A maior edição do Misty Fest arranca já no primeiro dia de Novembro para um total de 13 dias de festival. O resto dos números falam por si: 11 cidades, 19 salas e 21 artistas num total de 35 espectáculos de norte a sul do país com alguns dos mais notáveis singer-songwriters contemporâneos.
Podemos começar por Andrew Bird (na foto), que ao público português regressa para dois concertos sozinho em palco, despido de banda mas acompanhado pelos seus muito instrumentos. Violinista virtuoso, guitarrista reconhecido e autor de canções reluzentes, traz consigo também o novo Are You Serious, editado em 2016, à Casa da Música (Porto) a 8 de Novembro e ao Centro Cultural de Belém (Lisboa) o dia seguinte.
A actuar nessas duas mesmas salas e ainda no Teatro Virgínia, em Torres Novas, estará também Wim Mertens, nome prolífico da música neoclássica e um dos compositores mais distinguidos da actualidade. O prestígio estende-se ao cinema, à moda e ao título de Embaixador Cultural da Flandres que ergue, fruto do trabalho que voltará a confirmar neste Misty Fest nos dias 5, 6 e 7.
Com passagem única em Lisboa, Cass McCombs é um dos mais aplaudidos cantautores da sua geração. Traz a sua banda para concerto no Cinema São Jorge na altura que se prepara para editar Mangy Love, disco de baladas pontuadas pelo humor negro e que conta com participação de Angel Olsen. Resta assinalar o dia 3 de Novembro no calendário.
O dinamarquês Peter Broderick, membro dos aclamados Efterklang, também é dono de uma carreira a solo de referência e apresenta Partners, novo título pela Erased Tapes, a três tempos – Aveiro, Porto e Lisboa. Já a franco-marroquina Hindi Zahra chegou às bocas do mundo em 2010 com a estreia Handmade que lhe valeu os galardões Prix Constantin e Victoires de la Musique para melhor álbum do ano. O novo álbum chama-se Homeland e é um regresso a Marrocos e ao reconhecimento Victoires de la Musique, mais uma vez, batendo novamente os aplausos da crítica especializada em músicas do mundo. Surge no Misty Fest com data única em Lisboa, a acontecer no dia 5 de Novembro no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian.
Mas treze dias de Misty Fest fazem-se de mais nomes: Rodrigo Leão & Scott Matthew voltam-se a juntar em palco para concertos no Porto, Évora, Lisboa, Coimbra e Loulé; Carmen Souza & Theo Pascal Trio reinvidicam as paisagens lusófonas em Espinho, Lisboa e Porto; a multi-instrumentista Dom La Nena volta a ser aposta do Misty Fest para concertos em Évora, Porto e Ponta Delgada na estreia dos Açores na rota do festival; Selma Uamusse preencherá o Centro Cultural de Belém com a sua voz, na mesma sala onde se revelará o talento de Teresa Lopes Alves; o argentino Daniel Melingo transfigurará o tango em Leiria e em Lisboa; Dino D’Santiago começa finalmente a mostrar-se a solo em concerto na capital e no Porto; Enrico Rava Tribe é uma formação de luxo do jazz italiano com, claro, o trompetista Enrico Rava a liderar as datas, também no Porto e em Lisboa; José James provará porque é considerado uma das melhores vozes do seu tempo com datas no Porto, em Leiria, em Lisboa e em Braga; De Viva Voz junta Cramol, Maria Monda, Segue-me à Capela e Sopa de Pedra em data única no Teatro Tivoli BBVA; e o multi-facetado artista britânico Piers Faccini estará a cargo do concerto de abertura deste Misty Fest em Lisboa.
O ideal é consultar o programa completo e todas as informações necessárias no site oficial do Misty Fest, aqui. Mas há coisas que poderemos facilmente antecipar: o Misty Fest é um festival de carácter único e isso evidencia-se do modo em que se estende por todo Portugal continental e até a um dos arquipélagos em menos de duas semanas.