Genesis tiveram diversas formações ao longo da sua existência, sendo a mais reconhecida a formação com Tony Banks (teclado), Mike Rutherford (baixo), Phil Collins (bateria), Steve Hackett (guitarra) e Peter Gabriel (voz). Com as mudanças de grupo, vieram mudanças no estilo musical: um início mais inspirado pelo baroque pop/rock característico de bandas como The Beach Boys, The Beatles ou The Moody Blues que durou um ano apenas; os anos 70 foram maioritariamente dominados pelo rock progressivo bastante complexo; os anos 80 essencialmente dominados por uma direcção mais comercial de pop/rock misturados com um rock progressivo na onda dos seus anos 70. São umas das bandas mais importantes de todos os tempos, tendo entrado no Rock Hall of Fame em 2010. Não é todos os anos que uma banda comemora 46 anos de carreira!! É portanto com honra e enorme gosto que o Ruído Sonoro publica este especial, apresentando uma breve revisão discográfica para lhe dar a conhecer com maior profundidade o percurso desta fantástica banda britânica.
From Genesis to Revelation – 1969
Nota: 6/10
From Genesis to Revelation é o álbum de estreia do grupo. Está bastante longe da banda que nos anos 70 ficou conhecida como fundamental para o desenvolvimento do rock progressivo. Este lançamento de 1969 mostra que a banda ainda está numa fase de “formação e definição” do seu estilo musical. O grupo é ainda bastante jovem, e é nesta altura, formado por Peter Gabriel, Anthony Phillips, Tony Banks, Mike Rutherford, John Silver e Chris Stewart. Tecnicamente, o grupo tem a pior exibição da sua carreira, apesar de se notar o talento vocal em Peter Gabriel e o enorme talento de Tony Banks, Genesis demonstra que ainda se está a tentar descobrir musicalmente. O nome do álbum não é um acaso, grande parte das faixas do disco são baseadas na Bíblia. Dita, claramente, um estilo bem diferente do rock progressivo que seria revelado apenas um ano mais tarde.
Trespass – 1970
Nota: 8/10
É neste segundo lançamento que o grupo adopta um estilo mais progressivo com músicas bem mais longas e complexas. Apesar de não ter sido um sucesso comercial, é um dos álbuns mais respeitados por parte dos seguidores mais acérrimos da banda. Parece-me uma preparação para a década de 70 fortemente demarcada pela complexidade instrumental e composições inteligentes. Apesar de ter sido lançado um ano após o desapontante From Genesis to Revelation, denota-se uma significativa melhoria na performance da banda e um bem maior nível de maturidade.
Destaques: “The Knife”, “Looking for Someone” e “White Mountain”.
Nursery Cryme – 1971
Nota: 8.5/10
Este é o primeiro disco a contar com a presença dos “cinco mais famosos” Tony Banks, Phil Collins, Peter Gabriel, Mike Rutherford e Steve Hackett. É a estreia de Phil Collins como baterista nos Genesis. Este é um álbum bem mais à imagem dos seus anos 70, e é um passo à frente do anterior disco. É obrigatório para qualquer fã do clássico rock progressivo tocado por esta banda. Neste disco, é dado “mais espaço” aos membros do grupo para mostrarem o que realmente valem. Com uma nova energia trazida pela entrada de Phil Collins, a banda tem uma performance bem mais entusiasmante tanto individualmente como colectivamente. Peter Gabriel está perfeito em todas as faixas com uma afinação exemplar; o génio de Steve Hackett é denunciado pelos seus fantásticos riffs e solos; Tony Banks tem “mais espaço” para actuar com composições mágicas em faixas como “The Musical Box” ou “The Fountain of Salmacis”, por exemplo; e arrisco-me a dizer que Mike Rutherford é a espinha dorsal de todo o disco com uma solidez incrível. Não se pode dizer que é perfeito, mas é um álbum viciante e que se pode ouvir diversas vezes sem correr o risco de ficar saturado.
Destaques: “The Musical Box”, “The Return of the Giant Hogweed”, “Seven Stones” e “The Fountain of Salmacis”.
