Um colectivo artístico instalado numa Casa Amarela

O Colectivo Casa Amarela abre as suas portas à liberdade de criação e opinião dos seus integrantes. E há novo(s) disco(s) para ouvir.

Este colectivo, composto pelos madeirenses Rui P. Andrade, Nelson P. Ferreira, Mafalda Melim e Vitor Bruno Pereira, destaca os tópicos que lhes são relevantes neste blog, mas a sua difusão artística dá-se ainda com mais força nas ondas sonoras. No seu Bandcamp temos quase duas dezenas de edições para explorar e, tendo em conta o número de lançamentos recentes, é preciso estar-se atento.

Em Dezembro, Nelson P. Ferreira & Rui P. Andrade deram-nos a propagação electro-experimental de Miklós e já no início do mês de Fevereiro houve novo lançamento de Shikabala, intitulado Shikabala Sunrise, dando desde já mais regularidade, presença e qualidade do que aquele artista da bola que assinou pelo Sporting e que sabe-se lá onde anda.

Ainda neste mês de Fevereiro, o CCA dá-nos então Pânico-Ambiente, um disco gravado sob o formato de jam, entre o Inverno de 2012 e a Primavera de 2013, com cerca de meia-hora de duração. A sua assinatura é feita pelos dois músicos Aires & Rui P. Andrade, que se juntaram depois dos seus respectivos álbuns de estreia a solo para enaltecer em jeito de colaboração os seus entendimentos de noise. Tanto em “Pânico” como em “Ambiente”, as duas únicas faixas deste registo, alimentam-se de um ruído maquinal perpendicular às tímidas investidas do método.

Pânico-Ambiente não é o primeiro, nem deverá ser o último, registo assinado por este colectivo. Mas vivemos num mundo em que as coisas se podem dar a conhecer à mais curta distância e torna-se convictamente urgente explorar a autonomia criativa de um conjunto madeirense que, a partir de Lisboa, atravessa a sua destreza na música experimental, ambiental, drone, noise e electrónica.

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