Dez concertos para ver no NOS Alive 2022

Depois de dois anos de interrupção forçada pela pandemia de covid-19, o NOS Alive regressa finalmente de 6 a 9 de Julho ao Passeio Marítimo de Algés, em Oeiras. Nesta edição de 2022, com direito a quatro dias em vez dos habituais três, as expectativas são muitas para ver alguns dos maiores nomes da música. No topo do cartaz e, consequentemente, a liderar os alinhamentos do Palco NOS estão nomes como Metallica, The Strokes, Florence + The Machine, Imagine Dragons e Da Weasel. Para além destes nomes, no principal palco do festival vão passar também The War On Drugs, Jorja Smith, Stormzy, HAIM, Stromae, Jungle, alt-J, Royal Blood e Two Door Cinema Club, entre outros, constituindo-se assim motivos suficientes para seguir de perto este regresso do NOS Alive.

Tal como tem sido habitual nas antevisões dos maiores festivais nacionais, destacamos dez concertos a ter em conta fora do palco principal de forma a motivar a explorar outros espaços do recinto.

#01 Nilüfer Yanya

A originalidade das composições de Nilüfer Yanya é elevada a um novo patamar com o mais recente álbum, PAINLESS, editado este ano. O primeiro álbum Miss Universe, de 2019, já tinha confirmado as credenciais reveladas no EP Do You Like Pain? lançado um ano antes, mas a sua voz distinta e o som da sua guitarra ganham outro destaque no novo álbum, de onde se destacam temas como “stabilise”, “midnight sun”, “the dealer” ou “shameless”. O testemunho em palco e o regresso da britânica a Portugal dá-se a 7 de Julho no Palco Heineken.

#02 Fontaines D.C.

Os irlandeses Fontaines D.C. (na foto) fazem parte do lote de bandas que viu a sua explosão interrompida pela pandemia. Depois do aclamado álbum de estreia Dogrel, de 2019, o sucessor A Hero’s Death chegou em 2020 mas não pôde ser apresentado em digressão como é habitual no percurso de uma banda. Com o regresso em pleno dos concertos e dos festivais, a banda tem já um terceiro álbum em mãos, Skinty Fia, editado em Abril último e motivado pela mudança da banda para Londres. A estreia em Portugal dá-se finalmente a 6 de Junho no Palco Heineken.

#03 M.I.A.

Mathangi Arulpragasam pode ter iniciado o seu percurso nas artes visuais no virar do milénio, mas foi enquanto M.I.A. que se evidenciou na música a partir de 2004 com singles como “Sunshowers” ou “Galang”, editando a estreia Arular no ano seguinte. Chegaram depois trabalhos como Kala, Maya, Matangi e AIM, estando ainda previsto o lançamento de Mata este ano, onde a artista promete dar voz ao conflito de espiritualidade que viveu nos últimos anos. No NOS Alive sobe ao palco Heineken no dia 8 de Julho.

#04 Seasick Steve

O delta do Mississippi musical de Seasick Steve divide-se algures o blues e o country, mas com a atitude e a autenticidade certas para se deixar levar pelas guitarradas do septuagenário. Entre os seus onze álbuns destacam-se tanto Dog House Music (2006) como You Can’t Teach an Old Dog New Tricks (2011) e Hubcap Music (2013), estes dois com a participação de John Paul Jones, mas poderá trazer a Oeiras a música dos dois trabalhos recentes, Love and Peace (2020) e Blues in Mono (2021). Tirar as teimas, danças e apreciar o blues é a 7 de Julho, no Palco Heineken.

#05 Modest Mouse

Trinta anos depois da sua formação, os Modest Mouse preparam-se finalmente para fazer a sua estreia em Portugal. Moldaram o som do indie rock no final dos anos 90 e seguiram-se dois álbuns bastante aclamados, The Moon and Antarctica (2000) e Good News For People Who Love Bad News (2004), este último nomeado para um Grammy Award no ano seguinte. Em 2007 lançaram We Were Dead Before The Ship Even Sank, o único álbum com o lendário Johnny Marr na formação. Quinze anos depois apresentam no NOS Alive, no Palco Heineken a 6 de Julho, a sua carreira e as músicas do mais recente trabalho, The Golden Casket, editado no ano passado.

#06 Phoebe Bridgers

Também em estreia nacional, o fenómeno Phoebe Bridgers aterra no Palco Heineken a 9 de Julho. Ao som de Punisher, álbum que deu singles como “Kyoto”, “I Know The End” ou “Savior Complex”, a jovem californiana assume a aclamação do público e da crítica, somando já quatro nomeações para os Grammy Awards, incluindo a de Best New Artist. Uma estrela em ascensão? Provavelmente, sim.

#07 Acid Arab

A partir de 2012 os Acid Arab, através da dupla Guido Minisky e Hervé Carvalho, musicaram em Paris o encontro com dezenas de artistas do norte de África e do Médio Oriente, cruzando a electrónica europeia com a cultura árabe. O primeiro álbum, Musique de France, chegou apenas em 2016, com Jdid três anos depois a confirmar a eloquência de colaborações feitas com A-WA, Rizan Said, Sofiani Saidi, Ammar 808, Cem Yıldız, Les Filles de Illighadad, entre outros. A dança no NOS Alive está marcada para o WTF Clubbing a 6 de Julho.

#08 St. Vincent

Pela primeira vez no NOS Alive – e já vários anos desde a sua última passagem por Portugal – Annie Clark é uma das artistas mais distintas da sua geração, fundindo o rock experimental com electropop e ainda pequenas incursões pelo jazz. São já sete álbuns ao todo e três Grammy Awards conquistados, incluindo os de Best Alternative Music Album com o homónimo St. Vincent em 2015 e Daddy’s Home em 2022, este a apresentar em Algés no Palco Heineken a 8 de Julho.

#09 Evaya

O Coreto há largos anos que é uma montra da nova música portuguesa e no regresso do NOS Alive essa aposta não se perdeu. Entre muitos nomes a reter neste palco, pode-se destacar Evaya, com actuação marcada para 9 de Julho. A dar passos para o seu álbum de estreia, intitulado informe, Beatriz Bronze vocaliza quase angelicalmente a batida experimental. A ter em “atenção”.

#10 Caribou

A fechar a conta de dez nomes e, muito provavelmente, a fazer dançar o Palco Heineken a 9 de Julho, Dan Snaith regressa a uma casa que já conhece bem. O produtor canadiano de música electrónica apresentará as temas de Suddenly, editado há dois anos pela City Slang, que surge numa sucessão de lançamentos ora aclamados pela crítica como pelo público, como Andorra (2007), Swim (2010) e Our Love (2014).

Para além desta dezena, vão também passar pelos palcos “secundários” do NOS Alive 2022 nomes como Glass Animals, Clairo, Parov Stelar, Tom Misch, Dino D’Santiago, Três Tristes Tigres, Parcels, Balthazar, Manel Cruz, Moullinex ou Fogo Fogo.

Autor: Nuno Bernardo