Tudo sobre o regresso do Under The Doom

Com a sua última edição em 2019, o Under The Doom já causava saudades por entre os fãs do Doom e de Gothic. Na próxima semana, a 18 de Outubro, o regresso irá finalmente consumar-se na capital, estendendo-se até ao sábado, dia 19, esta que será a 8ª edição do festival.

Esta edição conta com dois dias algo distintos em termos de sonoridade, com o primeiro dia mais recheado de Black Metal e o segundo focado naquilo que sempre distinguiu o festival, as sonoridades mencionadas no parágrafo anterior.

Sexta, 18 de Outubro

As honras de abertura caberão aos portuenses Anzv, que trarão consigo o álbum de estreia Gallas e a sua fusão avassaladora de Black e Death Metal. Logo de seguida continuamos por terras lusas, mas descemos até Évora, sendo os Process Of Guilt os únicos representantes do Doom neste primeiro dia, pincelado de Sludge e com o álbum Slaves Beneath The Sun certamente em destaque.

O resto da noite contará com a tour 35 Years Of Evil Existence dos gregos Rotting Christ, cabeças de cartaz deste primeiro dia e que prometem uma retrospetiva de todo o seu vasto e icónico catálogo, onde o Black Metal por vezes se fundo com o Gothic. Antes deles tocarão os não menos prestigiados Borknagar; quase a completar 3 décadas de existência, os noruegueses primam pela consistência na sua discografia e prometem um concerto memorável. Antes ainda, entre estes dois gigantes e as duas bandas nacionais, teremos o Black Metal dos franceses Seth, uma banda com renovado vigor desde o seu regresso em 2011, com especial destaque para os seus dois últimos álbuns, um deles de 2024, La France Des Maudits.

Sábado, 19 de Outubro

O segundo dia do festival contará com mais nomes (sete), arrancando com uma dupla de bandas na onda do Post-Metal e Doom. Primeiro, os bracarenses Music In Low Frequencies, uma das bandas que mais sensação têm causado em festivais nacionais este ano, onde têm apresentado o seu brilhante segundo álbum Catharsis. Seguem-se os chilenos Wooden Veins, com ex-membros de outras bandas relevantes no Doom chileno como Mar de Grises, Poema Arcanus e Mourning Sun, que apresentarão também o seu segundo álbum, Imploding Waves.

A terceira banda a pisar o palco serão os históricos italianos Novembre, referência incontornável do Death/Doom e posteriormente do Extreme Progressive Metal. Apesar de só terem lançado um álbum nos últimos 15 anos (URSA, já de 2016), têm um catálogo de oito álbuns que promete um concerto imperdível. Viajamos depois até à Irlanda, com o Death/Doom sufocante e de desesperante melancolia de Mourning Beloveth, outro nome de contornos colossais no género.

A despedida das bandas portuguesas será feita com os mestres Sinistro, de regresso (e que regresso!) com nova vocalista, Priscila da Costa, e novo álbum, Vértice. Será o tão aguardado regresso aos palcos deste ato singular, onde o Doom se exprime na língua de Camões. Seguir-se-ão os noruegueses Abyssic, projeto antigo que foi ressuscitado em 2016 e desde então já viu três álbuns, num Death/Doom sinfónico que conta com ex-membros de Susperia, Old Man’s Child e Dimmu Borgir.

Os cabeças de cartaz serão um nome já prometido desde 2020, os suecos Tiamat, nome que dispensa apresentação. O concerto será focado nos seus terceiro e quarto álbuns, provavelmente os dois mais acarinhados pelos fãs e dois marcos na história do metal: Clouds, de 1992, e Wildhoney, de 1994. Será a chave de ouro a fechar um festival que regressa com um cartaz forte e coeso.

Tudo isto está à distância de um salto até à Music Station, em Lisboa, e de um bilhete geral de 90€, que pode ser adquirido nas lojas habituais, como a Unkind. Se preferirem os bilhetes diários, custam, respetivamente para sexta e sábado, 45€ e 50€.

Os concertos terão início às 19h na sexta e 17h no sábado, com as portas a abrirem uma hora antes. Querem ficar a conhecer melhor o cartaz? Fiquem com a nossa playlist abaixo, onde consta uma música de cada banda, por ordem de atuação.