Foxtrot – 1972
Nota: 8.5/10
Foxtrot mantém a mesma qualidade com excelentes exibições e composições muito inteligentes. A liberdade que cada membro da banda usufrui é essencial para o desenvolvimento de instrumentais formidáveis e de uma excelente interacção colectiva. Essa liberdade foi uma das consequências imediatas da mudança de estilo musical da banda e a entrada de criativos como Phil Collins e Steve Hackett. A partir de agora a banda tem uma personalidade definida conseguindo compor um álbum “na linha” do seu antecessor. Prefiro o disco anterior a este, no entanto a diferença não é significativa, só acho que o anterior tem faixas mais espectaculares e mais dignas de nota. Apesar disso este Foxtrot tem uma melhoria na produção quando comparado com Nursery Cryme e a guitarra de Steve Hackett tem um papel mais relevante. É neste álbum que se encontra uma das músicas mais épicas da carreira de Genesis com 23 minutos de duração, “Supper’s Ready”.
Destaques: “Supper’s Ready”, “Watcher of the Skies” e “Get ‘Em Out by Friday”.
Selling England by the Pound – 1973
Nota: 9.5/10
É o primeiro verdadeiro sucesso comercial recebendo críticas bastante positivas tanto dos fãs como críticos profissionais. É o álbum mais técnico e complexo dos cinco lançados. Nesta altura, a banda já lançava discos todos os anos ganhando uma experiência significativa. É um álbum de rock progressivo misturado com um bastante eficiente rock psicadélico, conseguindo por isso ser um álbum mais rápido e mais pesado que todos os álbuns anteriormente lançados. Cada faixa tem uma história com diferentes técnicas instrumentais e uma criatividade nunca dantes vista na banda. O grupo conseguiu criar personagens como “Mick the Prick” e “Bob the Knob” para “The Battle of Epping Forest” ou, então, a patética personagem do indivíduo que é um empregado mas que é feliz porque trabalha com um corta-relvas, por exemplo. A temática do álbum baseia-se muito na dor emocional, felicidade, amor, guerra e a Inglaterra dos anos 70. É uma edição de coleccionador e é considerado como um dos mais bem-sucedidos e mais bem conseguidos álbuns de rock progressivo na história da indústria musical.
Destaques: “Dancing with the Moonlit Knight”, “I Know What I Like (In Your Wardrobe)”, “Firth of Fifth”, “The Battle of Epping Forest” e “The Cinema Show”.
The Lamb Lies Down On Broadway – 1974
Nota: 10/10
Este lançamento de 1974 é um duplo álbum conceptual sobre a surreal história de Rael, um meio Porto-riquenho que é um delinquente juvenil e que vive em Nova Iorque. Rael é “varrido” para debaixo da terra para enfrentar bizarras criaturas e extraordinários perigos de forma a salvar o seu irmão John. Não é propriamente fácil de interpretar este álbum, existindo diversas interpretações (Phil Collins interpreta-o com sendo sobre dupla personalidade). É o sexto álbum de originais e o último a contar com Peter Gabriel. Considero este como sendo um dos poucos álbuns verdadeiramente perfeitos, em que todos os aspectos são de puro génio, merecendo da minha parte um 10. O conceito da história está extraordinariamente bem escrita e criativa, o grupo faz a melhor performance da sua carreira e a produção é muito boa mesmo. The Lamb Lies Down On Broadway é um dos álbuns mais teatrais de sempre, muito criativo e uma das mais fortes e poderosas composições musicais de todos os tempos. Já nesta altura, Genesis era uma banda obrigatória para ser vista ao vivo, mas com este álbum os seus concertos tornaram-se cada vez mais artísticos com máscaras, trajes e cenários exclusivamente desenhados para o álbum. Contém 23 faixas e tem mais de hora e meia de duração. É na minha opinião o melhor álbum conceptual alguma vez composto!
Destaques: “The Lamb Lies Down on Broadway”, “In the Cage”, “Counting Out Time”, “The Carpet Crawlers”, “Anyway”, “The Colony of Slippermen” e “It”.
