, é algo previsível antever uma boa relação que o produtor austríaco Parov Stelar tem com o NOS Alive. Também ele presença assídua nos palcos portugueses, Marcus Füreder vai proporcionar ao Palco Heineken, a 10 de Julho, a sua habitual parada de batidas, sopros e muita dança. Pouco importa o contexto de estúdio: é no palco que Parov Stelar celebra o seu electro swing e nu jazz.

#04 Nathy Peluso

Natural de Buenos Aires, na Argentina, Nathy Peluso radicou-se em Barcelona para potenciar a sua mescla de sons latinos. Da pop ao rap, passando pelo R&B e pela soul, a jovem artista assinou já dois discos, o mais recente deles Grasa, no ano passado. É esse que traz no seu regresso a Portugal, a 10 de Julho, no Palco Heineken.

#05 Future Islands

Ao sétimo álbum os Future Islands já não são a surpresa e fenómeno global que os viu crescer entre 2010 e 2015, mas a sua synthpop limada com post-punk materializa-se como sempre nos palcos graças às habilidades carismáticas do vocalista Sam Herring. O mais recente álbum é People Who Aren’t There Anymore, que figurará no alinhamento no Palco Heineken a 12 de Julho ao lado de temas de In Evening Air e Singles.

#06 Bright Eyes

A viver a sua segunda vida, a banda fundada por Conor Oberst em meados da década de 90 vai fazer a sua estreia nacional no Palco Heineken a 12 de Julho. Os Bright Eyes reuniram-se em 2020 e desde então somaram mais dois discos à sua conta que já levava nove entre 1998 e 2011. É com base em Down in the Weeds, Where the World Once Was (2020) e Five Dice, All Threes (2024) que o grupo de folk com contornos de rock, emo e country se vai apresentar ao público português.

#07 The Bloody Beetroots

Se é obrigatório dar um passo de dança mais feroz no NOS Alive, é no Palco WTF Clubbing que se vão encontrar as propostas mais condizentes. A 12 de Julho, por exemplo, cabe ao italiano Bob Rifo encerrar a festa com a sua assinatura de DJ, The Bloody Beetroots. Dance punk, electro house e drum & bass contagiantes são os ingredientes da sua música ancorada em sintetizadores com atitude rock.

#08 Glass Animals

Os ingleses Glass Animals, ainda antes de se tornarem virais no TikTok com o single “Heat Waves”, já eram um dos nomes queridos do indie rock mais orelhudo com os lançamentos de Zaba (2014) e How To Be A Human Being (2016). Esses argumentos iniciais motivaram as suas únicas duas visitas a Portugal até à data, chegando agora ao festival com uma maior onda de popularidade pós-Dreamland (2020) e I Love You So F***ing Much (2024). Adivinhamos um espaço circundante ao Palco Heineken demasiado pequeno para os receber a 10 de Julho.

#09 Foster The People

Provavelmente mais adequados à grandeza a céu aberto do Palco NOS, os Foster The People são um dos maiores nomes do indie pop/rock norte-americano desde que despontaram com o álbum de estreia Torches, em 2011. A dar no Palco Heineken, a 12 de Julho, o seu terceiro concerto em Portugal (e segundo no mesmo festival em Algés), a banda de “Pumped Up Kicks”, “Helena Beat”, “Houdini” ou “Call It What You Want” traz na bagagem uma novidade discográfica: Paradise State of Mind foi lançado no Verão de 2024 e injecta mais doses de synthpop psicadélica ao seu reportório.

#10 Palco Coreto

Não é um concerto per se, mas há já vários anos que o Palco Coreto é responsável por concentrar vários talentos nacionais emergentes. Quem sabe se não é aqui que vais encontrar o teu próximo artista ou banda portuguesa favorita, num concerto geralmente intimista e em pequena escala quando comparado com os grandes palcos do festival. Este ano vão passar pelo Coreto nomes como Baleia Baleia Baleia, Bombazine, Girls96, Luís Severo, Saint Caboclo ou Zarco, entre outros.

O cartaz do NOS Alive 2025 divide-se num total de sete palcos. Além dos indicados Palco NOS, Palco Heineken e Palco Coreto, o festival tem ainda espaço para a música de pista no WTF Clubbing, para a língua portuguesa no Galp Fado Café e para o humor no Palco Comédia. Já o Pórtico, como o nome indica, refere-se à entrada do festival com música ao vivo ao longo da tarde de cada dia.

Autor: Nuno Bernardo