Tony Iommi (Black Sabbath)
É irrefutável, a importância de Tony Iommi para o heavy metal, para o seu desenvolvimento e afirmação como género de excelência. Como líder e guitarrista dos Black Sabbath, Iommi, tornou-se famoso pelo seu estilo e técnica na guitarra com riffs intensos e demoníacos que, conjugados com uma enorme capacidade de composição, fazem de Tony Iommi um dos mais influentes músicos de todos os tempos.
As carreiras nos Black Sabbath, Heaven & Hell e como artista convidado são sobejamente conhecidas, no entanto a sua carreira a solo não é tão reconhecida como poderia. O guitarrista lançou três álbuns de estúdio e todos tiveram a colaboração de artistas convidados.
O primeiro sai para o mercado no ano 2000 e é, simplesmente, intitulado Iommi e conta com nomes como Phil Anselmo (Pantera, Down), Brian May (Queen), Billy Idol, Ozzy Osbourne (Black Sabbath), Bill Ward (Black Sabbath), Dave Grohl (Nirvana, Foo Fighters), entre outros. Apesar de conter diversos elementos do rock e do metal, Iommi é, fundamentalmente, um disco de heavy metal em que os riffs poderosos de Tony Iommi imperam e se conjugam, na perfeição, com as vozes e estilos dos muitos artistas convidados no álbum. As faixas “Laughing Man (In The Devil Mask)”, “Goodbye Lament”, “Black Oblivion”, “Flame On”, “Who’s Fooling Who” e “Into The Night” parecem-me ser as grandes “malhas” do disco de estreia do guitarrista. Iommi foi colocado na posição 451 do livro dos melhores álbuns de rock e metal, The 500 Greatest Rock & Metal Albums of All Time da revista Rock Hard.
Tony Iommi – Iommi (álbum na integra)
4 anos após o lançamento do seu disco de estreia, chega The 1996 DEP Sessions que é um álbum de colaboração com o mítico baixista e vocalista Glenn Hughes. The 1996 DEP Sessions é, essencialmente, uma regravação da bootleg Eighth Star, que Tony gravou com Hughes, mas que nunca foi oficialmente lançada, comercialmente, como álbum de estúdio. Foi o próprio guitarrista que produziu esta regravação bastante bem sucedida, contendo faixas que misturam a imponência sonora da guitarra de Iommi com a melodia ‘groovy’ e ‘funky’ de Hughes. Apesar de não conter a potência técnica de Iommi, é ainda assim um bom disco de heavy metal, que junta duas figuras marcantes da indústria musical, em muito boa forma, com Don Airey, Geoff Nicholls e Jimmy Copley, entre outros.
Com Glenn Hughes, novamente, “a bordo no navio”, o lendário guitarrista compõe e produz, juntamente com Bob Marlette, Fused, lançado em 2005. A dupla Iommi e Hughes tem neste disco um acréscimo qualitativo, quando comparado com o anterior. Este álbum acaba por não variar tanto musicalmente, ao contrário dos antecessores. Para aqueles que não gostam da voz e da sonoridade de Glenn Hughes, este será mais um lançamento difícil de apreciar, a ‘mão de Hughes’ está muito mais presente neste álbum, onde os vocais e o baixo de Hughes têm uma presença mais notada, para além de parte das faixas terem sido escritas por ele. É outro disco de boa qualidade, com um conjunto de faixas dignas de nota, “Dopamine”, “Saviour of the Real”, “The Spell”, “Grace”, “Resolution Song” e “I Go Insane” são, na minha opinião, as mais óbvias num disco com 10 faixas e quase 50 minutos de duração.
Tony Iommi – The 1996 DEP Sessions (álbum na integra)
Tony Iommi – Fused (álbum na integra)
// João Braga