A Trick of the Tail – 1976
Nota: 10/10
É o primeiro álbum com Phil Collins como vocalista principal e baterista. Após um grande esforço para encontrar um substituto para Peter Gabriel, Collins lá acabou por aceitar o lugar vago. A Trick of the Tail não é uma continuação do álbum anterior, bem pelo contrário, este é o primeiro disco da fase de transição pós-Peter Gabriel misturando o progressivo com um rock mais melódico. Apesar de não ser um The Lamb Lies Down on Broadway, é na minha opinião um dos melhores álbuns da banda. A partida de Peter Gabriel deixou um vazio difícil de preencher, já que ele era uma grande parte da vertente mais artística e teatral dos Genesis, o grupo agora com quatro membros conseguiu preencher esse vazio com menos visão conceptual e progressiva. Apesar de não ter a mesma preocupação progressiva e complexidade técnica como Selling England by the Pound, Foxtrot ou Nursery Cryme, as faixas “Dance on a Volcano” e “Los Endos” são demonstrativas do lado mais progressivo que a banda ainda tinha e quis manter pelo resto da sua carreira.
Destaques: “Dance on a Volcano”, “Squonk”, “Robbery, Assault and Battery”, “Ripples…” e “Los Endos”.
Wind & Wuthering – 1976
Nota: 9.5/10
Wind & Wuthering é o último álbum com Steve Hackett, a partir do próximo disco a banda passa a contar com apenas três membros. É o último disco progressivo dos Genesis, mas contém a primeira pista de como seria a direcção musical da banda seria nos seguintes anos com a faixa “Your Own Special Way”. “Eleventh Earl of Mar” e “One for the Vine” são as mais extraordinárias demonstrações técnicas deste álbum e parecem saídas de qualquer um dos álbuns anteriores a A Trick of the Tail. É bem menos directo que o seu antecessor com uma componente mais orquestral, Tony Banks tem um papel mais importante e é retirado o protagonismo à guitarra de Steve Hackett.
Destaques: “Eleventh Earl of Mar”, “One for the Vine”, “Your Own Special Way”, “Wot Gorilla?”, “…In That Quiet Earth” e “Afterglow”.
…And Then There Were Three… – 1978
Nota: 8/10
O título do álbum é uma referência à partida de Steve Hackett da banda que a deixou por achar que não lhe permitiam intervir o suficiente no processo criativo durante a composição dos álbuns. É considerado por muitos como o primeiro álbum com uma direcção musical mais comercial, no entanto ainda se denota uma componente progressiva significativa em faixas como “Down and Out” ou “Ballad of Big”, por exemplo. Ao longo do álbum consegue-se verificar a vertente progressiva que os tornou tão famosos, tanto na composição das letras das músicas como instrumentalmente. Consegue ter um pouco da complexidade de Wind & Wuthering e da melodia progressiva de A Trick of the Tail. Neste álbum, Genesis começou a juntar o pop na sua música e a escrever sobre temas como o amor, paixão ou tristeza como se pode verificar em músicas como “Many Too Many” ou “Follow You Follow Me”.
Destaques: “Down and Out”, “Ballad of Big”, “Burning Rope”, “Deep in the Motherlode” e “Follow You Follow Me”.
Duke – 1980
Nota: 9/10
Este é o décimo álbum de estúdio da banda e o segundo como um trio; conta com um som mais comercial mas mesmo assim conservando uma forte influência de rock progressivo com a épica faixa de 30 minutos, “Behind the Lines/Duchess/Guide Vocal/Turn It on Again/Duke’s Travels/Duke’s End” que poderia facilmente ser encaixada em qualquer álbum dos clássicos Genesis, e conta a história ficcional de Albert (a banda decidiu separar as faixas de forma a evitar comparações com “Supper’s Ready”). Apesar de tudo, o disco quebra com a tendência progressiva e mais conceptual até então realizada pelo grupo britânico, incluindo as emocionais “Misunderstanding”, “Alone Tonight”, “Heathaze” ou “Please Don’t Ask” com principal destaque para a voz de Phil Collins e os instrumentais depressivos.
Destaques: “Behind the Lines/Duchess/Guide Vocal/Turn It on Again/Duke’s Travels/Duke’s End”, “Heathaze” e “Please Don’t Ask”.
Abacab – 1981
Nota: 7/10
É o álbum de confirmação da direcção musical que a banda vinha tomando desde Wind & Wuthering. Não contém quase nenhuma influência progressiva com excepção para “Dodo/Lurker” e “Abacab” que são tecnicamente dotadas principalmente na parte de bateria. É a partir de agora que a onda de hits invade as rádios de todo o mundo e dá a conhecer Genesis a um novo público com “Abacab”, “No Reply At All” ou “Me and Sarah Jane”. De salientar a inclusão de diversos estilos musicais no mesmo álbum como o reggae, art rock ou hard rock.
Destaques: “Abacab”, “Dodo/Lurker” e “Like It or Not”.
Genesis – 1983
Nota: 8/10
Sem dúvida alguma que este foi o álbum em que houve mais trabalho de grupo, por isso se chama Genesis, os três membros participaram e contribuíram para todas as faixas deste álbum. Mas apesar do trabalho louvável entre o grupo, devo dizer que este lançamento ganha sem dúvida alguma o prémio para álbum mais inconsistente da sua discografia. As primeiras quatro músicas dão sinais de um álbum épico e muito próximo da perfeição, mas a partir da dupla-faixa “Home by the Sea”, o álbum parece cair num precipício e desfigura-se por completo. “Mama” e “Home by the Sea” são faixas bastante dramáticas e intensas com uma inspiração progressiva que podia ser retirada de um Selling England by the Pound ou Nursery Cryme. Mas a partir de “Illegal Alien” para a frente assume uma vertente mais comum e bem mais comercial sem ter nada que seja digno de nota com excepção para “Silver Rainbow”. Genesis passa muito perto de poder ser confundida por uma banda comum que está a dar os primeiros passos no mundo da música. Seja como for o 8 que atribuo deve-se muito às primeiras quatro faixas que compõem este álbum.
Destaques: “Mama”, “That’s All”, “Home by the Sea” e “Silver Rainbow”.
Invisible Touch – 1986
Nota: 9.5/10
Lançado em 1986, Invisible Touch está muito perto da perfeição musical! É dos poucos álbuns dos anos 80 que consegue fazer uma mistura tão eficaz de progressivo com um muito bom pop/rock comercial. Todo o álbum é um hit reconhecido por qualquer fã da banda e todas elas são obrigatórias em qualquer concerto ou compilação. A única razão porque não é um 10, deve-se ao facto de não ter a mesma concepção e atrevimento de The Lamb Lies Down on Broadway ou A Trick of the Tail. Tem melodia, complexidade, originalidade, intensidade e inteligência, tem tristeza e emoção com “Tonight, Tonight, Tonight”, “In Too Deep”, “Throwing It All Away”, tem rock comercial com “Land of Confusion”, “Anything She Does”, “Invisible Touch” e complexidade técnica com “Domino” e “The Brazilian”. Estas duas últimas são inovadoras no som dos anos 80 da banda, “Domino” é a faixa mais progressiva da era comercial do grupo e “The Brazilian” é bastante experimental com a introdução de novas técnicas de percurssão com protagonismo para a bateria de Phil Collins. A mistura entre o progressivo e o comercial não é nada fácil mas a banda conseguiu-o de forma bastante eficaz. Em termos da sua produção e composição escrita, Genesis tem o trabalho mais bem conseguido e empolgante da década de 80. Apesar de não ser um paraíso de progressivo e complexidade, Invisible Touch teve a capacidade de agarrar o público mais “old school” e de atrair um novo público que a partir deste álbum quis seguir a banda com mais atenção.
Destaques: “Invisible Touch”, “Tonight, Tonight, Tonight”, “Land of Confusion”, “In Too Deep”, “Domino”, “Throwing It All Away”, “The Brazilian”.
We Can’t Dance – 1991
Nota: 7.5/10
É um dos discos mais longos alguma vez compostos pela banda com mais de 70 minutos de pop/rock, baladas e faixas progressivas. Este é o último álbum de Phil Collins com Genesis que a deixaria em 1996 para se focar na sua carreira a solo. É um álbum credível e sólido mas por vezes subvalorizado pelos fãs. “No Son of Mine” é profunda e extremamente emocional com uma excelente performance de Phil Collins na voz; “Jesus He Knows Me” é um dos hits mais conhecidos da banda e aborda a exploração religiosa que muitas pessoas sofrem, principalmente, nos Estados Unidos; “Hold on My Heart” e “Never a Time” duas baladas com a marca de Phil Collins bem demonstrativa; e as duas faixas progressivas tentam imitar algo que a banda tão bem fazia no passado, mas que não parece ter resultado tão eficazmente, apesar de serem credíveis “Driving the Last Spike” e “Fading Lights” falham por não terem o mesmo espirito e complexidade instrumental de outros tempos. Apesar disso, de destacar a demonstração técnica em “Fading Lights” que apesar de não ser espectacular é claramente dos melhores momentos deste álbum. Não tem a complexidade e elegância de Duke nem a magia de Invisible Touch mas mesmo assim é uma peça bastante credível lançada no início da pior década que a música conheceu.
Destaques: “No Son of Mine”, “Jesus He Knows Me”, “I Can’t Dance”, “Hold on My Heart”, “Never a Time”, “Fading Lights”.
Calling All Stations – 1997
Nota: 6.5/10
É o último disco de estúdio dos lendários Genesis e foi lançado após a saída de Phil Collins. Contrariando os rumores do fim da banda, Mike Rutherford e Tony Banks decidiram ir buscar Ray Wilson (ex-Stiltskin) para substituir o lendário lugar vazio deixado por Collins. O resultado final não é muito positivo, Calling All Stations acaba por se arrastar e mais parece um disco de Mike + The Mechanics do que um disco dos Genesis. Muitas das músicas são exageradamente longas e pouco ou nada acrescentam à alma do álbum. Apesar de conter quatro ou cinco faixas dignas de nota, o resto do álbum parece não ter qualquer tipo de direcção ou objectivo, parece um álbum composto por um grupo de novatos a tentar singrar no mundo da música. Seja como for nem todas as notícias são más, Ray Wilson faz um excelente trabalho e imprime uma direcção musical mais neo-progressiva. Nas tais quatro ou cinco faixas, os momentos técnicos são muito bons, o grupo consegue conviver musicalmente e a produção está bastante ao nível de outros álbuns com Phil Collins e Peter Gabriel. A poderosa “Calling All Stations”, a emocional “Not About Us” e a tecnicamente evoluída “The Dividing Line”, que contou com a presença do baterista Nir Zidkyahu como protagonista, são as melhores faixas deste disco. É um trabalho experimental dos Genesis mas que infelizmente falhou, seja como for, foi bom pelo menos para impulsionar a carreira de Ray Wilson.
Destaques: “Calling All Stations”, “Alien Afternoon”, “Not About Us”, “The Dividing Line”, “There Must Be Some Other Way”.
Esta é apenas uma retrospectiva discográfica a uma das principais bandas do rock progressivo e do pop/rock de excelente qualidade. Genesis teve a rara capacidade de conseguir manter agarrados os fãs mais fervorosos do clássico Genesis dos anos 70 e captar uma nova audiência mais ligada à música comercial durante os seus anos de actividade. Os anos 70 e 80 foram especialmente incríveis para a banda e a indústria musical, é um dos grupos com uma das mais ricas discografias, muito graças à sua capacidade de mudança e adaptação. Apesar de bastante breves, as reviews têm o intuito de lhe dar a conhecer com um pouco mais de profundidade a história discográfica da banda em honra aos seus 46 anos de existência. Sou um fã tanto do clássico Genesis dos anos 70 com as suas complexas e extravagantes composições musicais, como dos anos 80 da banda com uma direcção mais comercial e “amiga das rádios” mas nunca esquecendo a sua raiz progressiva em cada álbum que lançava.
Autor: João Braga